OS FRANCO – MAÇONS – PARTE X
Ir.’. Everaldo
Por José Everaldo Andrade Souza
Caros seguidores do R2CPRESS, simpatizantes e integrantes da honrada, nobre e milenar Maçonaria Universal.
De acordo com algumas autoridades, a influência da Maçonaria é muito evidente na disposição da capital dos Estados Unidos. Um especialista que acreditava que o plano havia sido inspirado pelos instrumentos usados nos Rituais Maçônicos, escreveu: “Tome qualquer boa rua no centro de Washington, D.C. e encontrará o Capitólio. Olhando o Capitólio a partir do Centro Comercial e usando o edifício do Capitólio como o ápice do Compasso, a perna esquerda é representada pela Av. Pensilvânia e a perna direita, a Av. Maryland. A perna esquerda do Compasso, ele acredita, está sobre a Casa Branca e a perna direita, sobre o Memorial de Jefferson. E continua: “O Esquadro é encontrado na habitual posição maçônica, com o cruzamento da R. do Canal e a Av. Louisiana”.
A CAPITAL E O CAPITÓLIO
Em vez de situar a nova capital em qualquer dos estados então existentes, os pais fundadores decidiram construí-la em uma área especialmente designada, além das fonteiras de qualquer estado, evitando dessa forma a rivalidade interestadual. O território, onde a capital foi construída, foi cedido ao Congresso pelos estados de Maryland, em 1788, e da Virgínia, em 1789, ambos os estados doando cerca de 10 milhas quadradas (26 quilômetros quadrados) para esse propósito.
Os maçons estavam à frente do projeto da nova cidade e o próprio Edifício do Capitólio foi a criação de uma sucessão de arquitetos, todos maçons. O projeto original foi obra de William Thornton, e conciliado por Benjamin Latrobe, que o reprojetou depois que foi destruído em 1814. As alas que ladeiam o edifício central são obra de Thomas Walter.
A pedra fundamental do edifício original foi lançada em 1793, com todas as honras maçônicas, sob os auspícios da Grande Loja de Maryland. George Washington, vestindo seu avental e o seu traje maçônico completo, presidiu a cerimônia.
A influência da Maçonaria na fundação dos Estados Unidos também pode ser vista no verso da nota de uma nota de um dólar. Uma das primeiras decisões tomadas depois da Declaração da Independência foi a de patentear um Grande Selo. O desenho finalmente escolhido contém vários símbolos maçônicos. O próprio Grande Selo está incorporado na nota de um dólar.
George Washington não foi apenas o primeiro Presidente dos Estados Unidos, também foi o primeiro de uma extensa linha de maçons a se manter no poder. Ela inclui James Monroe, presidente de 1817 até 1825; Andrew Jackson, de 1828 a 1837; James Knox Polk, de 1845 a 1849; e pelos menos outros onze. O grande Franklin Delano Roosevelt afiliou-se em 11 de outubro de 1911, passou adiante em 14 de novembro e foi elevado duas semanas mais tarde na Loja de Holland n° 8, na cidade de Nova York. O seu sucessor na presidência, Harry S. Truman, foi iniciado no Missouri, em 1909. Um ferrenho maçom, ele foi Grão-Mestre da Grande Loja do Missouri, bem como Cavaleiro Templário e Grau 33° do Rito Escocês.
Evidência física da Maçonaria nos Estados Unidos pode ser vista nos Grandes Templos que foram construídos do sul de Dallas até Chicago, ao norte(ali o Templo foi o edifício mais alto da cidade ao ser construído em 1892), mas, provavelmente, o mais conhecido de todos os monumentos inspirados na Maçonaria, não somente nos Estados Unidos, mas em qualquer parte do mundo, encontra-se em uma ilha a pouca distância da cidade de Nova York – a Estátua da Liberdade.
UM PRESENTE CENTENÁRIO
Durante a Guerra da Independência, a França, a maior rival imperial da Inglaterra, manteve-se ao lado dos Patriotas e, durante a Revolução Francesa e as guerras napoleônicas, os recém-independentes Estados Unidos retribuíram o favor. Em sinal da amizade histórica entre os dois países, a França decidiu marcar o centenário da Revolução Americana, doando aos seus amigos americanos um certo memorial.
A idéia para o que finalmente veio a ser construído coube ao arquiteto e projetista francês, Frédéric Bartholdi, que foi iniciado na Maçonaria em 1874, quando o navio em viajava para a América estava chegando a Nova York. Ao admirar a terra da ponte onde se encontrava, ele teve a visão de uma mulher de pé sobre um pedestal, segurando em uma das mãos uma tocha erguida em sinal de boas- vindas aos imigrantes que chegavam ao Novo Mundo em busca de uma nova vida.
Propriamente chamada de “Liberdade Iluminando o Mundo”, a Estátua da Liberdade deu as boas-vindas a milhões de imigrantes de outros países nos Estados Unidos. Grande parte desses imigrantes eram, sem dúvida, membros de Lojas em suas próprias terras e filiaram-se às Lojas em sua nova casa.
Grande parte do dinheiro para o projeto foi levantado pelos maçons na França e na América e, quando a pedra fundamental do pedestal foi lançada, em 1884, o Grão-Mestre de Nova York perguntou aos dignitários ali reunidos porque os franco-maçons se envolveram tanto no projeto.
Instantes depois, ele mesmo respondeu: “É porque nenhuma outra organização jamais fez tanto para promover a Liberdade e para libertar os homens de suas correntes da ignorância e da tirania do que a Franco-Maçonaria”. Quando a estátua foi formalmente inaugurada, em 1886, milhares de maçons marcharam em procissão para a cidade de Nova York.
Cem anos depois do lançamento da pedra fundamental e no mesmo dia, um grupo de milhares de maçons reuniu-se ao redor da estátua para comemorar a cerimônia anterior e se comprometer novamente com o que a estátua representava – a Liberdade! A estátua estava precisando de reparos, e um apelo para a restauração centenária foi lançado. Os maçons ali reunidos prometeram levantar o dinheiro necessário para tal apelo. Todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos contribuíram e, no fechamento do apelo, haviam levantado dois milhões de dólares, uma das mais substanciais doações filantrópicas jamais feita por organizações não governamentais.
Os milhões de visitantes, que chegam à Ilha da Liberdade todos os anos, podem ver a grande placa, completa, com esquadro e compasso, que comemora o papel da Franco-Maçonaria na construção de uma das mais famosas estruturas do mundo.
Caros leitores!
Nesse capítulo, daremos por encerrada a brilhante atuação da Franco-Maçonaria nos Estados Unidos da América. Em nossa próxima edição abordaremos a presença da Franco-Maçonaria no Canadá bem como os principais edifícios e monumentos maçônicos existentes nas principais cidades ao redor do mundo.
JOSÉ EVERALDO ANDRADE SOUZA
MESTRE MAÇOM DA LOJA ELIAS OCKÉ N° 1841
FEDERADA AO GRANDE ORIENTE DO BRASIL – RITO BRASILEIRO
ORIENTE DE ILHÉUS – BAHIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Johnstone, Michael
Os Franco-Maçons – trad Fúlvio Lubisco – São Paulo; Madras, 2010.
Título Original: The Freemasons.
Harwood, Jeremy
Maçonaria: desvendando os mistérios milenares da Fraternidade -trad Alexandre Trigo – 1.ed.
São Paulo: Madras, 2014.
Título original: Freemasons.
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