AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS – Edição 666 – ANO XIV – Nº 36 – 07 de maio de 2018
O FERIADÃO? É COISA NOSSA!
Luiz Ferreira da Silva, 81
(A TARDE, Salvador: 01/05/2018 e r2cpress).
Neste 1o de maio/2018, dia do trabalho, vale a pena se confrontar a produtividade do trabalhador brasileiro em comparação com a dos países desenvolvidos que é, em média, 3 a 4 vezes mais baixa. Isto é: um patrão no Brasil precisa contratar 4 servidores para fazer as tarefas de 1 americano, aumentando os custos da sua produção.
O Brasil fica atrás do Japão e países da Europa Ocidental, como Alemanha, Reino Unido, Itália ou França. E dos trabalhadores do México, que têm 36% da produtividade de um americano, segundo dados da consultoria internacional Conference Board.
São vários fatores desta defasagem, dentre os quais, o treinamento, a tecnologia, a infraestrutura de transporte, o incentivo, o analfabetismo/ensino fundamental, a saúde, a gerência e o comprometimento institucional.
Mas, ultimamente surgiu um novo antagonismo à produção e à produtividade, que tem custado muito caro a toda a sociedade da Nação brasileira, inexistente nos países que investem na sua capacidade de produzir com eficiência. Refiro-me ao feriadão, um novo modus vivendi brasileiro.
O Brasil é o país dos feriados. Antigamente se falava em ponto facultativo que saiu de moda. Agora, o chamado “enforcar”. O que é isso? Todo feriado que cai na terça ou na quinta promove o enforcamento da segunda e da sexta, respectivamente. É o famoso feriadão. E a coisa pegou de tal forma que passou a constar, mesmo informalmente, no calendário nacional. Todos na expectativa de umas miniférias.
Mas poucos se atentam o quanto ele provoca em perdas irreparáveis ao país, não só no aspecto já referido – baixo nível operacional – , como no custo provocado pelo “alvoroço” nos engarrafamentos e aumento de desastres rodoviários.
Como não somos de medir o valor do nosso suado dinheiro, arrecadado ou até extorquido pelo governo e, tampouco, raciocinamos que sem trabalho proficiente, nenhuma nação poderá resgatar essa dívida através de bons serviços, vamos acreditando que o Brasil é o país do futuro.
E dessa forma, o brasileiro nem está aí e nem se toca, preferindo pensar em termos individuais e imediatistas, entrando na do usufruto irresponsável – primeiro eu, meroveu!
Por outro lado, os empresários se omitem e o governo faz de conta que é da cultura do país – sombra e água fresca.
E a galera aplaude: – esse negócio de se matar na labuta diária é para os amarelinhos de olho fechado lá do outro lado do mundo. Nós, não, somos tropicalistas. Ademais, ninguém é de ferro!
(Maceió, Al, 01 de maio de 2018)
O nosso circo de cada dia
Zander Navarro
Sociólogo e pesquisador em Ciências Sociais. Email: z.navarro@uol.com
A vida me ofereceu fortunas inesperadas. Uma dessas alegrias foi ter a oportunidade de atuar como pesquisador em um país maravilhoso – a Índia. Lá, no entorno de Mumbai, a maior cidade do país, entrevistei um líder sindical rural. Sua base social era de aproximadamente 50 milhões de moradores do campo, os quais falavam quatro a cinco dialetos distintos entre si. Enfrentava uma dificílima ação organizativa. Na conversa, citou um fato que jamais esqueci. Disse que nenhuma marcha até Nova Déli, ou outra forma de pressão realizada na capital, se reunisse menos de cem mil participantes, sequer seria notada, e nenhuma repercussão produziria. Esse era o número mínimo de pessoas envolvidas, caso o esforço realmente ambicionasse produzir efeitos concretos. Magro e vestido modestamente, como a maioria dos indianos, levou-me a pensar nas imensas dificuldades operacionais para mobilizar ocasionalmente, pneus em chamas. Invariavelmente eram grupos diminutos. Alguns poucos policiais restaurariam a ordem naqueles locais, sem muito esforço e nem violência. Por que não o fizeram? Da mesma forma, na transformação do Sindicato