Estamos num novo ano e com ele o nosso País viveu a era de tantos gastos com preparações de solenidades de posses, algumas até através liminares judiciais, e assim muitos candidatos eleitos assumiram os seus cargos de vereadores e prefeitos. Nessa luta valeu tudo, até a honra em beneficio do poder. Vale então salientar: afinal o brasileiro é infiel ou verdadeiro em suas promessas! Tem algumas pessoas que até comentam, relatando que nem todos são assim, coisas de alguns crédulos e pudicos morais. No entanto, podemos colocar exceção num breve olhar para a política em período eleitoral. Imponderadamente ainda continua impossível ganhar uma eleição no Brasil sem grandes promessas e sem uma grande quantidade de reais para os gastos com impensáveis condições de comprovações de contabilização.

Existiram as compras de adesões, pagamentos de cabos eleitorais, acertos financeiros para a manutenção de bases, e outras coisas que ficam muito difícil de serem descobertas pelas autoridades eleitorais e a população, de um lado quem deveria fiscalizar e do outro os eleitores protagonistas dessa turma de políticos espalhados em todo o nosso país. O que se viu nas eleições foi às promessas jogadas nos horários eleitorais e nessa onda fica difícil à tarefa de avaliar qual o candidato mentiu menos.  Muitas conversas pré-elaboradas no sentido de agradar a uns e enrolar finalmente a sofrida população brasileiras mais uma vez.

Então a desvairada promessa continua sendo o melhor produto do marketing para as eleições no Brasil. E também jamais será extinto o famigerado caixa dois. Virou rotina e não tem Justiça que dê conta para exterminar essa doença crônica criada no Brasil, fornecedora de alicerces para a corrupção imprevisivelmente indestrutível. Tudo isso porque são altíssimas as promessas que no final nada foi criado para beneficiar os brasileiros em sua cidadania e bem-estar social.

Poucos têm a sensatez de levar a sério as leis eleitorais que sob o aspecto material, mesmo tendo o conhecimento de que crimes eleitorais são todas aquelas ações ou omissões humanas, sancionadas penalmente, que atentem contra os bens jurídicos expressos nos direitos políticos e na legitimidade e regularidade dos pleitos eleitorais. Dizem até que algumas autoridades ligadas aos pleitos eleitorais fazem vistas grosas e deixam sob o domínio das impunidades.

De forma geral, esse crime caracteriza-se pela obtenção de vantagem ilícita com prejuízo para outra pessoa, a partir da indução ao erro mediante fraude. A pena atualmente prevista é reclusão de um a cinco anos e multa. É certo que o estelionato eleitoral encerra o mesmo tipo de fraude, só que em relação ao exercício da cidadania. A campanha eleitoral nesse país é uma verdadeira ficção, em que os candidatos, em sua grande maioria nos tratam como idiotas, pois quase que instantaneamente ao seu término, a vida real retoma e vimos que estávamos sendo enganados de modo proposital. E agora, será que dá para continuar dessa maneira?

As cenas dos processos eleitorais em nosso país são sempre manipuladas por marqueteiros e eles de forma inusitada dominam a cena do processo eleitoral, tornando o exercício civil do cidadão brasileiro em maneira de muitos espertos ganharem dinheiros ilícitos. Cadê as ideias dos senhores candidatos e partidos políticos para o uso da moral e da ética? E não podemos esquecer-nos de perguntar quais os programas de governos dos candidatos e a efetiva discussão de todos eles durante a campanha? Nos meios jurídicos até se fala com certo desdém quando o tema é a criminalização dessas condutas.

No Brasil a maioria dos candidatos se elege sem nenhum programa de governo projetado para a realização da administração pública séria e honesta. Vai enrolando e não aparece nada que afirme, mesmo que supostamente, uma planilha de trabalho. E sem essa importante realidade o nosso dinheiro é jogado nos bolsos de alguns ou no lixo.

Nas eleições do presente, diante de tantos marqueteiros de habilidades muitas vezes criminosas, foi suprimido o romantismo do partidarismo político, em que se aposentaram os bons discursos e acabaram com a presença física dos candidatos. A promessa e a falsidade são os elementos mais usados. Oferecer ou prometer a alguém deve ter a intenção especial, nesse caso, da obtenção do voto ou mesmo conseguir a abstenção, verirfica-se então o processo de má conduta. Trata-se de um crime formal, pois não depende da ocorrência de resultado. Nessas condições os brasileiros continuam amargando as péssimas ações administrativas de tantos políticos incautos e desonestos. PENSEM NISSO!!!

Eduardo Afonso – Ilhéus-Bahia.