O superintendente da Ceplac, Juvenal Maynart, afirma que um parque tecnológico se justifica na região, principalmente, pela crescente demanda de consumo de derivados de cacau, especialmente chocolate, cujo consumo cresce em média de 10% ao ano no Brasil. “É um crescimento em ritmo chinês, e nós deveremos estar preparados para oferecer esses produtos, o que vai agregar um valor altíssimo à nossa commoditie”.

Juvenal ainda chama a atenção para outras potencialidades que poderão ser exploradas a partir de um diagnóstico do uso do solo no sul da Bahia, com as culturas agrícolas instaladas e estabelecendo uma demanda com a cadeia agroindustrial. “Além do cacau e chocolate, serão incorporadas outras cadeias, a exemplo de frutas e sucos, madeira e celulose, dendê e biodiesel. Poderemos, ainda, seguir por outras vertentes, como a preservação e recuperação ambiental, a biotecnologia e a agroecologia, de acordo com o que nos apresentou o setor de Planejamento da Ceplac”.

Do projeto à ação

Além de Ceplac e UFSB, ainda se integrarão ao projeto o IFBA, a Uesc e demais instituições que se interessarem pelo modelo proposto. De acordo com o reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia, Naomar Almeida, a perspectiva é de altíssimo potencial. “Já fizemos um mapeamento das áreas físicas, visitamos laboratórios, conhecemos os principais projetos tocados pela Ceplac, como o da Conservação Produtiva. Tudo converge”.

O reitor afirma que já foi constituído um grupo de trabalho paritário, que vai propor um cronograma de implantação, o que já está sendo construído. “O mais interessante é que essa é uma parceria nova, mas que ocorre de modo muito rápido, devido à convergência de necessidades e oportunidades. Isso já nos indica que teremos que, o mais rápido possível, iniciar uma linha de cursos de pós-graduação, certamente derivando para mestrado e doutorado”, adiantou Naomar Almeida.

Para o chefe de Planejamento da Ceplac, Antonio Zugaib, o interesse mútuo pelo projeto, o seu caráter complementar e a necessidade de sua rápida implementação é o que garante tamanha rapidez de resultados. “Se a gente observar que até grupos de trabalho já foram formados para criação de cursos, como, por exemplo, gestão agrícola e florestal, e instalações adequadas na Ceplac já foram disponibilizadas para implementação da incubadora de empresas de base tecnológica, perceberemos que o parque tecnológico já começa a se materializar”.

Para o chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), Adonias de Castro, a parceria abre reais possibilidades de muitas ações de cooperação da UFSB com a Ceplac, em benefício das novas gerações do sul da Bahia. “Trata-se de uma parceria que aproveita o máximo da experiência da Ceplac, com o seu conhecimento da realidade da região e uma universidade moderna, com uma proposta inovadora de grande alcance para três territórios do sul da Bahia. A sociedade terá muito a ganhar com os resultados que virão. Ficou muito clara e patente a motivação das pessoas para um projeto extremamente nobre e comum a todos nós”.

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Jornalista da Sueba – Superintendência da Ceplac na Bahia

Domingos Matos

Foto: Águido Ferreira

Assessoria de Comunicação da Ceplac