Luiz Castro em: DECOLORES
Eleições
Não é de hoje que as eleições no Brasil apresentam casos engraçados que fogem de um comportamento cívico do eleitor. No passado não muito distante o eleitor brasileiro elegeu o rinoceronte Cacareco no Rio de Janeiro. Voto de protesto? Pode ser e pode não ser. O eleitor que votou no Cacareco sabia muito bem que sua escolha não passava de uma brincadeira. Mas eleição para cargos governamentais pode ser objeto de gozação? Claro que não. Eleição é manifestação do povo nas urnas. O voto é secreto e não deve ser usado como moeda de troca. A velha mania do você me dá que eu dou meu voto parece que já passou. Mas passou mesmo? Será que o mecanismo do me paga que eu dou permanece mais vivo do que antes? Os maus exemplos estão girando por aí nesta ciranda da banda podre das eleições. Votar no rinoceronte Cacareco é a mesma coisa que votar no Tiririca? Não é.
O rinoceronte é animal irracional e jamais poderia assumir um cargo de vereador ou deputado. Já imanaram o Cacareco acomodado no plenário da Câmara de Vereadores? Já o Tiririca é diferente. Ele fala, ele escuta, ele vota. Comparece às sessões. Não apresenta projetos, mas segue os parceiros que o orientam. Tiririca teve mais de um milhão de votos. Não queria ser candidato, mas foi convencido a participar da eleição. Sabem qual o motivo? Simplesmente para colocar na garupa de sua eleição mais quatro candidatos que jamais seriam eleitos. Tiririca foi a “mula” que carregou mais quatro candidatos. O que eles irão fazer ninguém sabe.
O certo é que terão os privilégios do cargo com todas as vantagens financeiras. Tiririca leva “algum” nessa transação? Pode ser, mas estes fatos não são divulgados. Só imaginados. Tiririca não é trouxa e não se deixa enganar pelos oportunistas. Votar em bichos já não faz parte das eleições de hoje que eliminaram essa espécie de brincadeira. Bicho não pode ser registrado como candidato e não vai aparecer na tela das urnas eletrônicas. A brincadeira não deixa de existir. O palhaço Tiririca é o representante dos bichos. E leva mais quatro na garupa até a reforma do Código Eleitoral. Será que sai a tal reforma? Só Deus sabe.
Colaboração de Luiz Castro
Bacharel Administração de Empresa