Parece até uma urucubaca. Entra ano, sai ano, entra prefeito, sai prefeito e ninguém consegue dar jeito na coleta de lixo de Ilhéus. Nenhum deles consegue realizar uma coleta regular e decente durante todo o mandato, em respeito aos munícipes que depositam esperançosamente o voto na urna eleitoral.

Estou falando de uma das atividades primárias de qualquer gestão municipal. Uma coleta de lixo regular e digna é o básico do básico na administração de um município, isso em qualquer lugar do mundo, sendo o povo educado ou não. É questão de saúde pública, caramba!

O lixo doméstico fica exposto nas portas das casas por dias e mais dias, havendo casos de passar cinco, sete dias sem coleta. Não é preciso ser médico nem gestor público para saber que lixo atrai mais doenças e tratar essas doenças, ao invés de preveni-las, acaba onerando os cofres do próprio município.

O lixão do CAIC, esse nem se fala. São 25 anos sem solução e, hoje, as montanhas de lixo já invadem as dependências do colégio, num absurdo que só vendo pra crer. Dengue, zika, chicungunya, febre amarela e microcefalia até parece que são coisas do passado.

Vira e mexe ouvimos a justificativa de que “o contrato com a terceirizada da coleta findou”. Parece até que nunca se ouviu falar em “plano B” nem se sabe o que é um plano de contingência ou um plano emergencial.

Fico imaginando a orla sul toda remodelada, mas cheia de lixo às suas margens, por dias, sem recolhimento. Vai adiantar?
Nilson Pessoa