:: 17/fev/2023 . 16:26
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Carnaval Salvador 2023 | Gustavo Silvestre e Kevin Germanier desenvolvem figurinos exclusivos para Daniela Mercury
Looks serão utilizados pela cantora para celebrar os 30 anos de lançamento de “O Canto da Cidade”, álbum icônico que marcou a carreira dela e da música brasileira
O Carnaval de Salvador será uma celebração especial para a cantora Daniela Mercury. Em 2023, o álbum “O Canto da Cidade” completa 30 anos e para a comemoração em grande estilo, os estilistas Gustavo Silvestre e Kevin Germanier se uniram em mais uma collab – a primeira foi ano passado, na Paris Fashion Week – para desenvolver dois figurinos que serão usados em dois momentos pela cantora no Carnaval. Os looks foram confeccionados com materiais sustentáveis e reaproveitados, mesclados com o crochê feitos com os fios Liza e Susi, em cores vibrantes e brilhantes da marca Círculo.
Gustavo Silvestre e Kevin Germanier tiveram uma sintonia de estilos e trabalhos logo de cara. O upcycling e a transformação criativa de materiais é o que os conecta e faz com que a collab entre eles faça todo sentido e se complemente. Ao mesmo tempo em que o designer brasileiro tem uma forte atuação na moda com propósito social e sustentável, traz também um know how artesanal, tendo o crochê como principal técnica. Já Kevin utiliza o upcycled glamour, elevando a moda para além de uma abordagem ecológica, com criações divertidas, coloridas, criativas e repleta de detalhes.
Os dois figurinos que serão usados por Daniela Mercury no Carnaval foram desenhados em Paris pelo Kevin e produzidos em São Paulo, no Ateliê Ponto Firme. Para a confecção das peças, Gustavo Silvestre contou com um grupo de 10 artesãs, composto por alunas trans, em situação de vulnerabilidade social, egressas de outros cursos realizados no espaço, e ainda alunas que estão propensas ao trabalho análogo à escravidão dentro da indústria da moda (imigrantes bolivianas) e uma aluna refugiada. “Esse é um trabalho que tem uma profundidade muito grande e levou aproximadamente um mês com esse grupo para desenvolver os figurinos”, explica Gustavo Silvestre. Essa é uma iniciativa do Projeto Faces & Sustentabilidade, uma parceria do Gustavo Silvestre com o Ministério Público do Trabalho de São Paulo que realiza oficinas de capacitação profissional para pessoas em situações socialmente vulneráveis.
Ainda de acordo com o estilista brasileiro, Daniela Mercury deu a ele e à Kevin total liberdade criativa para desenvolver as peças e amou os looks. “Cada prova de roupa ela se surpreendeu e ficou muito feliz com as produções. A peças são lindas e diferentes, feitas a partir de alguns elementos sustentáveis ou reaproveitados que Kevin já usa em suas produções – como miçangas, plumas, tecidos e outros itens descartados pela indústria têxtil – e contou também com o uso de materiais inéditos que foram transformados em paetês e bordados, misturados com o handmade do crochê através dos fios Liza (super-resistente e com cores vibrantes) e Susi (extremamente delicado e brilhante), ambos da marca têxtil Círculo. Ficamos encantados com o resultado final”, pondera Gustavo.
Kevin Germanier tem recebido muita atenção da moda pela forma com que transforma lixo em luxo, sendo a técnica do upcycling o grande atrativo de seu trabalho. Sua marca homônima foi lançada em 2018, mas ele já fez parcerias importantes com grandes nomes, como Christian Louboutin e Swarovski, e conquistou famosas. Algumas que já vestiram suas criações são: Lady Gaga, Björk, Taylor Swift, Kristen Stewart, Ivete Sangalo, Sabrina Sato e GKay.
O mesmo acontece com Gustavo Silvestre, porém, aqui no Brasil, ele incorpora o crochê que é uma grande característica de suas criações. Assim como Germanier, já vestiu também algumas celebridades como Paolla Oliveira, Sabrina Sato, Pabllo Vittar, Preta Gil, Anitta e Bruna Marquezine. Com o projeto e escola Ponto Firme, o estilista e designer brasileiro já desenvolveu coleções com detentos e pessoas em situação de vulnerabilidade social, também reaproveitando materiais e resíduos com experimentação com miçangas, correntes e materiais de descarte que são trabalhados com o crochê. Em uma de suas coleções para o São Paulo Fashion Week, por exemplo, um dos destaques foi uma mini bolsa criada em crochê a partir de saco de arroz descartado.
