TODOS CONTRA O CRACK
O “CRACK” já é um gravíssimo problema nacional, e o Governo Federal deflagrou uma campanha nacional contra este flagelo.
Veja o site da Campanha aqui: http://www2.brasil.gov.br/crackepossivelvencer/home
Para provocar uma reflexão sobre este assunto, selecionamos alguns textos constantes do Manual PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias, publicado pelo SENAD – Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, do Ministérios da Justiça e vamos publicá-los aqui no R2CPRESS. Aí vai o primeiro.
O QUE É CRACK?
O crack é uma forma distinta de levar a molécula de cocaína ao cérebro. Sabe-se que a cocaína é uma substância encontrada em um arbusto originado de regiões dos Andes, sendo, a Bolívia, o Peru e a Colômbia, seus principais produtores. Os nativos dessa região mascam as folhas de coca desde antes da chegada dos colonizadores espanhóis no século XVI. No século XIX, a planta foi levada para a Europa onde se identificou qual era a substância que provocava seu efeito. Este material foi, então, chamada de cocaína.
A partir daí, processos químicos passaram a ser utilizados para separar a cocaína da folha de coca, gerando um pó branco, o cloridrato de cocaína. Desde o século XIX, este pó branco é utilizado por usuários de cocaína, seja por meio de sua inalação, seja dissolvido em água para sua injeção nas veias. Dessa maneira, utilizando diferentes processos de fabricação, além do pó branco, podem ser produzidas formas que podem ser fumadas. São elas: a merla (1), o crack e o oxi (2).
Essas diferentes formas de administração da molécula de cocaína (inalada, injetada ou fumada) têm efeitos distintos no indivíduo. Quando a droga é fumada, isto faz com que grande quantidade de moléculas de cocaína atinja o cérebro, quase imediatamente, produzindo um efeito explosivo, descrito pelas pessoas, que a usam, como uma sensação de prazer intenso. A droga é, então, velozmente eliminada do organismo, produzindo uma súbita interrupção da sensação de bem-estar, seguida, imediatamente, por imenso desprazer e enorme vontade de reutilizar a droga. Essa sequência é vivida pelos usuários como um comportamento compulsivo em que os indivíduos caem, com frequência, numa espiral em que os atos de usar a droga e procurar meios de usar novamente se alternam cada vez mais rapidamente. Outra diferença entre o crack e a cocaína em pó é que, para os produtores de drogas, o crack é muito mais acessível. Em resumo, o crack é uma forma muito barata de levar as moléculas de cocaína ao cérebro em segundos, provocando efeito muito intenso.
(1) MERLA – “a merla (mela, mel ou melado) é a cocaína apresentada sob a forma de base ou pasta, um produto ainda sem refino e muito contaminado com as substâncias utilizadas na extração” BRASIL, 2010, p. 27).
(2) OXI – “o oxi é um derivado da cocaína, vendido em forma de pedra, para ser fumado, assim como o crack. As duas drogas visualmente são quase idênticas. A diferença está exatamente no que é adicionado como ingredientes junto à pasta base de cocaína. No crack são adicionados éter, acetona e bicarbonato de sódio. No oxi, até onde se sabe, são utilizados gasolina, querosene e cal virgem” (FIOCRUZ, 2011, p.3)
OBS.: Texto extraído do manual Prevenção do uso de drogas: capacitação para conselheiros e lideranças comunitárias, Ministério da Justiça, SENAD. Páginas 198,199
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Enviado por Carlos Mascarenhaas.