BOTECO DO QUIBE
23/jul/2014 . 20:56
Mais um ponto tradicional da nossa cidade encerrou as suas atividades. Trata-se do famoso Boteco do Quibe, empório da família Zaidan/Nassri.
Mais do que uma confraria: UMA IRMANDADE.
Localizado na histórica Rua Bento Berilo, também conhecida como Rua da Linha (em referência ao trem que por ali passava), onde as famílias imigrantes Rabat/Chame, Zaidan/Nassri, Chaloub, Medauar, Hage, Ocké, Chauí, Arbage, Halla e Maron, originárias do Oriente, aqui chegaram e continuam até hoje com seus descendentes.
Vale ressaltar que o ramo comercial é uma tradição dessas famílias árabes.
Em 1951, Seu Jorge Medauar Nassri e Dona Dulce Zaidan Nassri, montaram o seu pequeno comércio e o quibe árabe tornou-se o carro chefe do negócio.
Dessa união o casal teve dois filhos Sônia Zaidan Nassri e Eduardo Zaidan Nassri, que com a falta dos pais tocaram a empreitada até este ano.
O Boteco do Quibe era um ponto pequeno mais excepcionalmente aconchegante, onde se podia beber uma cerveja gelada e claro degustar o delicioso quibe.
Memoráveis farras eram ali realizadas de preferência nas sextas-feiras, com as presenças ilustres de grandes comedores de água – Zécarlos Prates, Zécarlos Junior, Sérgio di Ramos, Edu Neto, Ari Morais, Cacá (extintor), César Cão e tantos outros que por lá passavam e marcavam o ponto. (Roberto Rabat, Hélio Moura, Arnaldo Pereira, Agapito, Marcelo Silveira, Gilberto Hughes, Dagoberto, Luiz Melo, Velho Bacelar, Luiz Castro, Silvio Tapioca, Lourencinho (in), Dino Queiroz, Dr. Luiz Lavigne).
Edinho Macêdo, Paulo Mota, Zécarlos (Zé Fininho) e Rebouças foram outros clientes habituais do boteco, hoje se encontram em outro estágio da vida, foram para o segundo andar um pouco mais cedo.
O cambista Bigode, que tem seu escritório do jogo do bicho montado bem na porta do boteco, está inconsolável com a notícia do encerramento das atividades, sem saber exatamente pra onde ir.
A comida árabe sempre foi apreciada pelos brasileiros e Dona Dulce Zaidan tinha um traquejo todo especial no feitio de seus deliciosos quibes e outras iguarias.
Até hoje sinto uma imensa saudade de Dona Dulce, de seus conselhos, realmente uma figura inesquecível. Saudade eterna.
ZÉCARLOS JUNIOR
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Beleza ZeCarlos! Porreta a história. Com certeza fará falta
Abraço
HJ
Zecarlos Junior, frequentei algumas vezes o Boteco do Quibe, quando passava em frente ao Boteco sempre tinha um amigo lá dentro, parava, não que fosse obrigado, mas, parece que tinha uma força que me puxava para dentro do Estabelecimento, aí não tinha outro jeito senão beber uma cerveja no ponto (gelada) acompanhado de um ou mais quibes e um bate papo super agradável com os amigos, a hora passava que nem sentíamos. Queria ter frequentado mais vezes, no entanto, a quantidade de Botecos que frequento é grande e às vezes me faltava tempo, ainda tinha que passar ou já vinha de outros Botecos, porém, nas poucas vezes que frequentei o Boteco do Quibe, sempre fui muito bem tratado por Dona Dulce, Soninha e Eduardo. Além dos amigos que você já citou, lembro também de outros frequentadores ilustres como Rosalvo, Gonçalves, Edinho da SKY, o cambista Piloto, enfim, e tantos outros que por lá passavam. Sentiremos saudades, tá fazendo falta o Boteco, mas, na vida é assim nada é eterno, tudo passa. Um abraço forte para todos.
Zé Carlos. estou triste, fui comer um kibe e o rapaz do jogo me disse do fechamento do nosso kibe maravilhoso de dona Dulce, que em memoria Edu e a irmã continuaram, é rapaz o bicho pegou, são coisas que agente sente profundamente, ai que saudade imensa de Jorge e Dona Dulce, a vida segue é o destino de todos nós, Zé estou com voçê e não abro, um grande abraço.