Ir.’. Everaldo

Caros leitores, integrantes e simpatizantes da Ordem Maçônica;

Conforme anunciamos em nosso texto anterior, relativo à Maçonaria ao redor do mundo,
discorreremos sobre a sua história no Século XX.

O SÉCULO XX

Os últimos 100 anos presenciaram o surgimento de regimes totalitários de esquerda e de direita em muitos países da Europa e o continente foi palco de dois campos de batalha. A Maçonaria sofreu bastante, tendo sido envolvida em atividades políticas contra o governo por ditadores desconfiados.

Na Rússia, o banimento da Maçonaria imposto pelo reacionário Alexandre I, em 1822, continuou até 1917, quando, após a revolução, Alexandre Karensky, o líder democrático e maçom, derrubou o banimento e uma Grande Loja foi estabelecida na Ucrânia, mas não durou muito tempo. Alguns meses depois, os comunistas assumiram o poder, e a Franco-Maçonaria foi banida novamente. Quando a Ucrânia foi absorvida pela União Soviética, a Grande Loja foi extinta.

O fim da Primeira Guerra Mundial trouxe consigo a fragmentação do Império Áustro-Húngaro, que havia controlado grande parte da Europa Central durante séculos.

Com o fim desse conflito mundial, também houve o início do surgimento do poder de ditaduras de direita em outras partes do continente. Em aproximadamente 15 anos do Armistício de 1918, na Itália de Mussolini, na Espanha de Franco, em Portugal de Salazar e na Alemanha de Hitler, toda oposição ou suspeita de oposição, que incluía a Maçonaria, foi suprimida, principalmente e mais acirradamente na Alemanha Nazista.

Em 1933, o Partido Nazista assumiu o poder e fez uso do fervor antissemítico e antimaçônico, incentivado por Protocolos e outros panfletos, para unir o povo alemão aos seus ideais. O argumento de Hitler de que os maçons e os judeus tinham conspirado para se apossarem da Alemanha, levando o país a uma crise econômica, afetou os alemães que viram a sua moeda ( o Reichsmark ) ser desvalorizada cada vez mais.

A provação infernal dos judeus na Alemanha de Hitler permanece, quase 80 anos depois, como uma mancha na consciência do mundo, mas a atitude nazista para com a Franco-Maçonaria não é bem conhecida. Era proibido aos maçons se alistarem nas Forças Armadas, e os que já serviam foram demitidos de suas funções, o mesmo ocorrendo com os maçons membros do Serviço Civil.

No início da Segunda Grande Guerra, os maçons da Noruega, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Bélgica, França, Grécia, Luxemburgo, Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Áustria e Romênia – e de todos os lugares que os homens de Hitler controlavam – tiveram a mesma sorte que seus Irmãos alemães sofreram na Alemanha no período que antecedeu a guerra. Muitos maçons não judeus tiveram o mesmo destino de seus Irmãos judeus nos campos de concentração do Terceiro Reich.

No entanto, a Maçonaria sobreviveu e com a vitória dos Aliados logo se restabeleceu nos países que haviam sido ocupados pelos alemães e, na própria Alemanha. Ncio de1946, planos estavam sendo preparados para reavivar a Franco-Maçonaria sob os auspícios de uma Grande Loja unificada..

Atualmente, com a dissolução da União Soviética e o restabelecimento de governos democráticos por meio do antigo império soviético, os maçons estavam novamente livres para se reunir em suas Lojas e praticar seus Rituais e seus ideais.

Hoje em dia, da Finlândia até o norte da Grécia e ao sul, da Costa Atlântica a oeste até os Montes Urais ao leste, em todos os países da Europa, a Franco – Maçonaria prospera como uma força para o Bem de um mundo atribulado.

Em nossa próxima edição, abordaremos a presença da Maçonaria nos Continentes Africano e Asiático.

JOSÉ EVERALDO ANDRADE SOUZA
MESTRE MAÇOM DA LOJA ELIAS OCKÉ – N° 1841
FEDERADA AO GRANDE ORIENTE DO BRASIL – RITO BRASILEIRO
ORIENTE DE ILHÉUS – BAHIA

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS
Johnstone, Michael
Os Franco-Maçons – Trad. Fúlvio Lubisco – São Paulo; Madras, 2010.
Brennan, J.H.
Reich Oculto – Madras Editora.

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