por Edgard Siqueira

Depois que a FUNAI saiu da região amazônica e resolveu colocar em pratica a FARRA DAS DEMARCAÇÕES em áreas urbanas, há muito consolidadas, e, ocupadas mansa e pacificamente por brasileiros, temos acompanhado a luta desigual de todos os afetados, tendo sempre à frente, Prefeitos, Governadores, Senadores, Deputados e Vereadores, que não aceitam a VIOLAÇÃO DO ESTADO DEMOCRATICO DE DIREITO.

Pois bem, no nosso caso, INUSITADAMENTE, aconteceu o contrario. Aqueles que nós elegemos para defender os nossos interesses, CONSPIRARAM MATREIRAMENTE contra eles. Escrevi neste espaço, alertando que o atual prefeito não merecia o nosso apoio para mais um mandato em nosso Município. Revejam o alerta: http://www.r2cpress.com.br/v1/2013/09/13/demarcacao-o-itabunense-prefeito-que-nao-defende-os-interesses-da-nossa-cidade-tao-pouco-dos-seus-municipes/. Só que, de nada adiantou a nossa iniciativa, e o Prefeito, dissimuladamente, buscou os nossos votos quando ocupávamos o aeroporto, de braços dados com o ESQUECÍVEL, ex-presidente da Associação dos Peq. Agricultores.

Eis que esta semana tomamos conhecimento através de um texto assinado por um ex-vice-prefeito, de como a FUNAI foi provocada pelos Gestores Municipais para montar o FRAUDULENTO PROCESSO DE DEMARCAÇÃO TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA. No texto, o autor massageia o seu ego, vangloriando-se do feito, ou melhor, DO MAL FEITO. Um verdadeiro ESCARNIO contra os legítimos proprietários da região. Vejam: http://www.blogdogusmao.com.br/v1/2014/09/29/o-padre-a-velha-india-e-o-vice-prefeito-ou-quando-jabes-emendou-os-bigodes-com-o-martim-barbosa/#more-132816.

Ficou evidente no texto, que o ex-vice-prefeito depois de muito tempo, tomou ciência do abandono pelo Poder Publico Municipal das comunidades rurais de pequenos agricultores em torno de Olivença. Estas comunidades padeciam, ou melhor, ainda padecem da falta do que é essencial, por OMISSÃO E NEGLIGENCIA do Estado na implementação das politicas publicas. Não tinham escola, atendimento médico, transporte, estradas para escoamento da produção e etc. etc… Pelo exposto, a saída do Prefeito e do seu Vice para o abandono que estavam relegadas aquelas comunidades, foi fugir da RESPONSABILIDADE, incentivando-as a se autodenominarem indígenas. Ora, quem tem fome não vai deixar de aceitar comida? E foi o que aconteceu. As pessoas abandonadas, sem os serviços públicos elementares, aceitaram de bom grado o projeto da FUNAI, apoiado INCONSEQUENTEMENTE pelo Prefeito e seu Vice.

O texto em voga apresenta um excessivo grau de passionalismo, e está eivado de INVERDADES, numa prova cabal da falta de conhecimento histórico do autor. Na batalha dos nadadores os Tupinambás não foram os MARTIRES, ao contrario, foram os ALGOZES dos Tupiniquins, a verdadeira etnia que habitava em nossa região e que foram dizimados por Mem de Sá com o apoio dos Tupinambás. Na nossa região não há registro de grilagem de terra, aqui houve uma ocupação mansa e pacifica, desmentindo o mito Caboclo Marcelino, que na realidade era um bandoleiro arruaceiro, que matou covardemente a sua mulher por ciúmes, e por isso foi perseguido pela policia, e não por causa de luta pela terra. A história do manto Tupinambá é de uma FARSA CRIATIVA. Tal manto nunca existiu em Olivença. Os Tupinambás do Maranhão é que dominavam a arte plumaria de fazer mantos e o que existe no vaticano foi levado pelos jesuítas do Maranhão e não de Olivença, a terra dos TUPINIQUINS. Corroborando, estes “Tupinambás de Olivença” no inicio da FARSA, eram PATAXÓS. Os verdadeiros Pataxós reagiram, obrigando-as a MUTAÇÃO para autodenominação Tupinambá, que tiveram o INJUSTIFICAVEL apoio dos GESTORES MUNICIPAIS.

Destaco no texto o paragrafo em que o escarnio é mais evidente: “É importante uma solução rápida do STF para dirimir o conflito e proporcionar a paz, em prol dos dois lados envolvidos, índios e pequenos produtores, uma vez que não se justifica essa disputa de pequeno contra pequeno, deixemos essas questões para a disputa de grandes riquezas e terras agricultáveis, como no Mato Grosso”.  Qual seria a “solução rápida” para quem ajudou na execução da FARSA? Sem duvida a criação da reserva e a consequente expropriação dos LEGITIMOS PROPRIETÁRIOS, que seriam expulsos, praticamente, sem direito a nada. Assim, “o conflito seria dirimido e reinaria a paz” para deleite do ex-vice-prefeito.

Há certas coisas, que lamentavelmente, só acontecem em Ilhéus. O ex-vice-prefeito não pode ainda se VANGLORIAR. O STF já sinalizou que casos como o nosso não irão prosperar.  Na realidade ele não tem do que se orgulhar. Ele não pode se orgulhar de ter apoiado um projeto que retira ¼ do território de Ilhéus. Ele não pode se orgulhar de ter apoiado um projeto que coloca na rua da amargura 22.000 pessoas, que quando foram adquirir as suas propriedades receberam um nada consta do Estado que ele representou. Ele não pode se orgulhar de apoiar um projeto que semeou o ódio e a desavença entre conterrâneos, e que já causou a MORTE DE MUITOS.

Para finalizar, não poderia deixar de externar o meu REPÚDIO e a minha INDIGNAÇÃO por esta REVELAÇÃO.  O ex-vice-prefeito com parentesco indígena precisa entender, que a tardia “CONSTATAÇÃO DA EXTREMA PENURIA E FALTA DE PERSPECTIVA EM QUE VIVIA AQUELE PESSOAL”, inclusive a sua “tia índia”, não é da nossa responsabilidade, e sim, da OMISSÃO do poder que ele representava. E solução por ele apoiada, se consumada, ficará marcada NEGATIVAMENTE NA HISTÓRIA DE ILHÉUS.