:: ‘Falaê’
Maria Regina Canhos em: Relacionamentos que fazem sofrer
Atualmente enfrentamos um delicado momento em que muitos relacionamentos ao invés de serem satisfatórios fazem sofrer. Tal não se dá por escolha de qualquer das partes envolvidas, mas pela falta de comprometimento com o tão desejado “final feliz”. As pessoas buscam a satisfação, no entanto, esquecem que precisam se dedicar para alcançar um resultado favorável para ambos. Dedicar-se dá trabalho. Esforçar-se dá preguiça. E, assim, as situações vão sendo “empurradas com a barriga” até um desfecho que pode ser ou não adequado; mas que, com certeza, foi o resultado do que foi plantado na relação. Tem gente que planta grama, e espera colher azaleias. Isso nem ao menos é improvável, simplesmente impossível. Não há como colher o que sequer se plantou.
Relacionamentos há que não levam em conta as características de cada um, como a sensibilidade e a delicadeza. Impõem-se como um tufão que tudo arrasta, causando grande devastação. Restam corações machucados sem necessidade, apenas porque faltou cuidado e atenção. É uma pena que aconteça assim; contudo ocorre cada vez mais. Tempos atrás as coisas eram diferentes. Havia mais respeito pelo outro, maior consideração. As pessoas não eram consideradas descartáveis, não eram avaliadas como objetos. Existia um valor intrínseco em cada ser humano. Valor que veio minguando com o passar dos anos, porque as pessoas passaram a valer pelo que possuem e não pelo que são.
Não precisa ser para sempre, mas precisa ser até o fim!
Por Rosana Braga
‘Para sempre’, em minha opinião, é nada mais nada menos que um dia depois do outro. Ou seja, é construção. Em princípio, não existe. Mas basta que façamos a mesma escolha sucessivamente e teremos construído o ‘para sempre’. O que quero dizer é que o ‘sempre’ não é magia nem tampouco um tempo que pré-exista. Ele é consequência. Nada mais que consequência de uma sucessão de dias, vividos minuto por minuto.
Quanto ao amor, tem gente que acredita que só é de verdade se durar “até que a morte os separe”. Outras, como o grande Vinícius de Moraes poetizou, apostam no “que seja eterno enquanto dure”. Eu, neste caso, admiro a coragem de quem vai até o fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que seu coração pede até que todas as chamas se apaguem. Mais do que isso: até que as brasas esfriem e – depois de todas as tentativas – nada mais possa ser resgatado do fogo que um dia ardeu.
Claro que não estou defendendo a constância indefinida de atitudes desequilibradas, exageros desnecessários ou situações destrutivas. Mas concordo plenamente com o que está escrito no comovente “Quase”, de Sarah Westphal (muitas vezes atribuído a Luiz Fernando Veríssimo):
Joaquim Barbosa: Fora do eixo, por Ricardo Noblat
Joaquim Barbosa: Fora do eixo, por Ricardo Noblat
Quem o ministro Joaquim Barbosa pensa que é?
Que poderes acredita dispor só por estar sentado na cadeira de presidente do Supremo Tribunal Federal?
Imagina que o país lhe será grato para sempre pelo modo como procedeu no Caso do Mensalão?
Ora, se foi honesto e agiu orientado unicamente por sua consciência, nada mais fez do que deveria. A maioria dos brasileiros o admira por isso. Mas é só, ministro.
Em geral, admiração costuma ser um sentimento de vida curta. Apaga-se com a passagem do tempo.

Joaquim Barbosa
Mas enquanto sobrevive não autoriza ninguém a tratar mal seus semelhantes, a debochar deles, a humilhá-los, a agir como se a efêmera superioridade que o cargo lhe confere não fosse de fato efêmera. E não decorresse tão somente do cargo que se ocupa por obra e graça do sistema de revezamento.
Joaquim preside a mais alta corte de justiça do país porque chegara sua hora de presidi-la. Porque antes dele outros dos atuais ministros a presidiram. E porque depois dele outros tantos a presidirão.
