2011 começa com chuvas torrenciais em todo o Brasil.

Talvez o Universo esteja lavando a casa para que uma nova era comece.

Gostaria de acreditar nisso. Sempre pensei que acreditaria nisso quando a primeira mulher assumisse a presidência do país. Mas eu jamais poderia imaginar que seria uma mulher assim. Tomara que eu esteja errada e ela consiga fazer um bom governo.

Muitas mulheres já fizeram bonito no cenário político brasileiro, ainda que a maioria delas tenha herdado o poder de alguém: marido, irmão, tio. Assim como Dilma está herdando o poder de Lula.

Mas, por mais que a nossa presidente não seja a mulher que sonhei ver um dia no cargo máximo da nação, ela é uma mulher e governará, com certeza, com a sua cabeça de mulher, dando a contribuição que as mulheres tem dado à vida pública e ao mundo empresarial, uma contribuição de estilo novo, que inclui a intuição e a sensibilidade, atributos que são muito mais privilégio feminino do que masculino.

Vi a genial repórter Gloria Maria, em entrevista à outra jornalista genial, Marília Gabriela, dizer que não acreditava que uma mulher na presidência mudasse alguma coisa. Pelo jeito, pois não contestou, a Marília também acha.

Aliás, muitas mulheres tem essa tendência de negar a sua história, o seu passado de cidadãs de segunda classe, sem direito à coisa nenhuma, e sua condição de ainda discriminadas, de ainda sofredoras das consequências de um passado de milênios, modificado apenas por conquistas de poucas décadas.

Dizer que uma mulher na presidência não muda nada, é negar a verdadeira condição social da mulher.

Uma mulher na presidência muda tudo.

Os 80 e tanto por cento de popularidade do ex presidente Lula, principalmente entre o povo mais simples, deu a vitória nas urnas à Dilma. E esse povo mais simples é justamente quem tem mais dificuldade de aceitar as mulheres como iguais. Não apenas os homens aceitarem as mulheres como iguais, mas também as mulheres se enxergarem como iguais. Então, de repente, Lula passar o cetro para uma mulher, eleva todo o sexo feminino, para a maioria dos brasileiros, de pouco capaz à competente, a digno da confiança do presidente Lula. E isso, pode crer, muda muita coisa. Muda dentro de casa: o marido começa a enxergar a atitude da esposa com outros olhos. Muda na empresa: já não se duvidará tanto da capacidade da mulher que se candidata à promoção. Muda na corporação, na marinha, no exército, na polícia, na igreja, muda em todas as instituições.

Lembro-me de quando, na década de 1980, eu comandava um programa de TV chamado “Condição de Mulher” e entrevistei a Amelinha Telles, que então era presidente de uma organização chamada União de Mulheres. Recebi, dias depois, uma carta de uma telespectadora do Rio Grande do Sul que era militante da União de Mulheres em sua cidade. Ela me dizia que o seu marido sempre fizera grandes gozações em cima da militância dela na organização, que nunca a levara a sério mas que, quando vira na TV a matéria sobre a União de Mulheres, mudara completamente de atitude.

Uma mulher na presidência muda tudo.

Isabel Vasconcellos é escritora e está lançando, em março, seu oitavo livro, pela editora Cultrix.

Isabel Vasconcellos

é escritora e jornalista. Foi pioneira em programas de saúde na TV brasileira, atuou em importantes emissoras de todo o país como produtora e apresentadora: Band, Rede Mulher, Record e Gazeta.

Na Rádio Tupi AM , além de seu programa ao vivo – Sexo Sem Vergonha, domingos às 9h00 – fala todas as quintas, sobre sexo, no programa de Simone Arrojo e todos os dias responde aos ouvintes da Rádio no programa Manhã Tupi Total.

Na Revista 7 dias responde as dúvidas sexuais dos leitores.

É colunista da Revista Aimé e da Revista Upharma.

O seu site (www.isabelvasconcellos.com.br) é atualizado diariamente por ela própria.

Livros da Isabel já publicados*:

2008, O Fantasma da Paulista (romance) Ed.República Literária

2007, A Depressão na Mulher (co-autoria Prof.Dr.Kalil Duailibi, médico psiquiatra), Medicina e Comportamento, Ed.Segmento

2006, Todas As Mulheres São Bruxas (Comportamento e Contos) Ed.Soler

2005, Sexo Sem Vergonha (Comportamento e Contos) Ed.Soler

2004, A Menstruação e Seus Mitos (Saúde e Contos)Ed.Mercuryo

2002, 5O Anos da Rosa (Romance) Ed.Universal

2000, Histórias de Mulher (Contos) Ed. Scortecci

* Isabel acaba de assinar com a Cultrix para lançar seu oitavo livro.

programas de TV da Isabel:

Coluna Só Sexo em “A Noite É Uma Criança” (2009)

Só Saúde (a partir de 2007)

Saúde Feminina (1999-2006)

40 ou Mais (1998-1999)

Condição de Mulher (1985 -1997)

Junta Médica (1984-1997)

programas de rádio:

Programa Sexo Sem Vergonha, ao vivo, domingos, 9h00 (a partir de 2009)

Quadro Sexo no programa Autoestima de Simone Arrojo, Rádio Tupi AM (a partir de 2009)

Participação 2ª.a 6ª. Manhã Tupi Total – Gleides Xavier e Ivo Morganti (a partir de 2009)

Participação Semanal – Pgm Kaká Siqueira Rádio Tupi AM (2006-2008)

Participação semanal – Pgm Paulo Barbosa, Rádio Tupi AM (2004-2005)

Participação semanal – Pgm Paulo Barbosa, Rádio Record (2002-2003)

revistas onde Isabel escreve:

Revista 7 Dias, semanalmente nas bancas

Revista Aimé, mensalmente nas bancas

UpPharma, circulação dirigida a profissionais da indústria farmacêutica

Via de Acesso, circulação dirigida, vips e classe A

sites onde Isabel escreve:

www.votebrasil.com

www.wmulher.com.br

www.riototal.com.br

www.viadeacesso.com.br

www.isabelvasconcellos.com.br