A ‘NOSSA CASA COMUM’, A CIDADE, E A DOENÇA.

Manoel Tourinho e Otavio Chas

Professores da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém (PA)

Os comentários inseridos nessa edição semanal do AGRISSENIOR são pertinentes a um trabalho de escopo exploratório sobre possíveis e testáveis relações existentes entre a natureza, a urbanização e as doenças pandêmicas, no caso o Corona vírus, o VID-19. As consequências mundiais da pandemia dispensam comentários quando coloca “ajoelhados no milho” grandes potências mundiais, inclusive dobrando a arrogância do Mr.Donald John Trump, que não desejando “sair por baixo”, dispara contra a China atribuindo-lhe a “fabricação” do vírus; nada mais que um insumo político dos arsenais americanos da guerra fria. Tem muita gente cuidando do controle pós-facto da pandemia; tem muita gente querendo saber donde esse bicho saiu; seria o grupo do explicandum ex-ante. Nós estamos nesse grupo. Trabalhando para testar que o novo Coronavírus é fruto do enorme cansaço da natureza ante as agressões que a “civilização moderna” vem lhe impondo a séculos, desde a revolução industrial em 1760. São altas ‘taxas de saques’ aumentadas em velocidades exponenciais. “A tecnologia está evoluindo mais rápido do que a capacidade humana” Na semana (16 a 25 de maio) do 50 Aniversario da “Laudato Sí ”, exortação do Papa Francisco que nos pede o cuidado com a nossa casa comum, assistimos diálogos que levam a pensar que o tempo da destruição está avançando muito mais rápido que o tempo da consciência cristã; o fosso entre Tempo X Consciência, se aprofunda terrivelmente. O mundo vive no vermelho em razão de um déficit ambiental que cresce a cada ano. A humanidade com sua desumanidade já ultrapassou a capacidade de carga do Planeta; a sua biocapacidade já é antrópica. Desde 2014 que o déficit ambiental vinha se agravando, e boom! explodiu em 2019. O desequilíbrio das relações sociedade-natureza é central na origem desse vírus mortal que nos aflige. Os números da Pegada Ecológica são proxis desse desequilíbrio, cujas causas consideradas como clássicas estão no aumento populacional, nas migrações e no aumento do consumo; esse, por sua vez, sempre a rebocar mais e mais recursos naturais: água, combustível fóssil, minérios, terra férteis, florestas, entre outras. Os comentários que se escreve aqui no AGRISSENIOR, tocam na questão urbana como fator promotor de desequilíbrio. É que as grandes cidades, os mega centros urbanos, as desejadas metrópoles, são consideradas como “essencialidades” dos nossos modelos de desenvolvimento, embora, historicamente, nunca foram razão de alvesço; ao contrário, sempre foram motivos de escuridão, violência e dores, ainda que disfarçadas, sublimadas. A análise que ilumina esses comentários mostrou que há uma correlação positiva muito forte entre o porte urbano das mesorregiões paraense e o quantitativo de infectados (maior pressão urbana, maior risco de disseminação, além de uma forte correlação negativa entre a distância da capital e o quantitativo de infectados (maior distância da capital, menor

risco de disseminação). Os centros urbanos mais densos parecem funcionar como centro geradores e espalhadores do vírus, o que não é estranho devido ao fato de que aí estão localizados os índices mais perversos de pressão sobre os recursos naturais. Tal constatação, que não ocorre apenas por essas evidências, nos levam a pensar, como eleitores e cidadãos, em políticas de descompressão do território para favorecer aqueles que querem continuar vivendo nas suas cidades menores não metropolitanas; viver para sempre nas cidades sedes municipais e até mesmo nas pequenas comunidades rurais. Ao poder público só uma obrigação: prove-las de bons serviços de saúde e ensino em todos os níveis, inclusive o superior. Empregos? As cidades pequenas, vilas e povoados, sabem como cria-los: é só não os expulsar da terra. Um assunto para uma agenda pública pós-pandemia.

CURIOSIDADES DA ENGENHARIA

A bitola das ferrovias, que é distância entre os dois trilhos, nos Estados Unidos é de 4 pés e 8,5 polegadas (143,51 cm)

Por que esse número foi utilizado?

Porque era esta a bitola das ferrovias inglesas e, como as americanas foram construídas pelos ingleses, esta foi a medida adotada…

Por que os ingleses usavam essa medida?

Porque as empresas inglesas, que construíam os vagões, eram as mesmas que, antes das ferrovias, construíam as carroças e utilizavam as mesmas ferramentas.

Por que utilizar essas medidas, 4 pés e 8,5 polegadas, para as carroças?

Porque a distância entre as rodas das carroças deveria servir para as estradas antigas da Europa, que tinham essas medidas.

E por que tinham essas medidas?

