Por Gustavo Cezar do Amaral Kruschewsky

Professor e Advogado

A gestão municipal de Ilhéus que teve início em janeiro do presente ano de 2025, sob a administração de Valderico Júnior-Prefeito e Wanessa Bonfim

Gedeon-Vice Prefeita, vem tratando com muito zelo vários locais da região urbana central, dando à cidade um aspecto moderno que merece, portanto, digna de ovações.

Mas, gostaria de presenciar um esforço conjunto a fim de corrigir anos de omissões que foram causadores da dicotomia CULTURAL que até hoje grassa entre os Distritos e a cidade de Ilhéus. Aqueles chamados “gentilmente” de interiores a exemplos de Aritaguá, Coutos, Japu, Sambaituba e Rio do Braço. Este não mais existe, o que se pode apreciar é a sua localização entregue às baratas e desprovido de comunidade ATIVA.

É preciso, de pórtico, favorecer a essas pessoas que vivem nos Distritos um bom acesso às outras localidades de Ilhéus com estradas asfaltadas e bom transporte público para os moradores se dirigirem ao trabalho, escola, hospital e tantas outras necessidades para se ter QUALIDADE DE VIDA DIGNA.

Ainda em tempo lembra este articulista que a Lagoa Encantada – “é uma APA – área de proteção ambiental localizada em Ilhéus na Bahia conhecida por sua beleza natural e rica biodiversidade”. Só indo até lá para curtir a beleza do local, mas, o acesso precisa urgentemente ser otimizado com estrada asfaltada e bem sinalizada.

Quanto aos Distritos é preciso paulatinamente acabar com essa exclusão mortal. A SUSTENTABILIDADE que se viu nesses anos passados será que “é a prática da Ditadura perfeita”? Perguntar-se-á. Consoante se posicionou ALDOUS HUXLEY: “A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a

fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão”.

Portanto, a atividade lúdica, oferecida pelos que tem sentimentos escravocratas é o alimento para pessoas sem esperanças de adquirir conhecimento para a vida em sociedade.

Poder-se-ia dizer que a grande maioria dos moradores dos Distritos de ILHÉUS vivem em tese à margem da sociedade e isso é, ou não é, uma situação colonial? Muitos deles vivem e convivem, sem trabalho, e pior, sem quase esperança, resultando em desigualdades cruéis. Havendo interesse, daqui para frente, mormente dos gestores da coisa pública, aos poucos, de forma paulatina – respeitando-se o princípio da

SUSTENTABILIDADE – os Distritos poderão se tornar MICROS CIDADES tendo condições de trabalho para os moradores, escolas, unidades de pronto atendimento – para tratamento de saúde – estradas asfaltadas e tantas outras estruturas até mesmo de lazer que devem existir para a população estabelecida em uma pequena URBE.

Vale lembrar o economista Ilheense JOSÉ ALBERTO MAIA, através de um ante Projeto de sua lavra, sugere que os Distritos e Vilas a exemplos de Aritaguá, Coutos, Japu e Sambaituba deveriam servir de locais com boa estrutura para moradias, tornando cada município mais horizontal e fortalecido com o advento de cooperativas de produtores de alimentos vinculando Distrito-Sede-Distrito. Com isso facilitaria empreendimentos de produção de alimentos – agricultura familiar – e fornecimento de produtos para os supermercados e outros. Poderia também ser implantados comércio varejistas nesses Distritos com preços acessíveis para moradores e visitantes e oferecimento de empregos nessas localidades mormente para os moradores de cada localidade.

Assim os Distritos desenvolvidosterão, por certo, forma de MICRO CIDADES

NO TOCANTE à melhoria da Saúde, Educação, Trabalho e Renda que passarão a existir na nova região DISTRITAL. Esta região será unida à cidade de Ilhéus a qual pertence e por efeito o IDH – Índice de

Desenvolvimento Humano subirá bem mais.

Esta é a Ilhéus que a gente sonha!