Jocelin Macedo

Veio de Buquim, em Sergipe, onde nasceu em 2 de junho de 1925, filho de Joaquim Macedo e Josefa Barbosa dos Santos (Nanã), só tinha uma irmã, Joliete.

Sua mãe separou-se do marido e veio morar em Ilhéus. Seu pai casou-se novamente e teve mais quatorze filhos.

Veio para Ilhéus com seis anos de idade, estudou no CEAMEV até o segundo grau. Chegou a fazer vestibular de direito junto com seu filho Jorge.

Trabalhou na ORQUIMA (Indústrias Químicas Reunidas S/A) de Augusto Frederico Schmidt, grande poeta na época; arrendou o Ilhéus Hotel por vinte e oito anos. Junto com Afonso, Asthor e Juca Pinto fundou o jogo do bicho em Ilhéus. Foi cacauicultor com fazenda em Banco Central.

Quando trabalhava na ORQUIMA, na década de 1950, era gerente geral, foi trabalhar na cidade mineira de Araçuaí, no norte do estado, lá encontrou amigos de Ilhéus que trabalhavam no Banco do Brasil, numa das farras que fizeram alguém deu a idéia de todos se identificarem: “Vamos dizer quem somos e de onde viemos”, na turma estavam Popoff, Bacil e Nilton Pádua, na vez de Jocelin ele disse: “Sou de Ilhéus, na Bahia, minha mãe é dona de um cabaré”, ninguém acreditou, disseram para ele deixar de brincadeira e falar a verdade, ele repetiu “Sou de Ilhéus e minha mãe é dona de um cabaré, se não acreditarem perguntem a meus amigos”. Ganhou o respeito de todos e ficou muito conhecido na cidade pela sua sinceridade e respeito pela vida. Sua mãe Nanã foi dona da Boate OK e do Bataclã.

Foi o primeiro presidente do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), em Ilhéus, cargo dado pelo Ministro da Educação Alison Paulinelli.

Foi vereador em Ilhéus pelo partido UDN (União Democrática Nacional) por duas vezes, na primeira vez no governo de Edmond Darwich 1971/72 e na segunda vês no governo de Ariston Cardoso, 1973/76, era o líder da bancada.

Quando vereador, o vereador Jasiel Martins (Bá), fez uma proposta à bancada para construir um muro no cemitério do Pontal, Jocelin foi contra, disse que era um gasto inútil, pois quem estava lá dentro não podia sair e quem estava fora não queria entrar e o melhor era aplicar o recurso na construção de escolas para que não houvesse mais analfabetos como eles dois.

Casou-se com Maura Olímpia dos Santos com quem teve dois filhos: José Bernardino (Macedinho) e Jorge Eduardo.

Hoje aos 88 anos continua vivendo da maneira que gosta, aproveitando a vida à sua maneira.