:: ‘Agricultura’

Paulo sergio Cortizo

Durante as comemorações do Dia Internacional do Cacau, domingo, 15, na Ceplac, o Instituto Biofábrica firmou convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), no valor de R$ 400 mil. Os recursos serão aplicados na produção de mudas de cacau melhoradas geneticamente pela embriogênese somática. O convênio foi assinado pelo diretor-geral da Biofábrica, Henrique Almeida, o titular da SDC, Erikson Camargo Chandorra e o diretor-geral da Ceplac, Jay Wallace.

Os recursos serão repassados pelo Mapa à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária da Bahia – Seagri – órgão do governo estadual a quem a Biofábrica está vinculada. Chandorra considera o convênio um passo importante para o desenvolvimento da lavoura cacaueira.  “A transferência de tecnologia aos produtores rurais fortalece a cacauicultura”, diz ele. Henrique Almeida diz que a utilização da melhoria genética dos cacaueiros sempre foi um sonho na região.

Almeida explica que este convênio proporcionará à Biofábrica produzir mudas de cacau micropropagadas, a partir da flor do cacaueiro (embriogênese somática).  “Com estes recursos, poderemos solucionar um dos maiores problemas da nossa unidade de produção em Banco do Pedro, que é a baixíssima densidade de plantas matrizes por hectare, hoje em torno de 500, podendo multiplicar para 10 mil plantas em sacola por hectare”, justifica.

Na primeira fase do programa, serão plantadas, em dois hectares, 20 mil matrizes de mudas melhoradas geneticamente. “Prevemos uma acentuada redução de custos, pois hoje as palmas vêm da Fazenda Jacy, em Arataca, que pertence à Uesc, e fica a mais de 100 quilômetros da unidade de produção, o que provoca a desidratação das palmas, reduzindo o índice de aproveitamento em 50%”, esclarece Henrique Almeida.

O convênio vai permitir também a instalação de uma estufa climatizada, que servirá de “matrizeiro”, proporcionando, conforme Henrique Almeida, “um grande salto de qualidade nas matrizes, onde teremos total controle de pragas e insetos”. Na solenidade, o diretor-geral da Ceplac, Jay Wallace parabenizou a diretoria da Biofábrica pelo avanço tecnológico e o diretor-executivo da CAR (Companhia de Ação Regional), José Vivaldo de Mendonça Filho, elogiou o empenho de Henrique Almeida para a reestruturação da cacauicultura.

A comemoração do Dia Internacional do Cacau, realizada no domingo (15), na Superintendência da Ceplac na Bahia, mais que celebrar a cultura cacaueira, marcou o início do processo de retomada da produção, visando garantir a autossuficiência do Brasil. O projeto “Cacau: Autossuficiência com Sustentabilidade” foi entregue ao secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Erikson Camargo Chandoha, que representou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro no evento.

Participaram da comemoração, ainda, produtores, agricultores familiares, autoridades, como os prefeitos de Ilhéus e Itabuna, Newton Lima e José Nilton Azevedo, o deputado federal Geraldo Simões e a representação do Mapa, através do secretário Erikson Chandoha. Também estiveram presentes o diretor-geral da Ceplac, Jay Wallace, e o superintende regional, Juvenal Maynart, além dos diretores dos centros de Pesquisa (Cepec), Adonias de Castro, e da Extensão (Cenex), Sérgio Murilo, e de dirigentes de entidades de produtores e ONGs, como Guilherme Galvão, da APC, e Durval Libânio, do Instituto Cabruca e presidente da Câmara Setorial do Cacau.

Este ano, o ponto alto da festa ficou dividido entre a tradicional premiação do Cacauicultor do Ano e do Agricultor Familiar Destaque e a palestra de apresentação do projeto para a autossuficiência, que foi entregue a Chandoha. Os dois agricultores premiados foram Jorge  Roque  Carilo  Pinto, da Fazenda São Jorge, em Ilhéus, representando o agronegócio, e Manoel Ismael de Jesus, pela agricultura familiar, com propriedade em Valença. A palestra foi apresentada pelo chefe do Cenex, Sérgio Murilo. A programação ainda contemplou o lançamento do livro do pesquisador Raúl Valle, “Ciência, Tecnologia e Manejo do Cacaueiro”, e a comeoração do 41º aniversário da Revista Agrotrópica (que pode ser visualizada no site www.ceplac.gov.br/paginas/agrotropica/).

