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Aquele Pontal, de um aspecto arquitetônico do início de seu loteamento (1915), até os anos de 1970, já está dando lugar a outro, que cresce verticalmente. Aquele padrão de casa tendo em média cinco metros de frente e de 30 metros de frente a fundo, num futuro não muito distante será apenas lembranças de arquivos fotográficos.

A partir dos anos 70, com o crescimento cada vez maior do bairro, impulsionado pelo turismo, o Pontal entra na rota da expansão, e com este impulso atinge os anos 90, para se desenvolver muito mais.

Entramos pelos anos 2000, e o Pontal torna-se alvo do surgimento dos seus primeiros prédios mais imponentes. E a partir de 2008 e principalmente em 2010, grandes empresas do ramo da construção deslancham e trazem para o bairro mais quatros edifícios, que estão em fase de construção e ou para serem iniciados.

No meio desta avalanche, a orla da Baía do Pontal (Av. Lomanto Júnior) é alvo principal onde os terrenos passam a valer “ouro em pó”, e dentre os novos empreendimentos se tudo se confirmar, deverá também surgir em breve o hipermercado G. Barbosa, e neste caso, esperamos que seus proprietários tenham o bom senso e preservem pelo menos a fachada da casa dos anos 50, que ali está. Acredito que isso seja possível, pois temos como exemplo o Colégio Afonso de Carvalho, que se transformou numa galeria comercial, sem que sua imponente fachada fosse destruída.

Bom, o nosso Pontal pede passagem para o futuro, mas é uma pena que o poder público não veja isto, e deixe esta orla com a drenagem pluvial toda entupida, com o mato invadindo a calçada como se dela fizesse parte, as pedras portuguesas de brancas se tornaram pretas de tanta sujeira, coqueiros mal podados, sinalização de trânsito vertical e horizontal quase não existem mais. A avenida pede socorro, para enfrentar este progresso já escancarado e obscuro para quem não quer enxergar.

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Rezende