Mais um ano se passou e os bons momentos da vida, feitos de tudo que é originado pelo amor, de uma maneira simples e bela, como um olhar, um sorriso, um gesto de amizade, foram apreciados e cultivados, diante dos momentos artísticos que aconteceram  no Projeto Cantando para Jorge – Música na Praça, em sua sexta edição, na Praça Castro Alves, em Ilhéus/BA, de autoria do músico ilheense ITASSUCY, onde a música trouxe alegria, festa, brilho, prazer, encerrando mais uma etapa. Muitos desafios foram vencidos.

Agradecemos a Deus pelos presentes recebidos, porque cada artista que lá se apresentou, em particular, nos marcou de uma maneira única e especial.

De nossa parte podemos afirmar que procuramos realizar o melhor para o público, apesar de não ter sido fácil. Esperamos que os momentos vividos e compartilhados sejam a alavanca para em outubro de 2016, oferecer mais momentos como os que aconteceram no decorrer do projeto.

Que apesar de tudo o que estamos vivenciando possamos encontrar espaço para a alegria, para o encontro com as pessoas, para sonhar, acreditar em um mundo melhor e agir por um mundo mais humano. Que possamos sentir mais forte o significado da palavra amor, e que tenhamos a oportunidade de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes. Agradecemos a presença de cada um, esperando estar mais uma vez, em outubro de 2016, em suas companhias.

Queremos expressar a nossa gratidão a Prefeitura Municipal de Ilhéus pela cessão do espaço, a Polícia Militar, nas pessoas do Major Câmara e Capitão Hosanah, João Paulo do Toldos INTAL, Newton Novais, Lukas Paiva, Ismeraldo Pereira, Prof. Givaldo Sobrinho, Carlos Mendonça, Base LIBA na pessoa de Libério Menezes Filho, Posto Brasil I e II na pessoa de Jorge Brito, Luis Trípodi, José Augusto Campos, José Antonio, Cipá, Serginho Mendes, Gilvan Tavares, aos comerciantes da Praça, Quibe de D.Gel, QG do Rei, Acarajé de Irene, Pizza do Magela, Caixeiro do Caldo Cana, Churrasco Barriga na Brasa, Quibe do Nacib, Tapioca no Pacote. Obrigado por acreditarem no projeto, obrigado de apesar da crise, terem a sensibilidade de perceber a importância de ajudar a trazer alegria às pessoas, isso os torna especiais, que Deus lhes dê em dobro. Sem vocês o evento não teria acontecido. Obrigado, até outubro de 2016.

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” Fernando Pessoa.

 Socorro Pastor

Assistir uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história. É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias verdades, sem esconder seus pequenos defeitos – Aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelanas. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em que sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais. Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal, mas difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidade, revelar nosso interior. Mas é com certeza o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos e o que trazemos de belo de lindo de maravilhoso por dentro.

Não conheço strip-tease mais sedutor. Martha Medeiros

 Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói à ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco – em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ”Olha que estou tendo muita paciência com você!”
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa – uma mulher. Lya Luft