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:: 18/maio/2021 . 18:56

ESTRADA DE FERRO DE ILHÉUS – DECOLORES

Recordo-me da época que a Estrada de Ferro de Ilhéus funcionava em nossa cidade. Vez em quando viajava para Pirangy com meu saudoso pai para visitar minha avó e meus tios. O horário da partida do trem era pontualmente às 7:00 horas. O Chefe da estação soava o apito anunciando a partida. A viagem era uma delícia, o trem passava por diversas estações e havia embarque e desembarque de passageiros. Existiam dois tipos de locomotivas a óleo e a lenha que costumava soltar faíscas (labaredas) que além de entrar nos olhos, provocava forte ardor como também queimava as roupas dos passageiros. Sempre aos domingos havia partida de futebol nos distritos e nas cidades de Poiri, Pirangy e Agua Preta, e as equipes de Ilhéus iam disputar a peleja amistosa. A locomotiva era ornamentada com folhas de pitanga e palhas de coqueiros. A viagem era animada com batucadas e cantarolas alegrando a todos. Em cada estação aproveitávamos para comprar cordas de caju, laranjas e beijus gostosos. Ao aproximar-se dos distritos e cidades o maquinista da locomotiva apitava anunciando a chegada do trem. .

Havia também um tipo de locomotiva conhecida por “mutriz” que fazia a linha urbana dos Bairros do Malhado, Barra e Iguape.

Na plataforma de passageiros da Estrada de Ferro existia um serviço de bar explorado pelo saudoso Garangau. Lá, os roceiros “capiais” e pequenos agricultores após fazer suas compras no comércio e na feira livre da Avenida Dois de Julho, se reuniam para trocar idéias sobre a produção de cacau e contar suas proezas no mulheril da cidade.

HISTORICO DA ESTRADA DE FERRO – A linha-tronco Ilhéus-Itabuna foi aberta em 1910 em seu primeiro trecho, por investidores ingleses da The State Of Bahia South Western Railway Company Limited, com a idéia de alcançar Conquista (Vitória da Conquista). O primeiro ramal, o de Água Preta (Uruçuca), que partia da estação de Rio do Braço, foi aberto ao tráfego em 1914 e estendendo-se até Pirangy (Itajuipe) e Poiri (Ubaitaba), aonde chegou em 1934. Em 1950, os ingleses repassaram a estrada ao Governo pelo fato de

já estarem satisfeitos com o que arrecadavam somente com as linhas existentes. O Governo por sua vez mudou o nome para E. F. de Ilhéus. A estrada jamais chegou a Conquista. Em 1963 a E.F.I. já estava decadentissima e em 1965 não mais funcionava.”

Infelizmente não temos nenhuma relíquia das estações de passageiros e das locomotivas. Até mesmo a locomotiva que estava na área do Detran não existe mais devido o corrosão do tempo. Infelizmente nossos jovens não tiveram conhecimento sobre a existência em nossa cidade da Estrada Ferro que trafegava em pleno centro da cidade. Ficaram apenas lembranças de um passado histórico dos meios de transportes existente na época: Trem, lanchas marítimas e os ônibus da Sulba .

Luiz Castro

Bacharel Administração de Empresa

Fotolivro ‘Saberes: Flores e Frutos do Mar’ destaca histórias e desafios de marisqueiras do sul da Bahia

O fotolivro já está disponível para leitura na versão online. Uma live para partilhar o processo de produção 
será realizada no dia 20 de maio, às 10h, no Instagram @raizdemare 

Em meio à Mata Atlântica, no sul da Bahia, cinco mulheres transformam suas vidas e os seus entornos por meio de suas relações de subsistência e de defesa da natureza. Angelina, Rita, Dulciene, Maria Raimunda e Eduarda são as marisqueiras que protagonizam “Saberes: Flores e Frutos do mar”, o primeiro fotolivro digital da série Raiz de MarÉ, da artista visual Mariana Cabral.  

A arte da pesca e da mariscagem, na maioria das vezes passados por suas mães e avós, traz para essas mulheres a oportunidade de uma vida livre e a força para buscar os seus direitos. Seus corpos revelam suas histórias e exibem as marcas de um trabalho que exige esforço e acarreta riscos. Mas também são testemunho de dedicação a um lugar que lhes permite a necessária autonomia financeira para seguirem desafiando a violência doméstica e as ameaças externas, como empreendimentos empresariais e grandes obras que impactam nas águas do mar, do rio e nos mangues, transformando diretamente suas vidas e seus territórios.

Com foco na leitura visual de fotografias resultantes de vivências realizadas durante o mês de março deste ano na Aldeia Zabelê (no município de Una), e no entorno da Associação de Pescadores e Marisqueiras do Bairro São Miguel (norte do municípios de Ilhéus), a artista visual Mariana Cabral mostra detalhes dessas mulheres e de suas histórias invisibilizadas. Os textos da jornalista Aline Frazão trazem as vozes dessas mulheres e enriquecem a percepção sobre suas formas de ver e viver o mundo.

Para Mariana, que além de fazer as fotos também realizou o projeto gráfico do livro, é preciso criar mais espaços para a reflexão, para a sensibilização, e para um posicionamento social que seja crítico e construtivo. “A fotografia está para além da estética, tem potencial transformador! Uma honra conhecer cada uma dessas mulheres e poder apresentar parte de suas histórias. Uma honra construir, junto a outras mulheres, essa travessia fotográfica de integração, diálogo e troca”, comemora. O fotolivro já está disponível em https://www.raizdemare.com/sobre-saberes-flores-e-frutos-do-mar  .

Para compartilhar o processo de produção, realizado em total conformidade com as orientações da Organização Mundial de Saúde para a contenção da pandemia da COVID-19, a equipe realizará uma live com participação das cinco marisqueiras protagonistas e também da empreendedora social Ashoka, Maria do Socorro Mendonça, que partilhará informações acerca dos impactos ambientais nessas localidades. O bate-papo virtual será na quinta-feira, dia 20 de maio, às 10h, no perfil @raizdemare, no Instagram.

“Saberes: Flores e Frutos do Mar” é um projeto produzido por uma equipe feminina, composta também por Naiara Gramacho e Potyratê Tê Tupinambá na produção; Marcela Bertelli na revisão; e Tacila Mendes na assessoria de comunicação. Sua realização tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal. 

Sobre a artista visual Mariana Cabral – Graduada em Design Gráfico pela Fundação Mineira de Educação e Cultura, em Belo Horizonte, MG/ 2009. Realiza trabalhos de fotografia e design gráfico para revistas, festivais de cinema, teatro e música. Na sua trajetória, destacam-se registros etnográficos de culturas tradicionais e originárias. Atua também com captação e edição de vídeos, além de ser arte-educadora, ministrando oficinas de audiovisual em parceria com organizações não governamentais. A fim de ampliar vozes e compreensões de mundo, idealizou a série de fotografias ‘Raiz de MarÉ’, cuja primeira edição resultou no fotolivro ‘Saberes: flores e frutos do mar’, apoiado via Lei Aldir Blanc (Bahia). 





















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