Por Paulo Paiva – Jornalista / Sul da Bahia
Estocolmo – 1972, pela primeira vez os líderes mundiais se reúnem para discutir o Meio Ambiente, o novo termo para designar o paraíso e o inferno na terra, que com as mãos, o ser humano molda. O que chama todos é a necessidade de combater à poluição, e uma reflexão profunda sobre o modelo de desenvolvimento.
Rio de Janeiro – 1992, o Brasil é o primeiro país do mundo a assinar o Tratado do Clima, e nasce o conceito de desenvolvimento sustentável, a nova guia que substitui, integra ou representa outras expressões, como democracia, justiça social e conservação ambiental, e ilumina uma nova compreensão da realidade.
Rio de Janeiro – 2012, a terceira conferência, agora, da economia verde. Ficam duas questões: Como resolver o descompasso entre as necessidades existentes, e o sistema político de decisão? E qual é a velocidade em que essas mudanças precisam ocorrer? Para que essa conferência possa valer o que vale, precisa ser +40, e honrar as aspirações de 62 em Estocolmo, e de 92 no Rio, e avançar realmente mais, que a Rio+5, Rio+10 (Josannesburgo – Africa do Sul – 2002) e Rio+15. Entender o que, de fato, representa uma conferência mundial de meio ambiente é um bom começo, ainda que ela tenha menos importância na mídia, que a crise econômica, e os escândulos de corrupção, aqui mesmo, no Brasil.
Gente do mundo todo está sintonizada com essa conferência, virtualmente, sem ir ao Rio. Uma coisa já sabemos. Que a conferência da ONU, ela própria, enquanto entidade, pelo seu significado de união dos povos, e salvaguarda das riquezas da terra; pela sua capacidade de atrair a pluralidade, e a convergência do pensamento global, ajuda o Brasil, passo a passo, a hastear uma bandeira, maior do que a si promete. Uma bandeira maior que nós -planetária; que está sendo hasteada aqui, não por acaso, mas por ser esse país, um “gigante pela própria natureza” – mais água da humanidade, que todos os outros países. Não por dádiva, ou talvez sim, aqui se encontram os piores exemplos de terra de poucos ricos e muitos pobres.
A política global, que toma decisões sobre a vida, precisa estar em sintonia com a natureza, e essa natureza é inclusiva de liberdade, diversidade, e unidade no extra e ordinário ser humano. Os recursos plenos da civilização global, essência do bem maior do conhecimento e da razão, obtido por intensa luta, e grande dor da humanidade, durante a história do século XX, precisa servir de luz para o futuro próximo, que se apresenta no século XXI, como cobrador de dívidas passadas, e saldador de um caminho prolongado de paz e prosperidade.

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