de São Bernardo em “bunker de resistência” ou na manifestação em Curitiba que aguardava Lula, os presentes eram em número total quase desprezível. Sobretudo se tivéssemos desenvolvido a capacidade de definir, como na Índia, o que é razoável como pressão pública destinada a ativar a repercussão dos demais atores sociais, dos meios de comunicação, das autoridades e do sistema político. Infelizmente, não é assim. Pequenos grupos parecem monopolizar a capacidade de interromper o curso normal da vida, nas ruas ou em outro âmbito, sem a reação esperada do Estado. A maioria dos cidadãos sente-se inquieta, pois se generaliza a sensação de insegurança, intimidação e de medo. A instabilidade do sistema estatal, da comédia em que se transformou o nosso maior tribunal à bagunça de um Congresso autista, também incluindo um deplorável Executivo às tontas – tudo corrói o padrão de moralidade que deveria nos orientar, como sociedade. É esse estado de anomia social que ativa em parte a imprevisibilidade do vindouro pleito presidencial, pois atrai candidatos oportunistas. É incerteza decorrente de inúmeros fatores, da ruína econômica recente à desconfiança quase absoluta com o atual presidente e os espertalhões à sua volta. Como Temer lembra o personagem de “O Cruzeiro”, o Amigo da Onça, aquele é sentimento mais do que justificável para a geração mais velha. Mas a conjuntura também é incômoda porque certo segmento chamado de centrista parece ter sumido. Não existindo o vácuo na política, logo surgiram inúmeros aventureiros. Ante esse contexto nebuloso, submeto uma brevíssima antevisão sobre as eleições de outubro, correndo todos os riscos. Lembrando que nunca fui filiado a partido algum e me sinto subjetivamente distante das brigas partidárias. Vamos à previsão: esperneando como quiser, Lula está fora das eleições e o campo petista, que nunca foi exatamente “bom da cabeça”, parece ter surtado de vez, com suas espantosas maluquices. O espólio petista se distribuirá e seu candidato oficial não passará dos 12-15%. E quem irá ao segundo turno? Desconsiderem-se vários candidatos: Álvaro Dias obterá boa votação, mas circunscrita ao Paraná, e Ciro Gomes realizará o seu regular “voo de galinha”, se esborrachando logo a seguir. Esses precisarão suar a camisa para chegar aos dois dígitos. Não me estenderei sobre Bolsonaro, um candidato intelectualmente indigente que não conseguirá superar a mesma barreira dos 15%. E o imaculado Joaquim Barbosa, mais adiante, acabará desistindo da aventura, logo irritado com o inacreditável rebaixamento da política brasileira. Os demais minúsculos candidatos, incluindo Henrique Meirelles e Rodrigo Maia, nem mesmo merecem algum comentário adicional. Sobram Alckmin e Marina. Estarão no segundo turno. O primeiro irá invocar o que significativa proporção dos eleitores quer ouvir: ênfase na administração da economia seguindo os ritos conhecidos e comprovados, ressaltando que o pior da crise passou ao largo em seu estado; indicadores positivos de controle da violência e a promessa de estabilidade política. Se não for muito chamuscado pelas fagulhas da Lava-Jato, terá os votos para seguir para a etapa final. E para Marina, a equação é simples: começará com seu capital eleitoral fixo (13-17%) e amealhará outro naco, talvez similar, do campo petista, dos evangélicos e dos brasileiros seduzidos por sua aura de santidade. Ambos irão para a refrega decisiva. Quem será escolhido? Se não existir o jogo sujo, como na eleição passada, minha mera intuição é que teremos outra mulher na cadeira presidencial.
ESTUDO INDICA QUE GATOS GOSTAM MAIS DE PESSOAS DO QUE DE COMIDA
Os apaixonados por gatos ficarão felizes em saber que um novo estudo científico apontou que os bichanos gostam mais de pessoas do que de comida. É verdade! Segundo a pesquisa publicada pela revista Behavioral Processes, os gatos tendem a buscar mais a atenção humana do que os alimentos em seu dia a dia.
