Na primeira quinzena de abril, a Secretaria do Planejamento da Bahia (Seplan) lançará editais de licitação para selecionar as empresas que farão o detalhamento dos estudos para a construção da Ponte Salvador-Itaparica, a exemplo dos projetos de engenharia, estudos de impacto ambiental e socioeconômico (EIA/RIMA) e de impacto cultural e paisagístico. O anúncio foi feito pelo secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, na manhã de hoje (26), na Assembleia Legislativa, onde esteve como convidado da audiência realizada pela Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da instituição.

Com a presença de 31 deputados, a sessão especial foi uma oportunidade do secretário apresentar o projeto do Sistema Viário Oeste (SVO), do qual a ponte faz parte, bem como tirar as dúvidas dos legisladores estaduais. Entre as questões mais frequentes expostas pelos deputados estava a fonte de recursos para financiar o projeto, estimado em R$ 7 bilhões. Gabrielli explicou que o ano de 2013 será dedicado ao detalhamento e aprofundamento dos estudos e um desses aspectos é a modelagem econômico-financeira, que indicará o modelo de financiamento.

O secretário esclareceu que o valor estimado não é apenas para a construção da ponte, mas sim para o conjunto de intervenções que integram o SVO, como a duplicação das rodovias, desapropriações e investimentos em infraestretura. Segundo Gabrielli, 40% do custo da construção é com as fundações da ponte. Porém, a partir de informações técnicas sobre o subsolo da Baía de Todos-os-Santos, obtidas com as sondagens de geotecnia, que também farão parte do conjunto de editais a serem lançados em abril, poderão ser apresentadas soluções tecnológicas de engenharia que possam reduzir os valores.

“Esse projeto é muito importante para o desenvolvimento econômico e social do Estado e tem forte impacto, principalmente, no Recôncavo, Região Metropolitana de Salvador e Baixo Sul. Nossa perspectiva é de maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos. Por isso, estamos nos debruçando em estudos detalhados”, destacou Gabrielli.

Indagado pelo deputado Uziel Bueno, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, sobre pedágio na ponte, o secretário reiterou que a modelagem econômico-financeira ainda está sendo desenvolvida, porém, há a determinação de que os valores a serem cobrados não poderão ultrapassar os que são praticados hoje no sistema ferryboat.