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março 2015
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CEPLAC – Diagnóstico de uma região

Vou começar este breve comentário com a participação de um relato do nosso amigo e colega Dr. Luiz Ferreira da Silva, Agrônomo especialista em solos, com vários livros técnicos publicados, e hoje um alagoano aposentado e escritor morando em Barra de São Miguel, Maceió.

Nenhuma região desse país possui um acervo de informações transformadas em livros sobre os recursos naturais e inter-relações com os aspectos socioeconômicos. Um cabedal técnico e científico para fins de planejamento. Coordenei os estudos de solos cuja publicação feita pela Cruzeiro do Sul e com o selo CEPLAC/IICA, traz detalhes pedagógicos e de potencialidade agropecuária. Na biblioteca se encontra toda coleção, que a região desconhece, e provavelmente a UESC não teve a capacidade de absorver”.

No ano de 1971, um trabalho planejado e desenvolvido visando levantar dados e indicadores da região cacaueira, foi colocado em prática pela CEPLAC, envolvendo a participação de inúmeros pesquisadores, técnicos, entrevistadores, enumeradores, assessores do IICA, IPLAN e pessoal de apoio, com o intuito de se vasculhar literalmente todos os municípios da região cacaueira da Bahia, visando essencialmente a elaboração de um plano de Desenvolvimento Regional Integrado, e recebeu o título de DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DA REGIÃO CACAUEIRA.

Este levantamento atingiu 89 municípios e 91.819 km2.

Na área de recursos naturais, a pesquisa foi direcionada para: Solos e Aptidão Agrícola, Dinâmica do Uso da Terra, Reconhecimento Climatológico, Recursos Hídricos, Geologia Econômica e Recursos Minerais, Recursos Florestais.

Na área de sócio economia:

História Econômica e Social, Aspectos das Atividades Pesqueira, Aspectos do Setor Industrial, Mão-de-Obra e Elementos de Relação da Produção, Distribuição da Renda Regional, Processo Produtivo do Setor Agropecuário, Estrutura Agrária, Estudo do Setor Público.

Um trabalho registrado em catorze volumes, realizado com competência e dedicação, mas que foi esquecido, nenhuma prefeitura se utilizou dessas importantes informações e com isso já se passaram mais de 40 anos e o assunto sequer é lembrado, apenas os funcionários saudosistas e que fizeram parte da equipe lamentam a falta de atenção que foi dada a um documento de elevada importância para a nossa região.

Fico triste e aperreado acompanhando a pouca ou até nenhuma atenção do governo federal para com a CEPLAC, uma empresa que se tornou uma referência nacional no trato com a agricultura, tendo um quadro de servidores qualificados como condutores de um processo transformador de uma grande região e que se espalhou para outras regiões do país.

A começar pela ação do ex-ministro Delfim Neto, e nesses últimos 20 anos (8 de fhc, 8 de lulla e + 4 de dilma), deixaram a empresa minguar, num total desrespeito ao grandioso trabalho implantado.

O fato lamentável e destruidor, a desgraça da vassoura de bruxa, deveria sim, ser apurado e esclarecido para todos os milhares de agricultores que tiveram suas propriedades destruídas e que atingiu duramente toda a região.

O que machuca e deixa a gente aguniado é sentir a humilhação imposta pelo governo federal, é ver nossos bravos colegas que estão na ativa lutando desesperadamente para manter a empresa viva, é ver se esvaindo pelo ralo um legado construído pelos cacauicultores e pela competência e seriedade de seus gloriosos funcionários.

Se a ideia central é acabar de vez, que acabe logo, mas não humilhe tanto uma empresa que tem uma marca registrada por relevantes serviços prestados a uma região e ao Brasil.

Administração da CEPLAC, na época da realização do diagnóstico:

José Haroldo Castro Vieira (Sec.Geral), Paulo de Tarso Alvim (Dir.Científico), Roberto Midlej (Dir. Adm. Regional), Jorge Raymundo Vieira (Coord.Geral de Programas), Fernando Vello (Dir. do CEPEC), Manoel Malheiros Tourinho (Dir. do DEPEX), Altenides Caldeira Moreau (Dir. da EMARC).

Um agradecimento em especial para meu amigo/colega/irmão José Rezende Mendonça, que disponibilizou a coleção dos catorze volumes do diagnóstico, que é guardada com todo carinho.

 

CEPLAC – Um  bom  caminho!

“Feliz do Brasil se existissem vinte ou trinta CEPLAC” –  Presidente Ernesto Geisel.

“Aqui se faz sentir a força de uma lavoura” – Florisvaldo Galvão. (Flori)

Obrigado! Com licença!

ZÉCARLOS JUNIOR

 

2 respostas para “CEPLAC – Diagnóstico de uma região”

  • JOSE ALBERTO MAIA says:

    Genial. Este trabalho deveria ser disponibilizado para que empreendedores (grandes e pequenos) tivesse um rumo para investimentos na região.

  • JOSÉ REZENDE MENDONÇA says:

    Zé Carlos. Você foi muito feliz com este texto, lembrando o levantamento Sócio econômico do Sudeste da Bahia,pois este acervo, mesmo com dados de 40 anos, quem nele pesquisa ver que parece que tudo que foi realizado pra atualidade. É pena que poucos souberam aproveitar os dados nos 14 volumes editado. Parabéns pelo texto e se reportando aos abnegados ceplaqueanos, que vêem esta instituição ser morta por inanição, pelo descaso dos últimos 15 anos dos nossos governantes. E lamento também, que até hoje, nada se saiba da real versão sobre a introdução da doença Vassoura de Bruxa na região do cacau da Bahia. Lamento também a indiferença de muitos agricultores, que são os verdadeiros donos deste patrimônio e não se dão conta da realidade. Se a Ceplac parou no tempo, não é culpa de seus servidores, que estão lá para desenvolver projetos, agora sem o devido respeito e sem dinheiro para pesquisa, ninguém pode fazer milagres. Hoje a Ceplac, virou mais um órgão, onde o Diretor Geral e os Coordenadores Regionais, são indicados por partidos políticos, sem nenhum conhecimento muitas vezes sobre o cacau e toda sua trajetória. Lembro-me que uma vez uma comissão da Ceplac,foi até o governador da Bahia Jaques Wagner, pedindo socorro para Ceplac, e depois dos discursos ele assim se pronunciou: Procure o PMDB, pois foi quem indicou o Diretor de vocês. Ou seja, a coisa é tratada entre eles como se cada partido fosse dono de um quinhão deste BRASILLLLLLLLLLL. Chega!!!!!????

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