No Brasil, a Constituição de 1988, no art. 6º, no capítulo dos direitos sociais, estabeleceu o direito à saúde. No art. 196, determinou que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

As mentes de inúmeros homens imaturos estão atropelando os seus desejos de tudo querer mesmo sem poder alcançá-los! Quando alguma pessoa espirra, há sempre alguém ao seu lado que exclama: “saúde”! Tudo isso em qualquer lugar, especialmente, no mundo de direitos e deveres desiguais em que vivemos.

Com grande clamor verificamos muitas pessoas dizendo: “não suportamos ouvir ou ver nas manchetes de canais de televisões tantos hospitais e casas de prestações de atendimentos médicos, falindo e sendo destruídas suas composições de higiene adequadas”. Realmente não podemos continuar aceitando a famigerada ideia dos nossos administradores imaginando que faltam profissionais da medicina para cuidar da saúde do nosso povo!

A solução quanto aos hospitais não pode continuar dependendo apenas da criatividade de seus abnegados administradores, esperando os gritos de misericórdia da população, tudo em decorrência da falta de pagamentos de aquisições de bens patrimoniais e materiais de consumo para as suas manutenções básicas. O que entendemos é que se o direito a saúde é inerente ao direito à vida e real substrato da dignidade humana, também a dignidade do trabalhador é essencial para o seu país.

Os habitantes de uma Nação que se esforça no trabalho, visando à conquista do seu bem-estar social e humano, merecem o direito como cidadão que necessita dos cuidados da sua saúde. A ausência dos efetivos cumprimentos das disposições legais é a causadora dos graves males que afetam os trabalhadores na área de saúde no Brasil.

Quantos trabalhadores dos serviços públicos estão com seus proventos atrasados e seus pagamentos perderam a data de final de mês para que sejam recebidos? Muitos trabalhadores amargando preocupações de suas contas a pagar com valores majorados não traduzem nenhuma responsabilidade aos patrões!  E a lei não perdoa e são autorizadas essas majorações, entretanto, a consciência hesita em defesa desses servidores. E quando procura a Justiça, bens dos credores sucateados serão enviados a leilão judicial ou são penhorados, porém, sem que o débito seja integralmente pago. Como poderá um Juiz penhorar bens executados e insuficientes em seus valores que atendam o pagamento total de uma dívida judicial da classe trabalhadora?

No cotidiano o conjunto dos meios para a vida e as despesas de cada cidadão, perdeu a sua estabilidade de aquisição das coisas. A sua subsistência através do trabalho aliado aos entraves sociais, oferece o inadimplemento ou atrasos dos salários desorganizando a manutenção da sua família, e são invisíveis à mídia, aos agentes políticos, à sociedade, e somente são vistos quando são desencadeadas greves e quebras de estabelecimentos casas comerciais. Essa atribuição é adquirida pelo irresponsável desespero, e quando essas desastrosas ações populares são refletidas, foram prejudicadas pessoas inocentes que nada fizeram para receber as tragédias criadas por intermédio dos inconvenientes comportamentos das farsas e nefastas ações dos inescrupulosos políticos, que deveriam ser promotores da justiça e da paz.

Nessa expectativa exaltada e louca de uma população que nada reflete sobre as praticas de desordens, os homens mergulham numa escuridão mental na face da terra. Triste se torna após acontecimentos impensados, todos nós assistindo o panorama de um país em que seus habitantes estão destruindo seus irmãos e denegrindo a imagem de gente inteligente e trabalhadora!

Quantos discursos governamentais falando de bilhões que estava investindo no “PAC”, esquecendo dos detalhes de que as obras precisavam terminar dentro do orçamento, e nada de olho nos superfaturamento! Nesses lacônicos pronunciamentos de “devemos fazer” ou “precisamos fazer”, são os mesmos da época de campanha. O povo deve observar que nessas conversas dos políticos de Brasília e outros locais do Brasil, existem apenas repetições de promessas. Até hoje em se tratando de bem-estar social, a palavra “Pacto”, no Brasil só significa mesmo é “ganhar tempo” na ânsia do poder!

O Brasil vai muito bem, mas a política perdeu honra e o caminho seguro! A arrecadação anual dos impostos já ultrapassa aproximadamente mais de 1 trilhão do dinheiro sacado dos bolsos dos brasileiros. Tem pessoas comentam que esses eventuais prejuízos decorrentes da desnecessária depredação ao patrimônio público e particular por partes dos manifestantes em nosso país é troco de pinga para quem gosta dela no governo. Há quem diga também que: Quem tudo pede nada leva. Bolsa família virou mesmo voto popular da classe pobre aqui no Brasil. Podemos até não ser contra programas sociais, desde que não sejam assistencialistas e ensinem a pescar o peixe.

Os nossos governantes não pensem que os jovens só querem navegar na “rede” e trocar mensagens cifradas, mantendo-se alienados da realidade que os cerca, quem assim imagina sobre os jovens brasileiros, está bem equivocado. O povo, sobretudo os jovens, cansou-se de ouvir falar em corrupção, impunidade, falta de reforma política, existe um descontentamento enorme manifestado pelo nosso povo que continua pobre e mergulhado na “5ª economia do mundo”.

De um momento a outro, a indignação explodiu e se derramou de maneira ruidosa pelas ruas, gritando pela liberdade e soberania do seu país afirmando: “não dá mais; temos que fazer alguma coisa; vamos mudar o Brasil”. Em nosso país das maravilhas sumiram imensas necessidades básicas. Os administradores públicos e os políticos em geral devem ouvir com bastante atenção os nossos jovens, verificando o querem transmitir, corrigindo e pedindo novas soluções, diante de tantas mazelas praticadas contra o povo brasileiro. Pensem Nisso!!!

Eduardo Afonso – Ilhéus-Bahia