Lino Coelho do Vale

(Lininho)

                Uma das grandes figuras desta terra, na beira da praia, mas que seu nome diz que ele é do “Vale”, tem muita história para contar.

Grande curtidor e aproveitador desta vida que Deus nos deu, nasceu na Fazenda Retiro em 1942, no dia 26 de abril, não foi no dia 1º de abril não! Filho de Lino Cardoso do Vale e Odett Coelho do Vale, irmão de Teresa do Vale Badaró, casada com Giba (Gilberto) Badaró; Vini (Etelvina) do Vale Tavares, esposa de Luiz Frederico (Lulu) Aboud Tavares; Luiza Virgínia (Luvi), esposa de Valter Malízia; e Odett (Odetinha) do Vale Rhem, esposa de Roberto Rhem.

Em 1972 casou-se com Civa Eliana Póvoas com quem teve quatro filhos, Eliana, Carolina, Marina e Lino.

Em 1967 fez o curso de Sociologia na Faculdade de Sociologia e Política de Ilhéus, onde foi colega de Renildo Nascimento e Elomar Ramalho; foi bancário, trabalhou no Banco da Bahia; e empresário, foi proprietário junto com seu amigo Paulo Gago (Moreira) da “Autobor”, uma loja de venda de pneus e borracharia. Esta loja tem uma história muito interessante. Dizem que quando Eles montaram a borracharia, Paulo é que foi ao contador para tratar da documentação da abertura da empresa, e quando o contador perguntou como seria o nome de fantasia da dita loja, Paulo “Gago”, ficava repetindo: é Autobor, Autobor, Autobor, e não saía disto, não precisa dizer por quê! né, e o contador não sabendo da gaguice de Paulo registrou o nome de fantasia como “AUTOBOR”, só que o nome deveria ser “Auto borracharia Santo Antônio”!?, não sei, e ficou por isto mesmo.

Lininho era muito conhecido e famoso pela vida que levava, pelos seus aprontes, pelas farras, dizem que havia até uma conhecida como festa do Cabide, não sei por que!; o seu famoso jipe, o “alça de caixão”, que tinha este nome porque todo mundo botava a mão; as vezes sumia de Ilhéus e quando voltava e lhe perguntavam onde estava dizia que estava em Ipanema, todos pensavam que era no Rio de Janeiro, só que era no sítio de seu pai, que se chamava “Ipanema”, na beira da praia, acima de Olivença; também era um grande pescador, aos domingos ia para “Ipanema”, arremessava sua vara de pesca, colocava no descanso, e ia tomar uma cervejinha, de quando em vez ia ver se os siris já tinham comido a isca, e assim vinha em direção a Ilhéus, parando de bar em bar, até as iscas acabarem no fim do dia, êta pescaria boa! ; cansei de ir com ele e sua turma para o bar dos Bancários, no Morro do Urubu, onde hoje está o Iate Clube de Ilhéus, nos domingos, era a maior farra, levávamos caju, furávamos o dito cujo com um palito e o colocávamos em um copo com  cachaça destilada, “eta bicho bão”, só de lembrar me da saudades. Eu era um de seus fãs e admirador, como continuo sendo, e nunca vou deixar de ser.

Meu amigo Lininho, que é do “Vale”, tenho certeza que você ainda vai ficar muitos e muitos anos conosco, aqui na beira da “praia”.