Luiz Castro em: DECOLORES
É guerra
As pessoas ficam muito preocupadas com o advento de uma guerra mundial Quando será? Quando o mundo vai acabar? O que acontecerá, e quem escapará? Se você parar um pouco para analisar a situação do mundo, hoje e sempre, em todos os setores, a conclusão é que sempre estivemos em guerra: individual; grupal; nuclear; atômica; e a guerra de informações que mata conceitos, idéias, religiões, sonhos e sai deformando o que encontra pela frente. A informação cria factóides, deturpa, derruba, mas também recupera monstros arquivados sobre processos esquecidos e guardados. O jornalismo tem o lado positivo: é a única oposição do planeta! Os partidos políticos se nivelaram…
O mundo acaba e começa todo dia! Os que esperam um grande estrondo para o começo do fim, ou mais dores alheias, algum fato extraordinário, é só acompanhar o que se passa no mundo, porque há fatos extraordinários e coisas impossíveis acontecendo de segundo em segundo, e dores, guerras, rumores de guerras. Não há escassez de estrondos nem de mortes. Há pessoas surdas, que nem percebem estrondos, e insensíveis que não se apavoram com todo tipo de morte.
“E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, verei, mas não percebereis” Mateus 23:14.
O mundo acaba toda hora! Basta precisar de uma ambulância, de vaga na UTI, de escola para um filho especial. A qualidade da educação denuncia o fim do mundo dessa criança e de sua família. E pior, se é que pode existir coisa pior: o contribuinte eleitor se apaixona pelo político algoz e o reelege para mais quatro, oito anos e sempre! Quer saber mais? Tem saudade dos corruptos… ”Rouba, mas faz”
Tudo ao redor cheira à transitoriedade, à mudança; razão pela qual ameaçar e amedrontar são verbos muito conjugados por aqueles que dominam pela mentira. Em meio a tantos desafios, o ser humano se embaraça nos labirintos do caminho que não soube construir e morre no corredor do hospital. Quando tem vaga, geralmente, o fim do mundo é do lado de fora, esperando. A família não pergunta mais como vai o doente. Pergunta para onde foi o doente. De vez em quando some um.
A Escola deve insistir no despertamento da sensibilidade e na formação de cidadãos educadores. Que a proposta pedagógica tenha objetivos alcançáveis, e que se deixem de lado os recursos antididáticos eleitoreiros, para que em meio a tantos desentendimentos se estabeleça a compreensão, o recomeço, o diálogo, a ética.
Muita atenção aos currículos, programas, planos, livros didáticos, e, sobretudo, à postura do educador, que inconsciente, vem usando a sua magia para formar poderosos soldados desta guerra, nada fria, no meio da paz quente que se inicia, quem sabe, dentro da sala de aula?
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Colaboração de Luiz Castro
Bacharel Administração de Empresa