Luiz Ferreira da Silva, 80.
Engenheiro Agrônomo e Escritor
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Depois do depoimento do presidente da Odebrecht não sobrou pedras sobre pedras. Seguiu-se a JBS e estas se transformaram em britas. Em quem acreditar neste país? Os tentáculos da corrupção se estenderam alhures por diversos segmentos da sociedade brasileira. É para chorar de vergonha. Tanto pelo país como por nós mesmos, acreditando num Brasil fictício.
Houve a época da Revolução, quando se investiu no patriotismo, reativando o nosso tempo escolar, eivado de um puro sentimento, através de símbolos como a nossa bandeira e o hino nacional, ufanando-nos da Pátria Amada.
Terminado o período militar, depois de uma campanha com o povo clamando pelas diretas já, vem a Nova República. Só se falava em democracia; uma Pátria igualitária, com direitos e deveres sem variações sectárias, contemplando do mais humilde ao mais afortunado.
E o que aconteceu? O Brasil se desfigurou e a nossa bandeira, ao invés de tremular, treme de medo. Com a era petista, o nosso país deixa de ser a República Federativa do Brasil, para se transformar em outra Nação. Que tal, República Corruptiva Brechtboi?
Só agora, os “portentosos” empresários, Emílio Odebrecht e Joesley Batista nos contaram sem qualquer cerimônia. Todos corrompidos sob as suas ordens, do alto do seu pódio, como reis poderosos de tempos pretéritos.
E ninguém sabia de nada. A mídia, a OAB, os Clubes de serviços, os Sindicatos, os Magistrados e tantas outras Instituições que são pagas para salvaguardar a democracia, protegendo-nos.
Então, como hoje nos classificamos? Somos brasileiros, como desde 1500? Nascemos no Brasil? A nossa bandeira é aquela colorida, com várias estrelas? E o nosso hino pode manter: “Mas, se ergues da justiça a clava forte”? Perdemos a nossa Brasilidade? O que somos então?
E, ante a essa estapafúrdia situação, o povo não se “assuntou”, não se apercebeu da sua realidade e da morte do Brasil, continuando de boca aberta comendo moscas. Por outro lado, ignora o custo a pagar por muitos anos, comprometendo a sua geração e a de seus filhos.