Governo apresenta Porto Sul para mídia baiana (Foto: Filipe Nobre).

Com objetivo de apresentar o projeto Porto Sul para a mídia baiana, a chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Eva Chiavon, o secretário da Indústria Naval e Portuária, Carlos Costa e o chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, receberam, na manhã desde sexta-feira (14), na Governadoria, diretores e equipes de reportagem dos veículos de comunicação da Bahia.

Dúvidas em relação à modelagem, viabilidade econômica, os impactos ambientais e sociais e as ações mitigatórias previstas foram esclarecidas. Segundo a secretária Eva Chiavon, a construção do Porto Sul representa não apenas a oportunidade de dotar o interior do Estado de uma grande estrutura de transportes, mas também a chance de viabilizar novas políticas públicas. “O avanço que o Porto Sul representa, através de sua conexão com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), é extremamente positivo para a logística de escoamento da produção agro mineral da Bahia”, disse. “Juntamente com uma ferrovia e um porto, são necessárias políticas públicas”, frisou, completando: “Nossa proposta é descentralizar o desenvolvimento do estado, levando para o sul uma estrutura que transformará economicamente aquela região, beneficiando comunidades na área de influência do projeto, com implantação de novas indústrias, melhorias na infra-estrutura, saúde, educação, habitação, saneamento, emprego e qualificação de mão-de-obra”.

A secretária falou que projetos relacionados ao Porto prevêem a ampliação da Barragem do Rio Colônia – que já tem parte dos recursos garantida no PAC -; duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna, além implantação de uma nova universidade na região. A Previsão de investimentos total no Porto Sul será de R$ 2,6 bilhões, com geração de 2 mil empregos diretos no Porto Público, na fase de instalação. Na fase de operação, estima-se geração de 27 mil empregos diretos e indiretos. “Isso porque, no que se refere à fase de operação, o número de empregos indiretos pode aumentar sensivelmente com o passar dos anos”.

O secretário Carlos Costa comparou a estrutura portuária baiana com a do Espírito Santo, com território bem menor, mas que conta com oito portos e terminais marítimos.”A implantação do Porto Sul representa um compromisso do Governo da Bahia para escoamento da produção mineral e agrícola, visando agregação de valor e ampliação das vantagens competitivas do estado”, comentou. “O Porto Sul irá transformar nosso mercado de exportação e importação, com reflexos em todo o país”, disse. ““Estima-se que o porto movimentará, anualmente, 75 milhões de toneladas de grãos, minérios de ferro e carvão, siderurgia, etanol, fertilizantes e algodão”.

No encontro, Eracy Lafuente, assessor da Casa Civil, detalhou o histórico dos estudos, realizados há três anos pelo governo. Ele falou dos impactos positivos e negativos, descritos em detalhes no Estudo de Impacto do Meio Ambiente (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). “As medidas tecnológicas de mitigação estão previstas para minimizar os impactos negativos e potencializar os impactos positivos”.

O porto Sul terá dois terminais: um público e outro de uso privativo (TUP), que será operado pela Bahia Mineração (BAMIN), cuja exportação de minério de ferro será feita exclusivamente da sua produção. O porto público servirá a toda a comunidade que necessite exportar grandes
quantidades de produtos.