Conta a história e também a lenda, que existe aqui na nossa cidade, há mais de 50 anos, na Rua do Café, um estabelecimento de nome ARMAZÉM IBIASSÚ,de propriedade do vascaíno roxo NÉLSON VIANA, lá das bandas de Ibiassú, distrito de Maraú.
Entre as diversas normas implantadas pelo dono do armazém, existe uma estampada em uma placa com o seguinte aviso: VISTA A CAMISA,que o mesmo leva à risca e fica retado se algum engraçadinho sequer ameaçar entrar no armazém sem camisa ou em outro atrevimento de sunga.
Muitas histórias e causos já se sucederam com relação a essa prática, portanto é de bom alvitre que ninguém em sã consciência se atreva a entrar no armazém dessa maneira – sem camisa e de sunga.
Os maldosos dizem que o Senhor Nélson não gosta de ver busto de marmanjo e nem a trocha que se esconde na sunga.
Realmente o nosso amigo está coberto de razão, ou vocês gostam de ver machão sem camisa e de sunga? Mas tem quem goste.
Mas como toda norma um dia deixa passar algum detalhe meio surpresa, presenciei na semana passada uma escapulida de um cidadão sem camisa bem próximo do balcão, tomei um grande susto e alertei o amigo Nélson da ousadia do seu cliente, o também amigo ZÉ MORAIS.
Para minha surpresa o dono do armazém deu uma larga risada e disse que o Zé Morais era seu compadre e que não iria penalizá-lo por tal atitude indecorosa, pois tinha certeza que ele não repetiria o fato.
Mas já me contaram que o JACKSON ADAMI, filho do saudoso Airton Adami, num desses dias comendo água, mesmo de camiseta, entrou no armazém de sunga.
Não me disseram qual foi a reação do Nélson Viana e nem quero saber.
Nessas idas e vindas é que a gente vê que toda regra tem sua exceção, e o nosso Nélson não fugiu dessa, pois os infratores são seus amigos do peito e receberam o devido perdão.
Uma balança, duas medidas.

ZÉCARLOS JUNIOR