:: jul/2025
Hidrelétricas reduziram biodiversidade do Rio Madeira, na Amazônia, confirma pesquisa
O artigo Impacts of Hydroelectric Dams on Amazonian Fisheries: Assessing Functional Attributes in the Madeira River foi publicado na revista científica River Research and Applications e é assinado por Ana Laura Monteiro de Souza (UFMS), Rogério Fonseca (UFAM), Rangel Eduardo Santos (UFSB), Raniere Garcez Costa Sousa (UNIR), Felipe Micali Nuvoloni (CFCAM/UFSB), Isys Nathyally de Lima Silva (UFAM), Karen Sayuri Takano (UFAM), Fabricio Berton Zanchi (CFCAM/UFSB). O estudo contou com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). Os autores integram o Núcleo de Pesquisas em Ecossistemas Tropicais (NuPEcoTropic), liderado pelo professor Fabrício Berton Zanchi e com a pesquisadora Ana Laura Monteiro de Souza e colaboradores.
O Rio Madeira é o maior afluente do Amazonas e sua alta biodiversidade de cerca de 1.300 espécies de peixes é vital para as comunidades ribeirinhas. Os dados coletados indicam uma imensa redução de cardumes de grande valor alimentar e econômico para a população à margem daquele rio, após a instalação das usinas. Essas perdas não são apenas números técnicos, como comenta o professor Fabrício Zanchi, do Centro de Formação em Ciências Ambientais (CFCAM/UFSB): “Elas comprometem a segurança alimentar de milhares de pessoas. Na região amazônica, o consumo médio de peixe ultrapassa 30 kg por habitante por ano, sendo mais do que o dobro da média nacional, que é de 12 kg/hab./ano. No caso de Humaitá, com uma população de cerca de 57 mil pessoas, a redução de mais de 9 mil toneladas anuais de pescado representa uma perda estimada de aproximadamente 166 gramas de peixe por pessoa, por semana”.
O cientista aponta que, nesse cálculo de base semanal de consumo a partir de dado anual, é preciso considerar que há épocas de defeso (quando a pesca de certas espécies é proibida) e períodos de baixa captura provocado por variações sazonais, causando uma redução drástica nas capturas efetuadas pelos ribeirinhos e povos originários da bacia. “Essa é uma perda não somente de proteína acessível para famílias durante meses e que muitas vezes não têm outra fonte alimentar equivalente, mas também de subsistência e comércio para aquisição de outras fontes alimentares”, detalha o cientista, que indica os dados de outro trabalho do grupo (Santos et al, 2018).
Biblioteca Central recebe 3º edição do Encontros Negros com Djamila Ribeiro e inaugura Sala Mestres e Mestras
Evento gratuito celebra o 25 de Julho com presença de Djamila Ribeiro e inauguração da Sala Mestres e Mestras da Palavra na Biblioteca Central da Bahia
A filósofa, escritora e ativista Djamila Ribeiro estará em Salvador no dia 25 de julho, às 18h, para uma roda de conversa gratuita na Biblioteca Central do Estado da Bahia, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A atividade integra a terceira edição do projeto Encontros Negros, realizado pela Umbu Comunicação & Cultura e que contará com mediação da jornalista baiana, Val Benvindo.
Em julho, Encontros Negros propõe uma escuta coletiva sobre os desafios históricos e atuais enfrentados pelas mulheres negras no Brasil e nas Américas, além de fortalecer as narrativas de resistência, ancestralidade e protagonismo feminino negro. A ação tem como objetivo reunir estudantes, educadores, artistas e o público em geral para refletir sobre os caminhos possíveis para uma sociedade mais antissexista e antirracista.
“Com muita honra e alegria, participarei do Encontros Negros em Salvador no 25 de Julho, celebrando a força e a sabedoria das mulheres negras da América Latina e do Caribe”, destaca a professora Djamila Ribeiro, uma das principais vozes do pensamento negro contemporâneo e autora de livros como Lugar de Fala, Quem tem medo do feminismo negro? e Pequeno Manual Antirracista.
