AGRISSÊNIOR NOTICIAS – Edição 668 –Nº 38 –maio de 2018
LIXO URBANO
Graduado em Ciências Biológicas (UNIFESO, 2014)
Lixo urbano, mais conhecido pelos cientistas por resíduos sólidos urbanos (RSU’s), são resíduos que não têm mais uma função útil em residências ou indústrias e são descartados. Considerado um dos maiores problemas ecológicos, o lixo urbano contamina as águas e solos, além de produzir gás metano (CH4) que contribui consideravelmente com o efeito estufa. A partir da revolução industrial, a produção em massa impulsionou o consumismo, tornando a sobra de resíduos maiores; sendo impossível armazenar essas sobras dentro de residências e indústrias por atraírem vetores de doenças, foram criados lugares específicos para seu armazenamento: os famosos “lixões”, afetando a população e o ambiente a sua volta. Outro fim que o lixo pode tomar são os incineradores, tendo o custo alto e produzindo gases altamente poluentes.
Caminhão movimentando lixo urbano em um aterro sanitário.
Foto: Jaggat Rashidi / Shutterstock.com
Estima-se que em média cada pessoa no planeta produza 1,3 Kg de lixo diariamente, com essa medida pode-se destacar que uma cidade de 20 mil habitantes produza mais de 20 toneladas de lixo por dia. Há estimativa que os brasileiros produzam cerca de 76 milhões de toneladas de lixo por ano. Estudos da ONU alertam que em 2017 o mundo terá 50 milhões de toneladas apenas de lixo eletrônico. O tempo de decomposição do lixo varia de acordo com o ambiente e do material que o lixo é composto, tendo o plástico e o vidro como matérias primas que mais demoram para se decompor, podendo passar de 4 mil anos, e tendo como matérias orgânicas que duram um curto prazo, podendo durar até 12 meses e podendo servir como adubo em plantações.
Os lixos são classificados como:
Lixo orgânico: Sobras de comida, cascas de frutas e etc.
Papel: papelões, jornais, revistas etc.
Plástico: garrafas pet, borrachas, sacolas plásticas entre outros.
Metais: fios, chaves, latas, panelas entre outros.
Outros: tecidos, óleos em geral, resíduos informáticos, madeiras.
Lixos tóxicos: medicamentos, baterias, lixo radioativo, lapadas fluorescentes entre outros.
Pela alta taxa de contaminação afetando o meio ambiente e gerando doenças, os lixos tóxicos devem ser descartados em lugares específicos, dependendo de como ele afeta o meio ambiente o local de descarte varia. O Governo Federal pede à população que procure por postos de coletas seletivas para o descarte.
Tais detritos podem ser reaproveitados para formação de matéria prima de outros componentes, sendo assim reciclados diminuindo o impacto ambiental. Em 2014 entrou em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10) na qual busca reduzir a geração de lixos e aumentar a reciclagem. Em são Paulo apenas 3% de todo o lixo é reciclado, sendo que 30% de todo o lixo pode ser reaproveitado.
Medidas para diminuir esse impacto ambiental podem ser adotadas, tais como:
Selecionar os tipos de lixo doméstico facilitando para a reciclagem.
Utilizar sacolas reutilizáveis em mercados.
Evitar desperdícios de comida.
Reduzir produtos descartáveis.
Priorizar produtos com refil e granel.
Referencias:
http://web.ccead.puc-rio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_lixo_urbano.pdf
http://dgi.unifesp.br/ecounifesp/index.php?option=com_content&view=article&id=16&Itemid=11https://nacoesunidas.org/onu-preve-que-mundo-tera-50-milhoes-de-toneladas-de-lixo-eletronico-em-2017/
http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos
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VIÚVA NA PRAIA
Crônica de Rubem Braga
Ivo viu a uva; eu vi a viúva. Ia passando na praia, vi a viúva, a viúva na praia me fascinou. Deitei-me na areia, fiquei a contemplar a viúva.
0 enterro passara sob a minha janela; o morto eu o conhecera vagamente; no café da esquina. a gente se cumprimentava às vezes, murmurando “bom dia”; era um homem forte, de cara vermelha; as poucas vezes que o encontrei com a mulher ele não me cumprimentou, fazia que não me via; e eu também. Lembro-me de que uma vez perguntei as horas ao garçom, e foi aquele homem que respondeu; agradeci; este foi nosso maior diálogo. Só ia à praia aos domingos, mas ia de carro, um “Citroen”, com a mulher, o filho e a barraca, para outra praia mais longe. A mulher ia às vezes à praia com o menino, em frente à minha esquina, mas só no verão. Eu passava de longe; sabia quem era, que era casada, que talvez me conhecesse de vista; eu não a olhava de frente.
A morte do homem foi comentada no café; eu soube, assim, que ele passara muitos meses doente, sofrera muito, morrera muito magro e sem cor. Eu não dera por sua falta, nem soubera de sua doença.
E agora estou deitado na areia, vendo a sua viúva. Deve uma viúva vir à praia? Nossa praia não é nenhuma festa; tem pouca gente; além disso, vamos supor que ela precise trazer o menino, pois nunca a vi sozinha na praia. E seu maiô é preto. Não que o tenha comprado por luto; já era preto. E ela tem, como sempre, um ar decente; não olha para ninguém, a não ser para o menino, que deve ter uns dois anos.
