Luiz Castro em: DECOLORES
SER IGREJA E NÃO DA IGREJA
Costumo diariamente ligar o rádio em busca de noticias de esportes. Ocorre que após às 21:00h a maioria das emissoras transmitem programas evangélicos que vai até às 04:00 h da manhã. Os assuntos que são divulgados dizem respeito sobre religião que propaga a cura e bens materiais. Fico imaginando que o assunto mais importante para essas religiões é a riqueza que propriamente a fé. A Bíblia diz em Mt. 6:19-20 – Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
E mais em Mt. 6:21 – Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Muitos pessoas vêem no evangelho uma possibilidade de enriquecimento e de barganhas com Deus. Por isso muitos há que aproveitem desta ganância para atrair a si este povo com promessas tiradas de meia dúzia de versículos, baseados numa oratória perfeita, fazendo verdadeiras fortunas com promessas que jamais serão cumpridas.
Em todo o tempo é preciso separar o verdadeiro do falso. E é somente através da Palavra de Deus que teremos meios de descobrir o que é verdadeiro e falso.
O verdadeiro Evangelho traz libertação, cura, prosperidade. Mas prosperidade não quer dizer necessariamente ter riquezas, pois é ter todas as necessidades supridas pelo poder de Deus, ou seja, pela fé. E para isso não tem que fazer barganhas.
Os meios que Deus instituiu para os seus filhos estão muito bem descritos em sua Palavra. Na realidade tudo é de Deus, tudo pertence a Ele, e é assim que deve ser, somos apenas mordomos do que pertence a Deus. Por isso precisamos ser bons administradores. Um bom administrador consegue distinguir entre quem é confiável e quem quer apenas apropriar do que não lhe é devido. Dízimos (Ml. 3:10), ofertas (Mt. 2:11; Fp. 4:18) são meios instituídos por Deus para que a Sua obra possa ser feita, possa ser suprida. Devolvemos parte daquilo que Deus nos deu para administrar, não por ganância ou porque iremos receber alguma coisa de volta, mas damos por amor a Jesus e ao Evangelho.
Mc. 10:29-30 – Isto tudo é por amor, são dádivas de amor. Não é uma aplicação, como num banco, damos porque amamos o evangelho e queremos que vidas sejam salvas. O dinheiro dado a Igreja sustenta a obra, sustenta os obreiros (digno é o obreiro do seu salário), . É para que a obra se propague e cresça.
Agora quando vemos excessos de determinados líderes cristãos com carros de luxo, casas luxuosas, aviões super modernos, e por ai afora alguma coisa está errada.
“A igreja hoje está trabalhando com todos os seus recursos para este fim e para este propósito? Se estiver, certamente não caberá o acúmulo egoístico de propriedades e riquezas além do que realmente precisamos”. Será que em nossos dias cabe a construção de igrejas suntuosas , será que em nossos dias cabe a construção de mansões para determinados lideres, será que em nossos dias cabe o egoísmo? Todos os recursos devem ser empregados para a salvação de vidas, para o treinamento de obreiros e para o envio deles aos quatro cantos desta terra.
A igreja é um conjunto de pessoas, composta por uma liderança , o único Líder Supremo da Igreja e Senhor é Jesus Cristo .
Precisamos ter muito cuidado com excessos, pois, muitos em seus excessos têm causado grande dano à causa de Cristo, provocando escândalos e afastando muitos do caminho do Senhor.
Deus tem enviado a Sua Palavra, dando tempo a que todos se arrependam dos seus pecados e tenham a sua vida transformada pelo Seu poder.
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Luiz Castro
Bacharel Administração de Empresa