Reconhecida internacionalmente, Djamila também atua como colunista, pesquisadora e consultora em temas ligados à justiça social, com forte influência nos campos da educação, cultura e políticas públicas. Encontros Negros Especial 25 de julho conta com apoio do Governo do Estado da Bahia, através das Secretarias de Educação (SEC) e de Cultura (SecultBa)- através da Fundação Pedro Calmon, e também conta com a parceria do Portal Soteropreta, da Livraria LDM e da Imagem Digital. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas gratuitamente pela plataforma Sympla.
Inauguração – O Encontro será realizado na Biblioteca Central, um dos espaços públicos mais importantes, referência em promoção de conhecimento, leitura e cultura. Na data, a escritora Djamila Ribeiro também participará da inauguração de um novo espaço dedicado ao fortalecimento das políticas públicas de incentivo à leitura e a dinamização da cadeia produtiva do livro: a Sala Mestres e Mestras da Palavra. O espaço é localizado na Bicentenária Biblioteca, equipamento da Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA).
A Sala Mestres e Mestras da Palavra é um espaço que tem como objetivo principal, proporcionar à comunidade literária e artística da Bahia, recursos estruturais e tecnológicos. Ela também agrega à política de fomento ao livro, leitura e produção cultural, consolidando esse local na criação, divulgação, promoção da literatura e espaço de referência para os escritores e produtores da arte. :: LEIA MAIS »
“Lá Vêm Elas!” estreia com sucesso em Salvador e reforça urgência da inclusão nos espaços culturais
A abertura da exposição “Lá Vêm Elas!”, realizada na última quinta-feira (4), na Casa Rosa, em Salvador, foi um verdadeiro sucesso de público, sensibilidade e representatividade. Com uma roda de conversa emocionante e repleta de trocas potentes entre artistas e ativistas com deficiência, o evento deu início a uma programação que segue até o dia 3 de agosto, convidando o público a mergulhar em experiências artísticas atravessadas por acessibilidade, autonomia e inclusão.
A mostra, que integra o Circuito Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça 2023, reúne vídeos artísticos e painéis que evidenciam a luta de mulheres com deficiência por espaço, reconhecimento e justiça. São oito artistas de diferentes regiões do Brasil que compartilham suas vivências e expressões em performances e depoimentos sobre temas como arte, saúde, educação, direitos, violência e anticapacitismo.
Idealizada pelos estúdios Festum e Folguedo (RJ), com curadoria assinada por Lucília Machado e pela própria Folguedo, “Lá Vêm Elas!” transforma a expressão antes carregada de preconceito em um grito de afirmação: mulheres com deficiência estão ocupando os espaços com arte, atitude e voz.
Além do conteúdo artístico e político, a exposição se destaca pelo cuidado com a acessibilidade. Todos os vídeos contam com recursos como audiodescrição, Libras, legendas, fonte ampliada e caderno em braille, garantindo que a experiência seja, de fato, para todos.
A exposição tem apoio da Casa Rosa, espaço cultural localizado no icônico bairro do Rio Vermelho, em Salvador, que foi concebido como um ambiente plural para a cidade.
Artistas participantes da exposição audiovisual:
Amanda Lyra (PR) – Artista musical cadeirante, comunicadora, consultora em acessibilidade digital.
Ana do Vale (PB) – Artista visual com deficiência múltipla, trabalha com diferentes materialidades, trazendo a narrativa do seu corpo e da divergência para sua arte. :: LEIA MAIS »
DO FUNDO DO BAÚ DE JOSÉ LEITE.
1) 65 ANOS DE JOSÉ LEITE EM ILHÉUS
2) FLASH DO DIA DA CIDADE EM ILHÉUS
3) AS FOTOS DESTAQUES DA SEMANA. :: LEIA MAIS »
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