A Diretoria da IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE ILHÉUS, mantenedora do HOSPITAL São José e Maternidade Santa Helena, em respeito a todas aquelas pessoas que conhecem a sua centenária trajetória de relevantes serviços médico hospitalares prestados a todos os cidadãos de Ilhéus, cidades circunvizinhas e visitantes da região da costa do cacau, vem informar sobre o lamentável acontecimento que ocorrera na Maternidade Santa Helena nesse domingo passado, dia 24 de outubro de 2010, envolvendo uma criança que sutilmente foi tirada por uma mulher desconhecida das mãos da avó em um dos quartos da maternidade. A avó da criança estava na maternidade acompanhando a sua filha Sra. Luziene que voltara a se internar para recuperar-se de uma pequena infecção que surgiu em decorrência da rejeição de alguns pontos tomados durante o parto cesariano em que foi submetida no dia 14 de outubro de 2010, na referida maternidade.

1- Para melhor esclarecer o lamentável evento é oportuno relatar de forma cronológica como tudo aconteceu. A mãe da criança seqüestrada a Sra. LUZIENE DE OLIVEIRA GONÇALVES internou-se na Maternidade Santa Helena no dia 14 de outubro de 2010 para submeter-se a um parto Cesário. Dias depois do parto a Sra. Luziene recebeu alta mas a criança teve que continuar recebendo tratamento médico no hospital. No dia 19/10/2010 mãe e filha receberam alta e foram para casa.

2- Em decorrência de alterações do quadro de saúde da Sra. Luziene de Oliveira Gonçalves, ela volta ao hospital no dia 23/10/2010 e fica novamente internada. Como a sua filhinha recém nascido precisava amamentar-se, a mãe trouxe-a consigo para a maternidade. Para atuar como acompanhante a Sra. Luziene trouxe a sua mãe, que também ajudava a tomar conta da criança.

3- No último dia 24/10/2010, domingo à tarde, agindo de forma muito bem planejada e demonstrando conhecer todos os detalhes da vida da Sra. Luziene, uma mulher adentra de forma amistosa no horário de visitas no quarto em que a vítima estava internada justamente na hora em que a avó estava sozinha cuidando da criança. A seqüestradora se passando por uma agente de saúde, pede a criança para avó dizendo que a lavaria para vacinar. Continuando, pediu também os documentos da criança que foram emitidos pela maternidade na ocasião do parto. A avó que é uma deficiente visual, sem nada desconfiar, prontamente atendeu ao pedido da seqüestradora, entregando a criança e todos os seus documentos.

4- A seqüestradora, de posse da criança e seus documentos, evadiu-se sorrateiramente sem deixar qualquer pista do seu paradeiro. Não passou pela portaria principal, não saiu pela maternidade e também não passou pelo Pronto Socorro, pois os porteiros plantonistas não registraram a saída de nenhuma criança.

5- Ao tomar conhecimento do seqüestro da criança, o corpo de enfermagem liderada pela enfermeira chefe, diligenciou em tomar todas as medidas cabíveis. Chamou inicialmente o Policial Militar de plantão que fica nas dependências da Santa Casa e comunicou o ocorrido. Posteriormente foi até a delegacia de Polícia e prestou uma queixa. A Policia Civil ao tomar conhecimento iniciou imediatamente as investigações buscando solucionar esse lamentável crime.

6- A Diretoria da Irmandade da Santa Casa desde o início, envidou e continua envidando todos os esforços para auxiliar a polícia civil a desvendar este triste crime, que por infelicidade ocorrera nas dependências desta conceituada Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, mas, pelo modus operandi da seqüestradora, poderia ter acontecido em qualquer outra entidade prestadora de serviços médico hospitalar do Brasil.

7- Como foi dito acima, todas as providencias de segurança sempre foram preventivamente tomadas pela Diretoria da Santa Casa visando diminuir o risco do aparecimento de situações nefastas como esta. Tanto isto é verdade, que ao longo de quase um século, nenhum registro há de caso semelhante ao que ocorrera. Desta vez, por se tratar de meliante profissional que agiu com muita perspicácia, não foi possível evitar o infortúnio.

8- Todos nós, diretores, funcionários e médicos desta Santa Casa M. de Ilhéus que na luta diária muito nos esforçamos para mesmo com tantas dificuldades que o setor saúde impõe, dá o melhor atendimento para todos os pacientes que procuram os serviços desta entidade beneficente de saúde, estamos consternados mas esperançosos e mobilizados para ajudar a polícia a solucionar o mais breve possível este lamentável crime contra uma criança indefesa, e contra a boa reputação que esta entidade construiu ao longo destes noventa e sete anos de existência e de bons serviços prestados.

9- O evento criminoso que choca a todos e que parecia ser um caso apenas de entidades de cidades tidas como de grandes centros, hoje nos atinge e nos revolta, mas com a compreensão e ajuda de todos os cidadãos de bem, daqueles que de forma honesta não se deixam impressionar com o sensacionalismo que intriga e destrói, daqueles que analisam os fatos na sua essência pois só a coerência lhe traz paz, haveremos de resolver este grande problema, recuperando imediatamente a criança e continuando a prestar os relevantes serviços médicos hospitalares que tanto a população necessita.

Ilhéus, 24 de outubro de 2010.

Assina: A Diretoria da Santa Casa de M. de Ilhéus