O mandato é de dois anos. No momento em que uma estrela do mundo jurídico é nomeada ministro de tribunal superior, passa a ter suas virtudes e conhecimentos exaltados para muito além da conta. Ou do razoável.
Compreensível, pois não.
Quem podendo se aproximar de um juiz e conquistar-lhe a simpatia, prefere se distanciar dele?
Rosana Braga em: Tá doendo?!? Então, solta!!
Sabe quando você vive uma situação difícil, angustiante e que te incomoda? Quando você não sabe o que dizer, o que fazer ou como agir para que a dor passe ou ao menos diminua? Pois vou te contar o que tenho descoberto, por experiência própria! Em primeiro lugar, observe a situação toda e, sobretudo, observe a si mesmo e os seus comportamentos.
Errou? Tente consertar e, de qualquer modo, peça desculpas! Fez ou falou o que não devia? Explique-se, seja sincero, não tente esconder seu engano ou fingir que nada aconteceu… Valide a dor do outro, sempre.
Ta difícil conseguir uma nova chance? Dê um tempo. Espere… Às vezes, algumas noites bem dormidas e alguns dias sem a imposição de sua presença ou a insistência de suas tentativas são preponderantes para que os sentimentos bons sejam resgatados e para que um coração possa ser reconquistado.
Por fim, fez tudo isso e não deu certo? Não rolou? A pessoa até te perdoou, mas a massa desandou, a história se perdeu, os desejos esfriaram?!?
Você se sente inconformado, esmagado pelo arrependimento, atordoado pela tristeza do que poderia ter sido e não foi? Tem a sensação de que estragou tudo? Não sabe mais o que fazer para parar de doer? Acredite, só tem um jeito: solta!
A dor é conseqüência de um apego inútil! Deixa ir… Deixa rolar… Se você já fez o que podia fazer, tentou e não deu, confie na vida, confie no Universo e siga em frente. Pare de se lamentar, pare de se debater e de se perder cada vez mais, e tenha a certeza absoluta de que o que tiver de ser, será!
Quando essa certeza chega, é impressionante: a gente simplesmente relaxa e solta! E quando solta, a dor começa a diminuir, e a gente começa a compreender que está tudo certo, mesmo quando não temos a menor idéia de que “certo” é esse. Mas quando menos esperamos, tudo fica absolutamente claro!
Não se trata de desistir, mas de confiar! Isso é o que se chama “FÉ”! Isso é o que desejo a mim e a você, quando estivermos doendo…
Legião da Boa Vontade (LBV)
As curas de Jesus
Paiva Netto

Paiva Netto
No capítulo 19, versículos 11 e 12, dos Atos dos Apóstolos de Jesus, o médico-evangelista Lucas relata: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam”.
Ante essa passagem, recordei-me de uma página de “A face oculta — Inusitadas e reveladoras histórias da Medicina”, de autoria do médico e escritor gaúcho Moacyr Scliar (1937-2011), cujo título destaca “As curas de Jesus”. Trata-se de capítulo instrutivo de uma obra que prende totalmente a atenção de quem a lê. Eis alguns trechos:
“Ao longo de sua passagem pela Terra, a figura de Jesus vai se modificando: temos primeiro o bebê que nasce na manjedoura, depois o menino que assombra os sábios no templo, depois o pregador que arrebata multidões, o líder irado que expulsa os vendilhões. E há também – muito importante – o Jesus que cura: ‘Eis que se aproximou um leproso, prostrou-se diante dele e disse: Senhor, se quiseres, poderás limpar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o e disse: Quero, fica limpo. No mesmo instante o homem ficou livre da lepra’ (Mateus, 8:1). A esta cura seguem-se muitas outras: coxos, aleijados, cegos. O ápice desta sequência é a ressurreição de Lázaro, em que a própria morte é derrotada. Numa época em que a medicina praticamente inexistia, as curas de Jesus arrebatavam multidões.
