A sabedoria humana tem revelado grandes episódios com admirações que deixam muitas reflexões: “o silencio é de ouro quando calamos o erro do próximo”! Porém, no mundo atual o silencio tem sofrido tantos sentidos contraditórios e modificações estranhas. Está sendo manipulado por certos indivíduos que transformaram a capacidade humana da coerência que busca a utilização do respeito entre as pessoas. Atualmente respeitar o silêncio mostra que estamos diante de armas perigosas de formação de arruaças que provocam cenas desumanas.

Caminhamos dentro das gratuitas formas criadas pelos homens ímpios em nossa sociedade, contrariar as outras pessoas vale a pena, assim alguns homens de mentes doentias pensam! O que nos causa bastante admiração é que existem autoridades dentro da politica que aprovam essas inconsequentes mazelas que só trazem desconforto à nossa população. Chega a ser uma atitude de verdadeira calamidade pública em face às provocações emanadas dessas artimanhas de falsa proteção em nome da liberdade social. Fazer barulhos, criar arruaças, denegrir e agredir pessoas com fortes atentados de desamor aos conceitos justos do silêncio é assunto da moda. Tal atitude jamais pode ser considerada como liberdade social, é anarquia mesmo!

Muito se tem discutido nos dias atuais sobre a Lei do Silêncio, principalmente nas grandes cidades, onde a incidência é bem maior, sem olvidar, é claro, que o direito costuma proteger a todas as pessoas, sem escolher a quem, e sem determinar o lugar dessa tutela. As pessoas estão se digladiando e há casos de mortes registradas, cuja motivação é justamente a perturbação do sossego, aliado à falta de respeito de certos indivíduos com as outras pessoas. Neste breve ensaio, vamos procurar traçar em termos técnicos e sociais para chegar à chamada Lei do Silêncio.

Colher opiniões de pessoas idosa, mais experientes nos traz uma sensação de sensatez tão imensa! Outro dia conversando com uma velhinha, minha amiga, falei sobre a falta de sossego que as pessoas têm mesmo estando em suas casas. E pacientemente ouvi a sua filosófica resposta analisada pela sabedoria do bem: “meu filho, somente os ímpios trocam o silêncio pela maldade da provocação de maltratar as pessoas com o barulho”! Indaguei sobre os ímpios, ela retomou a palavra dizendo que era cristã e filha de Deus!

Nesse momento, fiquei imaginando acerca da perturbação do sossego público que é uma das reclamações de maior frequência em muitas cidades em que a ausência de administradores sérios perdura. Quantos procuram mostrar os maus exemplos com leis evasivas que preconizam vulgarmente a falta da educação de alguns dos seus munícipes. Para os políticos que fazem as leis, eles esquecem que estão também contra a soberania e amparo ao direito do silêncio.

É importante salientar que toda afirmação que refere ao Direito social e humano das pessoas nas suas comunidades, passa necessariamente pela visão de conteúdo constitucional, é o direito pela vida através do respeito mútuo. Assim, torna-se relevante citar o artigo , da CF/88, que garante vários direitos fundamentais, dentre eles, o da livre expressão da atividade intelectual e artística, como também o da inviolabilidade da vida privada e da intimidade, surgindo, destarte, um conflito positivo de direitos, prevalecendo, neste jogo, aquele direito que atende ao interesse público, indubitavelmente, a fundamental paz social.

Tem muitos homens que estão executando seus trabalhos de legisladores por conta própria, criando as suas leis e usando apenas as fórmulas de trazer uma falsa identidade com oferecimento de ilusórias determinações acerca da liberdade humana perversa e improdutiva. Não é difícil verificar que tem politico formulando as suas famigeradas ideias para manipular seus eleitores e provocar cadeias de imensas desavenças entre uma população que merece respeito e precisa viver na sua cidade com dignidade. Mas eles não têm o poder de avaliar se a queixa de um vizinho é justa ou é injusta: Eles apenas ditam níveis máximos de ruído para determinados locais e situações, mas não tem o poder legal de enquadrar ou desenquadrar os responsáveis pelo barulho.

Tais indivíduos estão cegos para as virtudes da ética e desconhecendo as leis naturais das coisas, e uma dela é deixar de oferecer meios de educar as pessoas para que alcancem o respeito pelo silêncio das outras! Forçam com as suas mesquinhas decisões trazer atitudes originando a criação desumana de tremendas desavenças e tirando a harmonia de muita gente. Quem não gosta de preservar o silêncio em todas as suas idades da sua vida? Pedimos a Deus misericórdia para que todos os promotores da guerra contra o silêncio nunca fiquem surdos, e assim vão sentir a percepção da delicada calma que o silêncio coloca na vida de tantas pessoas.

Eduardo Afonso – (73) 8844-9147 – Ilhéus-Bahia

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