Forçoso é admitir que o problema da regeneração moral e espiritual do indivíduo revoluteia em torno deste ponto capital – o eu. É que na imagem e semelhança dos homens como dádivas benditas nas oportunidades deixadas a todos os seres desejados humanos, se perderam das rédeas para seguirem os caminhos do bem! Muitas pessoas estão fartas de carências de vontades e esperanças para seguirem e ocuparem o ser verdadeiro papel de ser humano. Estão apenas se valendo das aparências e tudo vai se transformando numa estrada sem rumo e num visível desconhecimento de chegada a algum lugar, e assim caminha a humanidade!

Como poderia ser diferente se a perversão da personalidade humana fosse excluída de todos meios em que o trabalho em prol das boas virtudes da “massa humana viva” tenta para ultrapassar dos alicerces arcaicos, modificando as ideias poluídas e meditando o emprego de uma nova estrutura dentro da igualdade de propósitos e desenvolvimentos sociais? Dessa forma almejamos sempre que o homem se preocupasse com os ditames de sua vida criando as coisas com uniformidade de desejos, mesmo que temporariamente, afinal somos passageiros e expectadores de um Universo de encantos e desencantos! E porque não dizer: as pessoas são dignas quando querem, mas têm que entender, se alguém nos oferece um limão, façamos uma limonada.

Nos novos tempos com tantas mudanças, meditando entre nós seres vivos e racionais, quantos sonhos dourados nunca se concretizaram para os ambiciosos, ou mesmo para os que têm falta de iniciativa! Quantas resoluções nobres não morreram num peito juvenil à míngua de uma vontade férrea que as executasse! Quantos gestos heroicos esboçaram-se na imaginação ardorosa de muitos moços, sem que o mundo deles auferisse o menor proveito no sentido da conquista da paz.

A falta de iniciativa é uma doença íntima dos homens. Sua origem remota muitas vezes é originada duma infância superprotegida. Faz parte da existência de pais dedicados e ao mesmo tempo ignorantes, embora bem intencionados, rodeando a criança de um círculo impenetrável de segurança, dentro do qual se estiolam as qualidades positivas do caráter. Resolvendo os seus problemas de maneira fácil, os pais privam os filhos de maior alegria, qual seja a de enfrentar e resolver situações novas por conta própria seguindo suas inclinações da natureza humana.

O mundo transborda de tristes acontecimentos e não encontramos a resposta por que milhares de pessoas inocentes estão morrendo nas guerras? Porém, é visível entender que é porque uma pessoa que está em rebelião contra Deus não tem paz consigo mesma. Daí as brigas e as incompreensões e incompatibilidades acompanhadas de perto pelas violências.

Convivemos um cotidiano em que a violência e a dor são resultados naturais de uma sociedade poluída nas suas imagens aparentes de bem-estar social. Todos querem fazer ou satisfazer seus prazeres, muito embora, desconheça o respeito aos seus semelhantes, habitantes duma sociedade com gestos impopulares e hábitos articulados com diferentes escolhas do bem.

O universo atual encontra-se num eloquente fervor com enormes clamores pelo basta de crimes, assaltos, latrocínios, e muitas barbaridades praticadas por facínoras e vemos milhares de jovens usando símbolos de paz pendurado no pescoço, outros usam brincos e anéis. Vemos demonstrações de paz em para-brisas de carros, janelas de apartamentos, em blusões de várias criaturas. Em quase todas as cidades do mundo tem havido manifestações em favor da harmonia.

Nunca houve época da história em que o clamor pela justiça, segurança e paz fosse tão intenso, como a nossa. Mas, uma harmoniosa criação de vida que chegasse ao alcance de todos. Segurança que se possa andar nas ruas como gente, com o coração tranquilo. Oferecer um sorriso normal e sincero e não de maneira falsa e glacial. Sem aquele jogo dos homens ambiciosos e insensatos na ânsia de levarem vantagens sobre as outras pessoas, deixando definitivamente de lado suas baixas ansiedades que faz muito mal à sua consciência, dando margem para que tenham a coragem de fazerem o julgamento dos seus próprios atos!

Nós homens, buscamos sempre as nossas conclusões: por que nem todas as pessoas que vivem na sociedade, não fazem o bem em sua vida rotineira! E notando as passagens do mundo em que vivemos, verificamos

que os seres humanos dividem de bom grado seus sofrimentos, até as suas humilhações com seus semelhantes, porém, jamais repartem suas alegrias!

O nosso planeta para algumas pessoas é um mar sem porto e um imenso labirinto de incertezas. Por isso quando alguém faz um gesto de amor e caridade, distribuindo um pouco de sua vida afetiva é considerado um tolo ou um bem aventurado! Quando encontra um bem material de alguma pessoa e o devolve, é considerada espantosamente uma joia de rara atitude. É neste momento que vamos encontrar os jovens atualmente se debatendo em meio de muitos problemas. Essas manifestações que muitos demonstram são porque foram enganados por hipocrisias dos chamados homens de bom senso somente nas aparências. Há adultos até que parecem ter inveja das oportunidades dos jovens. E o que podemos fazer para os adultos que pensam dessa maneira entender os jovens? É afirmar que se na educação do passado de alguém houve furos, não se pode agora derrubar as paredes construídas sem alicerces!

Quem vive de olhos abertos, conscientes das dores que se erguem por toda extensão da terra, vive angustiado. Vive intranquilo, sabendo que o pão que ele come milhares não o tem para comer. Todavia, o amor e a alegria andam de mãos dadas. É impossível separa-los. Um depende do outro, assim como, os jovens precisam das experiências boas dos adultos. O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos. E refletindo bem, “Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez”. William Shakespeare – PENSEM NISSO!!!

Eduardo Afonso – Ilhéus-Bahia