:: 12/jul/2024 . 18:53
DO FUNDO DO BAÚ DE JOSÉ LEITE
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Festival Julho das Pretinhas iniciou 8ª edição nesta quinta-feira (11)
O Festival Julho das Pretinhas chega à sua 8ª edição com programação repleta de atividades artísticas e educativas. Com lançamento agendado para esta quinta-feira (11), o evento é voltado para crianças e adolescentes negras, responsáveis, ativistas, educadores, agentes culturais e organizações educacionais e artísticas. O evento será conduzido em formato híbrido.
Buscando potencializar a produção artística voltada para o público infantil, sobretudo as meninas negras, o evento aborda o tema “feminismo negro” em sua programação, compreendendo a importância da politização e do empoderamento. Com conteúdo afirmativo e identitário, a atividade reforça a necessidade da autoafirmação da identidade na infância negra e a valorização da autoestima deste público que por muito tempo não se via representado. :: LEIA MAIS »
ÁRVORE & FAMÍLIA
Luiz Ferreira da Silva, 87
luizferreira1937@gmail.com
A árvore tem raízes que se ficam no solo e emitem radicelas que vão extrair os minerais que, por sua vez, sobe na seiva para alimentar as folhas que, sob a luz do sol, vira um laboratório químico de produção de carboidratos, formando os frutos alimentícios. :: LEIA MAIS »
Em 9 de julho lembramos da Revolução Constitucionalista de 1932: Luta pela Democracia e a Constituição
Apesar da derrota militar, o movimento pavimentou o caminho para a convocação da Assembleia Nacional Constituinte e a promulgação da Constituição de 1934
Por Carol Santos
A Revolução Constitucionalista de 1932, um dos episódios mais marcantes da história brasileira, teve início em 9 de julho daquele ano e se estendeu até outubro. O movimento, centrado no estado de São Paulo, tinha como principal objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova Constituição para o país. Este período é lembrado não só pela luta armada, mas também pelo clamor popular por um governo constitucional e democrático.
Após a Revolução de 1930, que levou Vargas ao poder, o Congresso Nacional foi dissolvido e a Constituição de 1891, suspensa. Em resposta, paulistas insatisfeitos com o governo centralizador de Vargas e a falta de uma nova Constituição organizaram um levante armado. O movimento, que uniu civis e militares, reivindicava a reconstitucionalização do país e a restauração da autonomia dos estados, especialmente São Paulo, que se sentia prejudicado pelas mudanças políticas recentes.
A mobilização foi massiva. Milhares de paulistas aderiram à causa, formando um exército de voluntários. No entanto, apesar do grande apoio popular, a Revolução Constitucionalista terminou em derrota militar para os paulistas em outubro de 1932. As forças federais conseguiram sufocar o movimento após intensos combates. “A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um marco na luta pela democracia no Brasil. Apesar da derrota militar, o movimento pavimentou o caminho para a convocação da Assembleia Nacional Constituinte e a promulgação da Constituição de 1934”, afirma Marco Túlio Elias Alves, advogado e autor do livro Primeiros Passos para Entender a História do Direito.
Embora os objetivos iniciais não tenham sido alcançados de imediato, a Revolução de 1932 teve um impacto significativo na política brasileira. A pressão exercida pelo movimento paulista levou Vargas a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte em 1934, que resultou na promulgação de uma nova Constituição. Este avanço representou uma importante vitória moral e política para os revolucionários e para aqueles que ansiavam por um governo constitucional.
Anualmente, no dia 9 de julho, o estado de São Paulo comemora o feriado estadual em memória da Revolução Constitucionalista. Este dia permite lembrar o sacrifício daqueles que lutaram por uma ordem constitucional e para celebrar os ideais democráticos que guiaram o movimento. “A Revolução Constitucionalista de 1932 simboliza a resistência e a luta incessante pela justiça e pela democracia. É um capítulo importante da nossa história que deve ser sempre lembrado”, conclui Marco Túlio.
A lembrança deste movimento é fundamental para a construção da identidade democrática brasileira, reforçando a importância da participação popular e do respeito às leis e instituições. A Revolução Constitucionalista de 1932, embora uma revolta armada, foi, acima de tudo, uma reivindicação por um país mais justo e democrático.
COLETIVO PRESERVA ILHÉUS concorre a Prêmio Nacional
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