Faleceu ontem, sexta-feira, 15, no Rio de Janeiro, o Professor Carlos Eugênio Baptista, da UESC.
Conhecido como “Patati”, em 1998 ele foi um dos fundadores do curso de Comunicação Social – Rádio e TV da universidade. Pesquisador de quadrinhos, roteirista, estudioso de cinema e literato, Carlos Eugênio marcou muitos dos seus alunos com aulas geniais, num tempo em que a UESC sequer havia montado os laboratórios do curso.
Graves problemas de saúde e complicações geradas pelo diabetes levaram “Patati” a se aposentar precocemente. De volta ao Rio de Janeiro, onde nasceu, manteve a militância intelectual, sobretudo em torno dos quadrinhos, mesmo com as limitações impostas pela doença.
“Acho que ele deu aulas na UESC durante três ou quatro anos. Porém, tenho para mim que seus alunos nunca mais foram os mesmos. Era um homem da arte universal. Debatia com amor e paixão o cinema, de Luis Buñuel a Nelson Pereira dos Santos, a literatura de Tolstói aos relatos de Drauzio Varella sobre o Carandiru. Era clássico sem perder a atenção para o novo. Foi também um entusiasta da ficção, projetava filmes em rolos para os alunos e incentivou a criação de um cineclube dentro do curso. Para mim, o maior feito de Patati, como professor, foi apresentar o filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, para alguns alunos que só queriam saber da banda de forró Calcinha Preta (risos). Nesse caso teve dificuldades, mas convenceu a maioria. Ele faz parte de um grupo restrito de figuras que deixam as melhores lembranças”, afirma o editor deste blog, Emílio Gusmão, que foi aluno de Patati.
O site Universo HQ traz mais informações sobre o legado de Carlos Eugênio “Patati”, que faleceu aos 58 anos após um ataque cardíaco.
Grande personalidade, talvez pouco reconhecida. Que seu legado floresça!