Apesar da fama ingrata de serem distantes e indiferentes em relação aos seus donos, os gatos são, na verdade, muito apegados às pessoas. Sendo assim, a comparação que conhecemos entre gato e cachorro, que afirma que os bichamos não demonstram amor por seus donos e que os cães são os animais domésticos mais fiéis, não é 100% verdadeira. Os gatos têm apenas uma forma própria de demonstrar carinho e apego.
De acordo com o estudo da Behavioral Processes, os gatos são mais sociais do que possamos imaginar. Eles gostam de receber a atenção das pessoas.
No estudo, os pesquisadores apresentaram gatos adultos, sendo 19 gatos de estimação e 19 gatos de abrigo. Os animais foram colocados em quatro tipos de estímulos: interação humana, brinquedos, alimentos e cheiros atraentes. Segundo a Live Science, os cientistas registraram o tempo que os gatos passaram interagindo com cada estímulo.
Durante um segundo teste, os pesquisadores apresentaram aos gatos todos os estímulos de uma só vez e observaram aquele que os gatos preferiram. Os resultados mostraram que, em cerca de 50% dos casos, os gatos escolheram as pessoas sobre todos os estímulos restantes. Isto permaneceu verdadeiro, independentemente se o gato era um animal de estimação ou um gato de abrigo.
A notícia causou diversas manifestações no Twitter. As pessoas reagiram à informação dizendo que estavam realmente felizes em saber que os gatos amam mais os seres humanos do que a comida!
Talvez essa seja a hora de repensarmos o mito de que os gatos são egoístas. Com base na pesquisa, a maior parte dos bichanos prefere renunciar a um lanche saboroso para receber um abraço humano. É muito amor envolvido!
Fontes: Live Science e Science Direct.
https://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade
CARÊNCIAS
Quem não gosta de ser amado? Se Receber atenção especial? Quem não gosta de beijo na boca e abraços apertados? Quem prefere a solidão a uma boa companhia?
Nesse mundo maluco e agitado, as pessoas estão se encontrando hoje, se amando amanhã e entrando em crise depois de amanhã.
Uma coisa frenética e louca, que tem feito muita gente que se julgava equilibrada perder os parafusos e fazer muita besteira. Paixão, loucura e obsessão, três dos mais perigosos ingredientes que estão crescendo nos relacionamentos de hoje em dia por causa da velocidade das informações e o medo de ficar sozinho.
As pessoas não estão conseguindo conviver sozinhas com seus defeitos, vícios e qualidades e partem desesperadamente para encontrar alguém, a tal da alma gêmea, e se entregam muitas vezes aos primeiros pares de olhos que piscam para o seu lado.
Vale tudo nessa guerra, chat, carta, agência, festas. É uma guerra para não ficar sozinho. Medo, medo de se encarar no espelho e perceber as próprias deficiências, medo de encarar a vida e suas lutas. Então a pessoa consegue alguém
(ou acha que está nascendo um grande amor), fecha os olhos para a realidade e começa a viver um sonho, trancado em si mesmo, transfere toda a sua carência para o(a) parceiro(a), transfere a responsabilidade de ser feliz para uma pessoa que na verdade ela mal conhece.
Então, um belo dia, vem o espanto, vem a realidade, o caso melado, o “falso amor” acaba, e você que apostou todas as suas fichas nesse romance fica sem chão, sem eira nem beira, e o pior: muitas vezes fica sem vontade de viver.
Pobre povo desse século da pressa! Precisamos urgentemente voltar o costume “antigo” de “ter tempo”, de dar um tempo para o tempo nos mostrar quem são as pessoas.
O PENSAMENTO DO DIA
Não se entristeça por envelhecer. É um privilégio negado a muitos.
A POESIA DA SEMANA
Não Comerei da Alface a Verde Pétala
Vinícius de Morais
Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem maior aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro: deem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.
A PIADA DA SEMANA
A garota chega para mãe, reclamando do ceticismo do namorado.
– Mãe, o Pedro diz que não acredita em inferno!
A mãe responde:
– Case-se com ele minha filha e deixe o resto comigo!
Piadas: http://www.piadas.com.br/
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