Ingá apresenta ações de monitoramento meteorológico durante encontro com Agência Nacional de Águas, em Brasília
A avaliação do período chuvoso de 2010 e início de 2011 e as perspectivas de janeiro a março deste ano foram os motivos para a Agência Nacional das Águas (ANA) convocar os principais órgãos ligados a climatologia do país para fazerem um balanço das ações desenvolvidas, até o momento, pela União, estados e municípios. O Instituto de Gestão das Águas e Clima participou do encontro e apresentou as iniciativas em casos de chuvas e eventos extremos, destacando as ações de monitoramento dos dados de chuva, emissão de boletins pluviométricos, previsão do tempo e outros serviços disponibilizados pelo Centro Estadual de Meteorologia da Bahia (Cemba) à população baiana.
A operação coordenada pela ANA visa à prevenção, monitoramento e mitigação dos impactos de inundações. A agência contextualizou o quadro hidrológico (água) país e apresentou a ‘Sala de Situação’ onde recebe as informações meteorológicas de todo o país hora em hora, através de plataformas telemétricas (transmissão via satélite), que são reenviadas para um banco de dados e direcionadas ao Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos (SNIR). Quando o sistema aponta um evento grave muito acima ou abaixo da média prevista, gera um alerta para um protocolo de ação. Dessa forma, a ANA aciona a Defesa Civil Nacional e outros órgãos federais, e por fim, a Presidência da República.
Segundo os representantes do Ingá no encontro (Gabriel Palma, diretor de Monitoramento e Informação; e Maria Quitéria Oliveira, coordenadora de Estudos e Projetos de Recursos Hídricos), o funcionamento da Sala de Situação para eventos críticos da ANA servirá de modelo para o desenvolvimento das ações da Comissão Estadual de Resposta aos Danos das Chuvas. O grupo presente ao encontro, que também contou com a presença de Paulo Sérgio, coordenador da Defesa Civil Estadual – sinalizou que a Bahia está se preparando para criar condições para prever e agir em situações de eventos extremos, tanto relacionados a monitoramento de chuvas, quanto de secas e incêndios.
Outra ação que servirá de apoio aos monitoramentos hidrometeorológicos, na Bahia, será a inserção de mais 5 Plataformas de Coleta de Dados (PCDS) na região Metropolitana – 2 em Lauro de Freitas; 1 em Simões Filho; 1 em Candeias; 2 em Salvador. O objetivo é ampliar os pontos de monitoramento pluviométrico, já que a região sofre com constantes inundações em períodos chuvosos e por se tratar da maior área de densidade populacional do Estado.
O diretor-geral do Ingá, Wanderley Matos lembra que o monitoramento dos focos de calor realizado pela equipe responsável pela climatologia no órgão é um exemplo aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente e que servirá de inspiração para outros estados. A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, será o primeiro destino a utilizar os dados do sistema e do modelo de gestão de eventos críticos já experimentado pelo governo estadual, que ajudou na prevenção e combate aos focos de calor e incêndios na Chapada Diamantina, na Bahia.
Durante os meses que anteciparam o período de estiagem na região baiana e tida como a época mais quente, a área contou com uma operação do governo estadual e contribuição de diversos órgãos, entre eles, o Ingá, Instituto de Meio Ambiente, Cordec, Corpo de Bombeiros e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para localizar os focos de calor monitorados por técnicos do Ingá com o uso do Sigweb-I3 geo, um sistema desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), que funciona como uma ferramenta de localização geográfica.
Os estados presentes – RS, SP, MG, BA, AL, SE, PE e GO- na reunião revelaram como funcionam a estrutura de monitoramento hidrometeorológico e sistemas de alerta e concordaram que precisam reforçar os planos de contingência para divulgar informações antecipadas sobre eventos críticos para as populações. A reunião também contou com a participação dos órgãos: NOS, CPTEC/INPE, INMET, CPRM e representantes de secretarias estaduais de recursos hídricos ou meio ambiente e órgãos relacionados à gestão das águas.