“Mesmo porque nisso, como em outras coisas, Jesus era revolucionário. O Antigo Testamento fala muito sobre o corpo e suas doenças, mas detém-se sobretudo nas medidas sanitárias. A lepra, para voltar a um exemplo anterior, é objeto de minuciosas prescrições no Levítico. O suspeito da doença deve ser levado a um sacerdote que, mediante critérios previamente estabelecidos, fará o diagnóstico, e declarará o estado de ‘impureza’ que se traduz em rígido isolamento do doente. A doença, sobretudo a doença epidêmica, é vista como castigo divino, e não é de admirar que o Senhor recorra às pragas para intimidar o Faraó. Por outro lado, há muitas regras para manter a saúde: regras de limpeza corporal, regras dietéticas, regras sobre como vestir. Não há curas, muito menos mágicas. A exceção é o episódio em que o profeta Elias ressuscita uma criança; curiosamente Elias, que foi arrebatado ao céu num carro de fogo, é considerado um precursor de Jesus”.
Eliseu, discípulo de Elias, faz sarar o general Naamã. Era leproso. O profeta mandou-o lavar-se no rio. Curou-se.
E prossegue o dr. Scliar:
Maria Regina Canhos em: O sucesso
Estava pensando com os meus botões sobre a ideia contemporânea de sucesso: carro zero, tecnologia de ponta, muito dinheiro, prestígio e poder. No contraponto, lembrei do título de um livro, “o sucesso é ser feliz”. A questão é que julgamos “ser feliz” em se tendo “carro zero, tecnologia de ponta, muito dinheiro, prestigio e poder”; mas, nem sempre é assim… “Ter” é muito bacana. Quem não deseja desfrutar de uma vida melhor, recheada de coisas gostosas e prazeres intensos, ainda que passageiros? Eu diria que a maioria das pessoas almeja por isso ao menos em alguns momentos da vida; outras, em todos. Também não vejo problema algum nisso. A questão complica, no entanto, quando focalizamos somente nesse ponto. Apenas “ter” não assegura “ser feliz”, embora traga inúmeros momentos de prazer e alegria. Por que será que isso acontece? Porque o “ter” dissociado do “ser” carece de sentido.
Profissionais da Contabilidade têm novas normas de prevenção à lavagem de dinheiro
A Resolução CFC nº 1445/13 regulamenta alguns artigos da lei nº 9613/98 que obriga contadores a denunciar operações suspeitas
Os contadores ou empresas que prestam o serviço de assessoria contábil possuem desde a última terça feira, 30 de julho, uma nova obrigação a cumprir: a denúncia de operações suspeitas. A resolução CFC Nº 1445, que define as operações que devem ser denunciadas, foi aprovada após 10 meses de discussão junto ao Conselho Federal de Contabilidade – CFC. De acordo com o presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo – Fecontesp, José de Souza, a norma traz aos profissionais da Contabilidade uma responsabilidade legal de agir em situações de lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo.
De acordo com a Lei nº 12.683/12, que altera a Lei 9613/98, as operações suspeitas identificadas por contadores, assessores, auditores ou conselheiros contábeis devem ser informadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A regulamentação recém-divulgada pelo CFC traz consigo as discriminações de quais operações devem ser cuidadosamente analisadas. A nova lei deverá atingir mais de 480 mil profissionais da área contábil em atividade em todo o País.
O presidente da Fecontesp destaca que qualquer transação suspeita na compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ou participações societárias de qualquer natureza deverá ser comunicada ao Coaf. ”A nova resolução, que terá efeito a partir de 1º de janeiro de 2014, especifica que “transações de compra ou pagamento com valores superiores a R$ 30 mil em espécie, em qualquer moeda, encaixam-se no perfil de suspeitas”, reforça José de Souza. O CFC já se posicionou frente à nova resolução e irá elaborar uma cartilha para auxiliar os profissionais a compreenderem os itens da resolução e a lidar com as situações de denúncia.