Círculo
A empresa é a maior fabricante de fios para trabalhos manuais da América Latina e desenvolve produtos e acessórios para artesanato. Há 85 anos no mercado, conta com mais de 1,5 mil colaboradores ativos na empresa, exporta para mais de 45 países e é a marca com maior atuação do segmento no país. Conta com mais de 700 produtos em seu mix e, através do Time de Artesãos, que soma 13 profissionais, oferece suporte na educação e profissionalização do artesanato, com workshops em todo o Brasil, além de estimular quem pratica o trabalho manual como hobby, oferecendo e-books gratuitos, aplicativo próprio e publicações especializadas em tricô, crochê, amigurumi e bordado.
Igualdade entre homens e mulheres no mercado de TI cobre déficit de vagas e democratiza oportunidades
As mulheres estão cada vez mais presentes em praticamente todas as áreas do mercado, inclusive as de contabilidade, administração, economia e engenharia, as quais, até pouco tempo atrás, eram soberanamente masculinas. Contudo, na tecnologia da informação há desigualdade salarial e de oportunidades. E engana-se quem pensa que esta situação é exclusiva do Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma pesquisa do National Girls Collaborative Project mostra que, enquanto as mulheres são maioria nos cursos de bacharelado em Psicologia, Biologia e Ciências Sociais, na área da Ciência da Computação só 20% dos diplomas são entregues a elas.
Para se ter uma ideia da profissão por lá, em nível de força de trabalho federal, um relatório da Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego (EEOC) afirmou que as mulheres ocupam apenas 29,3% dos cargos STEM (Science, Technology, Engineering and Math, ou Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em português), indicando que o governo americano tem um longo caminho a percorrer na abordagem da remuneração, da participação e da liderança.
No Brasil, um estudo da Revelo, publicado em novembro de 2022, aponta que mais de 87,7% dos desenvolvedores são homens; enquanto o público feminino representa apenas 12,7% dos profissionais de tecnologia. Contudo, luzes no fim do túnel começam a se acender para reverter essa situação. Uma delas vem do Paraná, onde uma mulher acaba de assumir a presidência de uma entidade voltada para a área de TI & Inovação.
Essa instituição é a Assespro-PR (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), que pela primeira vez, em toda a sua história de 40 anos, será presidida por uma mulher. O nome dela é Josefina Gonzalez, e no seu currículo — além de estar à frente hoje como sócia-fundadora da Credit On Inteligência em Crédito e da Smart N Consultoria em Tecnologia da Informação — acumula experiências de destaque em empresas como Becton & Dickinson, Electrolux, Celepar, ICI (Instituto das Cidades Inteligentes), Siemens, Paraná Banco; em vários projetos de TI internacionais, como Bilhetagem Eletrônica/Metrô de Medellín; e projetos com o governo, como Cartão-Qualidade e Bilhetagem Eletrônica junto à PM Curitiba.

Josefina ficará até 2024 na presidência da entidade, que mudou seu nome no fim do ano passado para Assespro-PR/Acate, depois de celebrar uma parceria inédita com a Associação Catarinense de Tecnologia. O objetivo do acordo é expandir a expertise de ambas as instituições em fomentar ecossistemas de tecnologia de informação e inovação, tanto no Paraná quanto em Santa Catarina, fortalecendo todos os stakeholders num movimento de intensa colaboração e geração de negócios, impactando a sociedade civil. “Este é um momento especial da minha carreira, em que eu posso colaborar de forma efetiva e evolutiva com o ecossistema de tecnologia e inovação, dando continuidade a tudo o que já foi construído até aqui”.
Entre seus principais propósitos, realce para a solidificação e conexão da TI & Inovação no Paraná. “Nós temos potencial para fazer desse segmento o principal pilar e vetor econômico da região, destacando-o e gerando negócios para nossas empresas em nível nacional e internacional”, explica Josefina.
