Por Gustavo Cezar do Amaral Kruschewsky – Gcak
Junto ao movimento eleitoral percebe-se a manifestação de atividade lúdica que acontece, mormente, no período em que antecede o dia do sufrágio. Não importa se a eleição é para Presidente da República, Senador, Deputado Federal ou Estadual, Governador de Estado ou Vereador e Prefeito. A candidatura para estes dois últimos cargos a festança é TOP nas cidades e a presença da atividade LÚDICA é altamente potencializada. Os PARTIDOS se coligam com outros partidos e o jogo começa na dança da candidatura. Alguns candidatos desistem e se juntam na campanha a outro candidato que demonstra melhor possibilidade de se eleger. Será que o desistente vai apontar nomes para ocupar cargos, caso o candidato que ele está apoiando seja eleito? Perguntar-se-á.
Pois bem, ficaria sem graça o desenrolar das campanhas sem carreatas, promessas mirabolantes dos candidatos, gritarias, som alto, acenos, alegorias, semblantes alegres, abraços de todas as partes, promessas de melhorias e emprego para o povo e a massa, ovações dos espectadores e tantos outros manejos – uma verdadeira atividade LÚDICA – como se tudo vai ficar bem melhor.
A turma, mormente a que participa dessas festas, em tese eleitoreiras, não aprende que estamos vivendo faticamente TRAÇOS DE DITADURA a exemplos da opinião do CHAT GPT que deu 05 pilares para se verificar se existe ou não DITADURA NO PAÍS, a saber: “perseguição e censura a jornalistas opositores políticos, renúncia ao Estado Democrático de Direito, exilados políticos no exterior, presos políticos e falta do devido processo legal”. Estes são alguns TRAÇOS que vem preocupando, acrescenta-se, a liberdade de expressão que vira e mexe é confundida propositadamente com a difamação, calúnia e injúria, e com tudo isso o que pode prevalecer é mentirada e narrativas desviadas da verdadeira política no dizer ARISTOTÉLICO e por efeito muitas pessoas tem sido penalizadas indevidamente.
Toda essa situação faz este articulista se lembrar do renomado escritor português Abílio Manuel de Guerra Junqueiro, que viveu no século 19 e escreveu as palavras que se seguem, referindo-se à política e à sociedade Portuguesa de antanho.
A preocupação é o nosso Brasil migrar para essa situação que passou Portugal.
Assim se expressou Abílio Junqueiro sobre aquele tempo em Portugal:
“Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, aguentando pauladas, feixes de miséria, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, não se lembrando nem donde vem, nem donde está, nem para onde vai… Uma burguesia cívica e corrupta até a medula, não discriminando já o bem do mal… Que descamba na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo…Um poder legislativo, esfregão da cozinha de executivo…A justiça ao arbítrio da política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas…Partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero”. Citado no livro intitulado ALGUMAS IDEIAS, de autoria deste autor, pág. 73 – 2012 – Editora Mondrongo.com.br a editora do teatro popular de ilhéus –