Prevenção
Maria Regina Canhos em: Quando um amor se vai…
Quando um amor se vai deixa um pouco de si, leva um pouco de nós. Às vezes, nem a gente compreende porque acabou, mas arrisca dizer que foi pela falta de cuidado. Quem ama deve tomar conta do ser amado sob pena de ver seu amor ruir com o passar dos anos. É doloroso constatar o fim de um grande amor. Amor que não foi respeitado, não foi valorizado, não foi cuidado. É muito triste ver que grandes amores por vezes perduram apenas nos filmes românticos, porque ali os amantes vivem um para o outro, enquanto que na vida real vivem cada qual para si. O amor é exigente. Exige atenção, carinho, exclusividade. Não me venham dizer que sobrevive de migalhas, porque isso não é amor; é o prêmio de consolação daqueles que sabem não ser amados, mas têm medo de perder o pouco que lhes resta tomando uma atitude.
Conheci um grande amor. Daqueles de cinema. Onde um vivia para o outro e se preocupava em agradar e fazer bem ao par. Coisa linda de se ver e viver. Situação de causar inveja para qualquer um que quisesse experimentar uma grande paixão. Quem visse teria a impressão de que nunca iria acabar tão grande era. Mas, acabou! Não suportou o peso dos anos em que a acomodação e o descaso foram dando espaço para a insatisfação e a carência afetiva. Quem ama deve cuidar para não ficar sozinho. Não há amor que suporte a indiferença, a humilhação, a falta de carinho e atenção.
18 de Julho: Dia de Mandela

Por Mphakama Mbete, Embaixador da África do Sul no Brasil
Para muitas pessoas em todo o mundo, Nelson Mandela é o símbolo da paz, da reconciliação e da construção da nação. Sua dedicação de toda uma vida à luta contra a opressão racial, ao fim pacífico do apartheid e à colocação dos alicerces de uma nova e democrática África do Sul concedeu-lhe o Prêmio Nobel da Paz em 1993.
Nelson Mandela tornou-se o primeiro presidente negro, democraticamente eleito da África do Sul, que revolucionou a abordagem e o estilo em todo o continente. O seu primeiro mandato serviu de exemplo notável para o mundo, um fenômeno singular no contexto africano, devido a várias ditaduras e a tendência de se apegar ao poder no continente. Durante o seu mandato, ele trabalhou incansavelmente na resolução de conflitos na África e no mundo, agindo como símbolo de união entre diferentes grupos políticos, religiosos, culturais e raciais. .
Nelson Mandela nasceu em 18 de julho de 1918 no distrito de Qunu, Província do Cabo Oriental. Ele frequentou a Escola Metodista de Healdtown, Fort Beaufort e depois foi estudar na Universidade de Fort Hare, onde se envolveu em política estudantil. Foi em Fort Hare que conheceu Oliver Tambo, tornando-se amigos íntimos, sendo que ambos foram expulsos em 1940, como resultado da participação dos dois em uma greve estudantil.
Mandela saiu de Transkei, parcialmente para evitar um casamento tribal arranjado e mudou-se para Johannesburg onde conseguiu um emprego de policial em uma mina. Logo depois ele conheceu Walter Sisulu que o ajudou a conseguir artigos em uma firma de advocacia. Conseguiu seu bacharelado em Artes por correspondência em 1941, e estudou Direito na Universidade de Witwatersrand. Em dezembro de 1952, Mandela e Oliver Tambo constituíram a primeira parceria em uma firma de advogados negros no país.
Serviço civil obrigatório
* por Tom Coelho
“Quem serve bem o seu país não precisa de antepassados.” (Voltaire)
A polêmica do momento é a ampliação para oito anos do curso de medicina, com dois anos dedicados ao SUS. Quer saber? Isso deveria ser aplicado a todos os cursos universitários.