Ao ser questionada sobre como ela fará para reverter a baixa demanda de mulheres na área de tecnologia da informação, Josefina é enfática: “Nossa missão como entidade é conectar e estimular o mercado de trabalho e fomentar o crescimento da participação das mulheres nesse setor; e o empreendedorismo, o que passará automaticamente pelas mulheres, que hoje ocupam menos de 20% dos postos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Há vários desafios e dificuldades enfrentados por este grupo, mas acredito que, quanto maior a geração de negócios, maior será a inserção. Uma coisa puxa a outra”.
Na verdade, segundo ela, há déficit mundial de profissionais nesse segmento — principalmente entre as mulheres —, que aos poucos está mudando e melhorando. Mas claro: há muito o que progredir. Ela acredita que a maior participação feminina e de outros grupos minoritários agrega e constrói o caminho de progresso.
Ela ainda destaca, parafraseando um estudo do IBGE, que o baixo percentual feminino não tem ligação alguma com o grau de educação, uma vez que a instrução em TI das mulheres é mais elevada, se comparada à dos homens. O problema é que elas ganham 34% a menos — e isso sim diz respeito à desigualdade.
Então, para dar conta desses obstáculos, uma das novidades é que a Assespro-PR/Acate já conta com uma diretoria específica para lidar com o assunto, denominada Mulheres na Tecnologia. A pasta, liderada por Mariana Medeiros Silva, tracionará agendas e ações robustas, parcerias e bons projetos, construindo as pontes necessárias para melhorar a representatividade feminina no setor e vencer, portanto, as maiores lacunas das empresas de TI & Inovação, para que as mulheres ocupem mais cargos, principalmente os de liderança. “Oportunidades reais de carreira, cultura e encorajamento para postos de destaque e desmistificação de que mulher não pode ser boa executiva são alguns dos desafios, ao lado de políticas de RH inclusivas e, principalmente, remuneração equalizada”, afirma Josefina.
Josefina Gonzalez é natural de Araucária (PR), graduada em Análise de Sistemas, pós-graduada em Engenharia de Software pela FAE Centro Universitário, com mestrado/MBA em Administração de Empresas pela Esade Business School
FIEB LANÇA CARTILHA PARA APOIAR EMPRESAS
NA IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS DE ESG
Documento está disponível para download gratuitamente, no portal da FIEB
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), por meio da Gerência de Meio Ambiente e Responsabilidade Social (GMARS), elaborou a Cartilha ESG – Environmental, Social, Governance. A cartilha, que pode ser baixada no portal da FIEB, visa compartilhar conhecimentos e apoiar as empresas na adoção de práticas sustentáveis.
Elaborada pela equipe da GMARS, a base conceitual da cartilha está alicerçada na tese de que, independentemente do porte, as empresas possam implantar o ESG como estratégia de melhoria de desempenho social, ambiental, econômico e de governança, com consequente aumento de competitividade e consolidação de imagem positiva junto aos stakeholders.
Arlinda Negreiros, gerente da GMARS, lembra que a prática já é uma realidade na FIEB. “Ressalto o compromisso da FIEB no exercício da gestão pelo exemplo, com a adoção de ESG na estratégia da Organização. Buscamos estimular a indústria baiana também a trilhar este caminho, estabelecendo uma comunicação empresarial efetiva com os compromissos assumidos em prol do desenvolvimento sustentável do nosso estado”, destaca.
Em relação ao perfil da indústria baiana, salienta que o direcionamento com foco em ESG reflete sobretudo os padrões de mercado da cadeia de valor, por meio das empresas âncoras dos principais setores produtivos do estado: Químico, Mineração, Construção Civil, Papel e Celulose, entre outros, que têm o papel importante de influenciar fornecedores, normalmente pequenas e médias empresas, a adotar práticas sustentáveis.
“Temos a missão de atuar como agente indutor de sustentabilidade e reforçamos junto às empresas associadas que o negócio pode até ser promissor e com probabilidade de lucro, mas o que é decisivo para o mercado de investimento internacional são as boas práticas empresariais, que incorporam cuidados ambientais, valores sociais e governança corporativa de excelência”, reforça. :: LEIA MAIS »
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