Se eu fosse casado, e morresse, gostaria de saber que alguns dias depois minha viúva iria à praia com meu filho — foi isso o que pensei, vendo a viúva. É bem bonita, a viúva. Não é dessas que chamam a atenção; é discreta, de curvas discretas, mas certas. Imagino que deve ter 27 anos; talvez menos, talvez mais, até 30. Os cabelos são bem negros; os olhos são um pouco amendoados, o nariz direito, a boca um pouco dentucinha, só um pouco; a linha do queixo muito nítida.
Ergueu-se, porque, contra suas ordens, o garoto voltou a entrar n’água. Se eu fosse casado, e morresse, talvez ficasse um pouco ressentido ao pensar que, alguns dias depois, um homem — um estranho, que mal conheço de vista, do café — estaria olhando o corpo de minha mulher na praia. Mesmo que olhasse sem impertinência, antes de maneira discreta, como que distraído.
Mas eu não morri; e eu sou o outro homem. E a ideia de que o defunto ficaria ressentido se acaso imaginasse que eu estaria aqui a reparar no corpo de sua viúva, essa ideia me faz achá-lo um tolo, embora, a rigor, eu não possa lhe imputar essa ideia, que é minha. Eu estou vivo, e isso me dá uma grande superioridade sobre ele.
Vivo! Vivo como esse menino que ri, jogando água no corpo da mãe que vai buscá-lo. Vivo como essa mulher que pisa a espuma e agora traz ao colo o garoto já bem crescido. 0 esforço faz-lhe tensos os músculos dos braços e das coxas; é bela assim, marchando com a sua carga querida.
Agora o garoto fica brincando junto à barraca e é ela que vai dar um mergulho rápido, para se limpar da areia. Volta. Não, a viúva não está de luto, a viúva está brilhando de sol, está vestida de água e de luz. Respira fundo o vento do mar, tão diferente daquele ar triste do quarto fechado do doente, em que viveu meses. Vendo seu homem se finar; vendo-o decair de sua glória de homem fortão de cara vermelha e de seu império de homem da mulher e pai do filho, vendo-o fraco e lamentável, impertinente e lamurioso como um menino, às vezes até ridículo, às vezes até nojento…
Ah, não quero pensar nisso. Respiro também profundamente o ar limpo e livre. Ondas espoucam ao sol. O sol brilha nos cabelos e na curva de ombro da viúva. Ela está sentada, quieta, séria, uma perna estendida, outra em ângulo. 0 sol brilha também em seu joelho. O sol ama a viúva. Eu vejo a viúva.
(Rio, setembro, 1958)
Texto extraído do livro “Ai de ti, Copacabana”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1960, pág. 129.
CURIOSIDADES DO MUNDO ANIMAL
A maioria dos animais e plantas adaptam-se ao meio que os rodeia. Os castores fazem exatamente o contrário, eles alteram o ambiente de acordo com as suas necessidades. Constroem lagos e barragens para proteger as suas tocas que têm entradas subaquáticas.
Os mosquitos causaram mais mortes do que todas as guerras juntas.
A maioria dos pássaros constrói ninhos novos todos os anos. A águia careca acasala para a vida toda e constrói apenas um ninho, o qual vai ampliando todos os anos. Alguns ninhos pesam quase uma tonelada.
Os espinhos dos porcos-espinhos estão cobertos por antibióticos. Isto ajuda-os porque é comum eles picarem-se nos seus próprios espinhos.
O material mais resistente criado pela natureza é a teia de aranha
O recorde de tempo de voo de uma galinha é de 13 segundos.
O orgasmo do porco dura 30 minutos.
A formiga levanta 50 vezes o seu peso, e puxa 30 vezes o seu próprio peso.
A pulga salta 350 vezes a sua altura, o que equivale a uma pessoa dar um pulo de uma altura igual à largura de um campo de futebol.
Alguns leões copulam 50 vezes por dia.
Neste exato momento há mais de 100.000.000 de microrganismos alimentando-se, reproduzindo-se, nadando e depositando detritos na área em volta dos teus lábios.
As moscas domésticas vivem apenas 2 semanas.
Há mais de 2400 espécies de pulgas conhecidas.
O PENSAMENTO DO DIA
Ouse, arrisque, não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz. “Clarice Lispector”
A POESIA DA SEMANA
O Homem e a Mulher
Victor Hugo
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro;
a mulher o coração, o amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o gênio; a mulher o anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.
A supremacia representa força
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas.
A razão convence; a lágrima comove.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; os martírios sublimam.
O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é o templo; a mulher, um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos;
Ante o sacrário ajoelhamo-nos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza;
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal; a consciência;
A mulher tem uma estrela : a esperança.
O fanal guia, a esperança salva.
Enfim …
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher onde começa o céu…
Victor-Marie Hugo foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos francês de grande atuação política em seu país.
A PIADA DA SEMANA
Um professor de química queria ensinar aos seus alunos do Primeiro Grau os males causados pelas bebidas alcoólicas e elaborou uma experiência que envolvia um copo com água, outro com cerveja e dois vermes. Agora alunos, atenção! Observem os vermes! – disse o professor, colocando um deles dentro da água. A criatura nadou agilmente no copo, como se estivesse feliz e brincando. Depois, o mestre colocou o outro verme no segundo copo, contendo ceveja. O bicho se contorceu todo, desesperadamente, como se estivesse louco para sair do líquido e depois afundou como uma pedra, absolutamente morto. Satisfeito com os resultados, o professor perguntou aos alunos: – E então, que lição podemos aprender desta experiência? E os alunos responderam: ‘Quem bebe cerveja nunca terá vermes’
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