quando tolerar leonardo garcia diniz

Ir.’. Leonardo Garcia Diniz

Quando me aborreço com alguém, estranhos ou pessoas do meu grupo de convivência, me vem à cabeça, como num sopro que me penetra pelos ouvidos, calma tigre!,… Calma!,… TOLERÂNCIA!,… TOLERÂNCIA!,… TOLERÂNCIA.
Mas, ao me valer do conceito dessa palavra (tolerância) para aceitar erros e defeitos nas ações provocadas pelo próximo e pacientar meu o viver, não vislumbro, em alguns casos, como gozar da paz que ela tem me causar quando o próximo extrapola e se esquece da existência de limites à mesma.

Sim!,… pois, tolerância tem limites!
Tolerância é uma atitude humana que se aplicada a regras de bom conviver, é o ato de entender e respeitar a crenças, a ideias alheias, ao pensamento de outrem, respeitar as pessoas, a seus estilos e condições de vida, raças, suas liberdades fundamentais e expressões da dignidade humana; mas, entretanto, não se deve subjugar a sua tolerância ao juízo sobre atos, pois que este se adequa apenas as regras de conceitos moral, social e legal. Regras de moralidade, de sociedade, regras regidas por leis não se sujeitam a tolerância.


Onde existir tolerância no infringir de regras legais, sociais e morais, a sociedade, permissiva e tolerante, se escravizará diante do caos incontrolável que se instalará (ver nossos modernos tempos).

Eu, Tigre, precisei de um sábio para aprender o que era tolerância, bem como o seu limite, e vou lhes contar como foi que isso aconteceu.

Conta a lenda que um certo TIGRE, de nobre estirpe, vivia na floresta e infernizava as  aldeias próximas.

Aterrorizava as pessoas e atacava os animais dos currais.

Por isso, o Sábio da região foi chamado para conversar com o TIGRE.

Foi mostrado, então, ao felino que suas atitudes estavam totalmente  erradas; ele deveria ser TOLERÂNTE.

Afinal, sendo de linhagem nobre, ele não podia agir assim.

Convencido pelo Sábio, o TIGRE prometeu mudar totalmente seu comportamento; e assim o fez; tornou-se um TOLERÂNTE!

Passado algum tempo, o Sábio encontra o TIGRE todo machucado e  maltratado.
Desejando saber o motivo de sua desdita, o TIGRE relata ao Sábio  que somente passara a se comportar como este lhe havia recomendado.

E, desde então, até mesmo as crianças passaram a lhe maltratar, atirando-lhe pedras e paus, causando-lhe toda a sorte de machucados.

Após ouvir o relato do TIGRE, o Sábio lhe diz:

” – Nobre Tigre, eu lhe disse que deveria ser bom e gentil, TOLERANTE, como um verdadeiro nobre deve ser; mas, nunca lhe disse que deixasse de MOSTRAR  OS  DENTES, quando necessário.”

“A dúvida do outro sobre a nossa reação sempre será a nossa segurança”.


Leonardo Garcia Diniz – Aprendiz de tolerante.

Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Simb.’. Vigilância e Resistência n° 70 – Ilhéus – Bahia

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