Mensagem De Natal – Confraternização De Fim De Ano 13/12/2014

 À Gloria do S A D U

Conta-se que um sábio rei decidiu realizar um concurso artístico com a intenção de ensinar um valor inestimável ao seu povo. Pediu que todos os que trabalhavam com arte produzissem algo que retratasse com fidelidade o conceito do que seria a “paz perfeita”. O prêmio para o vencedor seria o apadrinhamento do rei tal qual mecenas das artes.

Ao saber do concurso a comunidade se mobilizou com vistas a impressioná-lo. Tão logo findou o prazo estabelecido o rei conclamou os súditos a ouvir as suas considerações sobre as obras apresentadas.

O soberano observou e admirou todas as obras, mas houve apenas duas das quais ele realmente gostou e decidiu que iria escolher entre ambas. A primeira era um lago muito tranquilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam.

Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas.

Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.

A segunda pintura também tinha montanhas.

Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.

Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.

Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.

Paz perfeita!

O rei escolheu a segunda e explicou:

“Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos sereno em nossos corações’’.

Irmãos, Cunhadas, Sobrinhos, Familiares e todos que fazem parte do convívio maçônico.

O Natal se assemelha a esta parábola, pois o mundo que nos envolve está repleto de inquietações ruídos e conflitos. Mas, o olhar do rei foi sutil, cuidadoso e atento, encontrando a paz, mesmo em meio a tribulação circundante.

Assim como ele não deixemos o menino Jesus passar despercebido!

O Natal mercantilizado constrói uma fantasia, que pode ser agradável, pois apetece aos sentidos, mas se impõe como verdade que ilude. O amor de Cristo e a sua amizade não são ilusórios. Jesus na Cruz mostra como eles são reais” nos diz o Papa Francisco.

Que nos permitamos vivenciar o Natal em sua plenitude. Que os banquetes, os presentes e os brindes não ofusquem a mensagem de Amor, Paz e Fraternidade que fundamentam este momento sublime.

A cada natal, como no dizer de Vinícius de Moraes, “nascemos imensamente”. Que esta renovação se dê de modo contínuo. Que cada ser seja para a vida uma fonte de fecundas realizações e que o universo em nós resplandeça, infinitamente, a fim de que possamos participar de um banquete maior: que é aquele oferecido pelo Cristo.

O Papa Francisco, no alto da sua simplicidade, continua: deixemo-nos comover pela bondade de Deus”. Sim, nós que somos muitas vezes autossuficientes, arrogantes, egoístas, prepotentes, sim, todos nós. Deixemos que a carapaça das vaidades mundanas seja rompida pelo brilho esperançoso da estrela guia, pois o mesmo mensageiro nos diz: “(…) Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! (…)”.

Sejamos os construtores desta paz. Que as nossas mãos, alvas e laboriosas, estimulem o crescimento de uma sociedade menos desigual e excludente onde reinem a fraternidade e o amor universal.

Que esta festa, meus irmãos, se perpetue no mais íntimo dos nossos corações. E, fraternamente, juntemo-nos ao cântico dos anjos naquela noite feliz e entoemos um cântico novo.

 “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados” (Lc 2, 14).

Um Feliz Natal

E Um Ano Novo Repleto de Realizações

Sãos os Votos dos Obreiros da Loja Maçônica 28 de Julho.