Vivemos em um país extremamente desigual, com elevada concentração de renda e oportunidades restritas a poucos. Segundo relatório sobre educação divulgado em setembro de 2012 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 11% da população brasileira com idade entre 25 e 64 anos concluiu o ensino superior, o que nos coloca na 38ª posição entre 40 nações.
Desconsiderando-se, por um instante, a qualidade do ensino, é fato estatístico que um diploma garante maior remuneração, oportunidades de emprego e ascensão social. Entre os brasileiros, apenas 6,4% dos trabalhadores ganham mais de cinco salários mínimos, índice que sobe para 33,9% entre os universitários.
Dentro deste contexto, deveria ser princípio de todo e qualquer estudante prestar serviços à população menos favorecida. Mais do que um dever cívico ou social, um dever de consciência.
Legião da Boa Vontade (LBV)
Um drama de todos nós
Paiva Netto

Paiva Netto
O dia 13 de julho marca a promulgação, em 1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente. O artigo 4º das Disposições Preliminares explicita que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.
Volto ao tema, pois a observância do Estatuto visa impedir atos brutais, horrendos, a exemplo do que há poucos dias ocorreu contra o menino boliviano Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos. Cruelmente assassinado durante um assalto em São Paulo, ele completaria 6 anos no último sábado. É preocupante, ultrajante a violência que a cada dia faz novas vítimas no país, multiplicando dramas humanos, sociais e espirituais.
Pedimos a Deus que ampare a Alma desse nosso pequenino irmão sul-americano e enviamos condolências aos seus pais, Yanarico Quiuchaca e Veronica Capcha Mamani.
EDUCAR CONTRA AS DROGAS
Com o objetivo de esclarecer a juventude, protegendo-a das drogas, promovemos em 19/6, no ParlaMundi da LBV, em Brasília, o Encontro Ecumênico “Viver é melhor! — Um brado de Amor à Vida”.
O evento, que celebrou ainda o Dia Internacional da Luta contra o Uso e o Tráfico de Drogas (26/6), contou com ilustres palestrantes: dra. Cejana Passos, diretora de Projetos Estratégicos e Assuntos Internacionais, representando a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad); Alex Reinecke de Alverga, assessor da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Fabian Penyy Nacer, consultor e palestrante sobre tratamento e prevenção das drogas e do álcool; cabo Fábio Wisner Borges Sales, do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) do Distrito Federal; Olegário Versiani, da Federação Espírita Brasileira (FEB); e Émerson Damásio, diretor administrativo da Religião de Deus.
Maria Regina Canhos em: A onda de violência
Preocupa-me a forma como as pessoas estão optando por resolver seus conflitos. Vivenciamos um período de violência generalizada, gratuita. O ser humano padece com a falta de compaixão ao próximo. Pessoas trabalham para ganhar o pão de cada dia e se não dispõem de dinheiro para alimentar os criminosos, esses parasitas sociais, são incendiadas, violentadas, mortas sem a menor piedade. Até onde vamos chegar? Quando iremos acordar? Quando vamos perceber que a nossa omissão está fazendo mais e mais vítimas? A sociedade precisa se posicionar urgentemente frente a essa onda de violência.
Aproveitemos o momento de indignação coletiva que o país enfrenta para canalizarmos essa energia de forma positiva e construtiva. Não adianta querer colocar os “bichos” para fora sem qualquer controle, quebrando tudo, saqueando, aterrorizando… pois assim, o cidadão de bem se confunde com o vândalo, o marginal, o bandido. Tenho acompanhado cenas cotidianas de barbárie, como a do menino boliviano assassinado com um tiro na cabeça no colo de sua mãe na zona leste da capital paulista após já terem entregado todo o dinheiro que havia na casa; ou a do juiz da partida de futebol em Pio XII, no Maranhão, que foi brutalmente esquartejado e decapitado após ter sido amarrado e espancado em resposta a ato de violência que teve contra jogador que o agrediu em campo. Será que essa é a melhor forma de resolvermos nossos problemas?