Luiz Ferreira da Silva, 88
 
Oportunidade ímpar para a CEPLAC mostrar a sua cara e dar um exemplo efetivo com a sua contribuição magistral ao ecossistema amazônico.
Sem conversa fiada, mas com mais de 150 mil hectares plantados em sistema de agricultura ombrófila, convivendo com a floresta original.
Como a Natureza ensina, o bioma da mata úmida tropical tem vocação para cultivos perenes, que pouco alteram o ambiente fitogeográfico, por não necessitar de constantes replantios e, tampouco, uso de maquinária pesada. E se for possível em condições de interação com a floresta original, melhor ainda.
E para o leitor entender melhor, mais detalhes dessa planta dadivosa, o cacaueiro:
– Convive em condições naturais sob as matas, sobretudo de várzeas;
– Cobre o chão de sua folhagem rica em nutrientes, melhorando o solo;
– Ativa com eficiência o processo de reciclagem, mantendo um ciclo produtivo em conexão; luz-solo;
– Aufere renda, sobretudo ao pequeno agricultor, cuja visão é mais ecológica do que economicista; a das “plantations.
Pois bem. O caminho para o uso da floresta amazônica aí estar ditado pelo cacaueiro e ensinado pela CEPLAC de tempos idos.
Cabe à engenharia genética produzir variedades de outras espécies, que possuam um sistema de reciclagem eficiente, capaz de produzir sob condições de pouca luz solar, a agricultura ombrófila referida.
E como partícipe dessa epopeia, seja mapeando os solos para o retorno do cacau às suas origens, que fora “passear” no Sul da Bahia, bem como dirigindo a instituição em Belém, no período da implantação do PROCACAU (Programa Nacional de Expansão da Cacauicultura), só tenho a lamentar essa omissão da CEPLAC (08.11.2025)