Anísio Cruz – 2018

Para escapar da cadeia,
O véio “sapão” inovou,
Tomou banho, calçou meia,
Um bom perfume usou.

Até cabelo penteia,
E prá mostrar sua dor,
Fez a missa que incendeia,
Com sua prece de louvor.

E estando de cara cheia,
Da cachaça que tomou,
O seu corpo se bambeia,
E por pouco não tombou.

Só a Gleise não entonteia
No cangote que cheirou.
Mas de baixo a plateia,
Viu que a Dilma se abanou.

Se essa trova sacaneia
Até quem nunca rimou,
A cachaça remedeia
O “sapão”que se enraivou