É guerra

As pessoas ficam muito preocupadas com o advento de uma guerra mundial Quando será? Quando o mundo vai acabar? O que acontecerá, e quem escapará? Se você parar um pouco para analisar a situação do mundo, hoje e sempre, em todos os setores, a conclusão é que sempre estivemos em guerra: individual; grupal; nuclear; atômica; e a guerra de informações que mata conceitos, idéias, religiões, sonhos e sai deformando o que encontra pela frente. A informação cria factóides, deturpa, derruba, mas também recupera monstros arquivados sobre processos esquecidos e guardados. O jornalismo tem o lado positivo: é a única oposição do planeta! Os partidos políticos se nivelaram…

O mundo acaba e começa todo dia! Os que esperam um grande estrondo para o começo do fim, ou mais dores alheias, algum fato extraordinário, é só acompanhar o que se passa no mundo, porque há fatos extraordinários e coisas impossíveis acontecendo de segundo em segundo, e dores, guerras, rumores de guerras. Não há escassez de estrondos nem de mortes. Há pessoas surdas, que nem percebem estrondos, e insensíveis que não se apavoram com todo tipo de morte.

“E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, verei, mas não percebereis” Mateus 23:14.

O mundo acaba toda hora! Basta precisar de uma ambulância, de vaga na UTI, de escola para um filho especial. A qualidade da educação denuncia o fim do mundo dessa criança e de sua família. E pior, se é que pode existir coisa pior: o contribuinte eleitor se apaixona pelo político algoz e o reelege para mais quatro, oito anos e sempre! Quer saber mais? Tem saudade dos corruptos… ”Rouba, mas faz”

Tudo ao redor cheira à transitoriedade, à mudança; razão pela qual ameaçar e amedrontar são verbos muito conjugados por aqueles que dominam pela mentira. Em meio a tantos desafios, o ser humano se embaraça nos labirintos do caminho que não soube construir e morre no corredor do hospital. Quando tem vaga, geralmente, o fim do mundo é do lado de fora, esperando. A família não pergunta mais como vai o doente. Pergunta para onde foi o doente. De vez em quando some um.

A Escola deve insistir no despertamento da sensibilidade e na formação de cidadãos educadores. Que a proposta pedagógica tenha objetivos alcançáveis, e que se deixem de lado os recursos antididáticos eleitoreiros, para que em meio a tantos desentendimentos se estabeleça a compreensão, o recomeço, o diálogo, a ética.

Muita atenção aos currículos, programas, planos, livros didáticos, e, sobretudo, à postura do educador, que inconsciente, vem usando a sua magia para formar poderosos soldados desta guerra, nada fria, no meio da paz quente que se inicia, quem sabe, dentro da sala de aula?

Colaboração de Luiz Castro

Bacharel Administração de Empresa