FIEB critica alta na Selic
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pelo novo aumento da taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, levando-a para 10,75% ao ano, teve repercussão negativa na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).
Para o presidente da FIEB, Ricardo Alban, enquanto o mundo inteiro está praticando juros negativos, o Brasil vai na contramão, favorecendo somente o Sistema Financeiro. “Até mesmo a economia americana, que sofreu uma pressão inflacionária na faixa de 7%, como há muito não sofre, está trabalhando com uma linha de juros reais negativos. Então, nós temos um país com baixo poder de consumo e com sérios problemas no seu setor produtivo, mas vamos penalizar esses setores com uma ferramenta isolada de política monetária”, critica.
Alban argumenta que o aumento de juros é apenas uma ferramenta dentro de uma política monetária. “No processo inflacionário, várias causas devem ser observadas: desde a pressão de um déficit fiscal até a falta de oferta ou pressão de demanda. A pressão de demanda, seguramente, não é no Brasil. A falta de oferta é algo muito localizado, em alguns encadeamentos produtivos que já estão mostrando não serem uma preocupação a médio prazo. Então, estas não são premissas que justifiquem sermos tão agressivos na nossa política monetária de juros”, afirma.
—
Federação das Indústrias do Estado da Bahia – Sistema FIEB Gerência de Comunicação Institucional
Tel. : 71 3343-1477 / 1267 / 71 3879-1695www.fieb.org.brwww.flickr.com/photos/sistemafiebwww.facebook.com/SistemaFIEB