Porque as estradas foram abertas pelo antigo império romano, quando de suas conquistas, e tinham as medidas baseadas nas antigas bigas romanas.

E por que as medidas das bigas foram definidas assim?

Porque foram feitas para acomodar 2 traseiros de cavalos.

Finalmente.

O ônibus espacial americano utiliza dois tanques de combustível sólido srb (solid rocket booster) que são fabricados pela ATK Thiokol, no estado americano de Minnesota.

Os engenheiros que os projetaram queriam fazê-los mais largos, porem tinham a limitação dos túneis das ferrovias por onde eles seriam transportados, os quais tinham suas medidas baseadas na bitola da linha.

Conclusão: o exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia acaba sendo afetado pelo tamanho da bunda dos cavalos da Roma antiga.

Ou seja, desde o início da humanidade, o tamanho da bunda foi determinante na vida dos engenheiros. Enviada pelo Engenheiro Petrúcio Lima (Autor desconhecido)

ILHÉUS E O CACAU

Altenides Caldeira Moreau

Ilhéus é o Município do sul da Bahia, local do nosso Lions Clube, que já foi chamado de “capital do cacau”.

O cacau é um fruto contendo amêndoas que são utilizadas nas indústrias para fabricar o chocolate que é uma iguaria resultante da mistura de massa de amêndoas de cacau com leite e açúcar. A formulação do chocolate é bastante variável, conforme o gosto e o paladar que se queira obter e consumir. Atualmente, tem se dado muito valor e ênfase à produção industrial do chocolate com menor teor de açúcar e até do chocolate amargo.

O chocolate, em média, é composto de 60% de carboidratos, 30% de gorduras saturadas, 8% de proteínas e minerais (potássio, cálcio, fósforo, magnésio, sódio, zinco) e vitaminas A1, B1, B2, B3,e E.

O cacau é produzido em 20 países, chegando a 4 milhões e quinhentas mil toneladas de amêndoas anuais, nos plantios localizados em clima tropical úmido, sem estações secas, com destaque para Costa do Marfim, Ghana, Nigéria, Camaróes, Malásia, Brasil, e países da América Central. E orientais.

As plantações de cacaueiros são feitas em países pobres e em desenvolvimento, cujas amêndoas colocadas no mercado de exportação a preços que oscilam diariamente, conforme o dólar. A expansão mundial da produção afeta a lei da oferta e procura e os estoques regulam os preços. Enquanto os chocolates são vendidos em países ricos e de classes sociais abastadas com valores elevados de até dez vezes maiores do que os preços das amêndoas.

Ilhéus já foi o maior produtor de cacau do Brasil e um dos maiores do Mundo, mas após as crises de 1930 de 1950 e de1990, causadas por fatores diversos, como decadência das plantações, ataque de pragas e doenças, empobrecimento dos solos, queda de preços do produto, endividamento dos produtores, mudanças climáticas, exportação única de matéria prima, falta de industrialização, inexistência de estudos e pesquisas, falta de material genético produtivo, abandono das tecnologias de produção e epidemia da doença denominada “vassoura de Bruxa, enfraquecimento da CEPLAC, declinou a economia cacaueira enfraquecendo o potência econômico –financeiro regional.

Neste contexto, os três Clubes de Lions encontram necessidades para atuarem dentro dos seus objetivos e programas de campanhas em benefício dos mais carentes, na busca de servir e atenuar os problemas mais cruciais para a sobrevivência das comunidades.

CRÔNICA DO AMOR,

Martha Medeiros

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.”

O PENSAMENTO DA SEMANA

Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. Confúcio

O POEMA DA SEMANA

TODAS AS CARTAS DE AMOR…

Álvaro de Campos

Todas as cartas de amor são

Ridículas.

Não seriam cartas de amor se não fossem

Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,

Como as outras,

Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,

Têm de ser

Ridículas.

Mas, afinal,

Só as criaturas que nunca escreveram

Cartas de amor

É que são

Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia

Sem dar por isso

Cartas de amor

Ridículas.

A verdade é que hoje

As minhas memórias

Dessas cartas de amor

É que são

Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,

Como os sentimentos esdrúxulos,

São naturalmente

Ridículas.)

A PIADA DA SEMANA Profissão da Filha

Depois de mais de 5 anos longe e sem dar notícias, a filha aparece em casa. O pai logo exige uma explicação.

– Virei prostituta e não tive coragem de contar.

O pai, fica descontrolado.

– Vagabunda, você é a vergonha da família… Nunca mais volte aqui.

– Desculpe pai, eu imaginava isso. Porém, só quero deixar essa escritura de um apartamento no Morumbi para a mamãe, uma poupança de 500 mil para o meu irmão…. E pra você, esse Rolex e uma BMW zero que está estacionada na rua.

– O que você disse que era mesmo?

– Prostituta.

– Que susto, eu entendi professora substituta, dá aqui um abraço no papai!

oOo

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