D EC O L O R E S
Luiz Castro
Casos interessantes aconteceram em Ilhèus.
Existia em Ilhèus dois amigos que tinham uma amizade inseparável. Onde um estava o outro também o acompanhava. Eram considerados amigos irmãos. Acontecia porém que ambos eram bastante calados, se comunicavam por gestos ou mímicas. Estudaram na mesma escola e na mesma sala de aula. No recreio ficavam juntos, porém sempre calados. Os comentários eram diversos, contudo não era nada o que pensavam. Os dois eram amigos inseparáveis.
Certo dia um deles resolveu sair, dar uma volta na cidade e até mesmo tomar uma loira gelada. Tirou o carro da garagem, deu aquela tradicional esquentada e se dirigiu para casa do inseparável amigo. Ao chegar na porta deu aquela buzinando e imediatamente o amigo apareceu e entrou no carro sem dar nenhuma palavra. Deram uma volta pela avenida Soares Lopes como era a tradição e se dirigiu para o bar Ilhèus, na rua sete de setembro (Guanabara) , cujos proprietários eram dois espanhóis. Naquela época o Bar Ilhèus funcionava 24 horas interrupto. Ao chegar no bar, sentaram, chamaram o garçom por sinais e pediram uma cerveja, sem dizer nenhuma palavra. Lá pras tantas, depois da décima cerveja, um deles olhou para o céu e falou: Parece que vai chover! O outro amigo imediatamente retruncou dizendo: Se for para discutir, vamos embora.
E assim acabou a farra.
O outro caso ocorreu com os cuncunhados que eram vizinhos e não se davam por motivo familiar. Um certo dia de domingo um deles resolveu fazer as pazes e convidou o cuncunhado para dar um passeio no pontal. O convidado relutou o convite e por insistência resolveu aceitar. Ao iniciar o passeio o cuncunhado que ofereceu o passeio resolveu botar um ponto final na situação e falou: fulano eu quero fazer a paz e o que voce tem a dizer sobre minha pessoa pode dizer. O outro cuncunhado ficou calado porém fora provocado a falar inúmeras vezes. Após várias insistência o cidadão desabafou dizendo que não gostava do cuncunhado por ser mal educado, bruto, ignorante, estúpido, e outras acusações.
O outro cuncunhado ao ouvir as acusações, freiou o carro no meio da ponte Lomanto Junior e pediu que se retirasse do seu veículo pois não estava pronto para ouvir tamanhas acusações.
O cuncunhado que fora convidado para passear teve que sair do carro e vim a pé para sua residência.
Assim aconteceu em Ilhèus!
Luiz Castro