Cabruca e autossuficiência

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Cerca de 4 mil toneladas de cacau, importadas pela Nestlé, está retida no Porto de Ilhéus no sul da Bahia. Fiscais do Ministério da Agricultura encontraram insetos vivos nas sacas com cacau, e caso os analistas constatem que o material representa risco, o lote será devolvido à origem conforme a Legislação vigente.

De acordo com o jornalista Laudeci Silva, que fez a denuncia em uma rede de produtores, conhecida como “Lista do Cacau”, a situação é grave e merece extrema atenção. “Assim como foi falho o tratamento fitossanitário que chegou a partida com inseto vivo, imagine se chegar a Striga, a Monília, o VSD (Vascular Streak Dieback), a Virose do cacaueiro, e outras pragas? E se não já chegou, haja vista que só este ano (2012) já chegou ao Porto de Ilhéus, mais de 40.000 toneladas de cacau”, conclui.

Fonte: Mercado do Cacau

A participação da Ceplac na Rio+20 (terça-feira, 19), foi avaliada como altamente positiva por quem esteve presente no auditório da Embrapa Solos, no Jardim Botânico. Os cases da cabruca e da Conservação Produtiva despertaram a atenção das principais organizações e personalidades ligadas à difusão dos sistemas agroflorestais no Brasil, assim como de autoridades do Ministério da Agricultura. Após o sucesso na conferência, o objetivo agora é emplacar um projeto que visa devolver ao Brasil a condição de autossuficiência em cacau, superando a necessidade de importação de matéria-prima da planta moageira instalada no país.

Hoje, a indústria moageira trabalha com déficit de cerca de 40 mil toneladas de cacau, e é obrigada a importar amêndoas de outros países produtores, como os da África, por exemplo. A autossuficiência trará, entre outras vantagens, a diminuição do risco de introdução de novas doenças na lavoura regional. “Aprovado o projeto, que apresentaremos ao Mapa após o festejo do Dia Internacional do Cacau (que este ano foi transferido para o dia 15 de julho), a proposta é retomar a autossuficiência em três anos – o que sigifica duas safras”, afirma o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart.

A autossuficiência também vai garantir que não só o produtor volte a ter o cacau como um negócio rentável, como também beneficiará toda a cadeia produtiva. “O conjunto da sociedade também será beneficiado com uma atividade que voltará a ser economicamente viável, mas também ambientalmente correta e socialmente justa, remunerando dignamente o trabalhador, observando seus direitos sociais e trabalhistas, além de dar ao produtor a condição de viver com dignidade de seu negócio”.

Ceplac fortalecida

O superintendente chama a atenção ainda para o fato de 2012 ser o ano internacional do cooperativismo, fato que reveste a Ceplac de uma importância ainda maior no contexto da sustentabilidade econômica, social e ambiental da agricultura brasileira. “Durante a Rio+20 ficou demonstrada a importância estratégica da cacauicultura baiana na construção de uma sociedade sem fome e sem miséria, a partir de uma cultura sustentável, como o cacau-cabruca”, lembra Juvenal Maynart.

A referência é ao documento que o Governo encaminhou para a ONU, como parte da contribuição brasileira para que o planeta alcance os objetivos da sustentabilidade, denominado “Contribuição da Agropecuária Brasileira na Construção de uma Sociedade Sem Fome e Sem Miséria e de uma Economia Sustentável”. “A cabruca é uma das 10 principais premissas da agricultura brasileira para se chegar a esses resultados”, analisa Juvenal Maynart.

Sinergia

Além do fortalecimento institucional, fruto de resultados apresentados pelo projeto Barro Preto – avaliados antes da Rio+20 por observadores do Mapa – a Ceplac se fortalece também junto à comunidade regional e aos produtores, uma vez que apresenta uma proposta de recuperação do poder produtivo da região cacaueira. “Há uma sinergia em torno do desenvolvimento da região com base na agricultura sustentável”, observa Juvenal Maynart.

Ele observa que nssa semana, por exemplo, foi divulgada a informação de que o Plano Plurianual (PPA) baiano prevê investimentos de R$ 7 bilhões até 2015 em programas relacionados à sustentabilidade ambiental. “Ora, nosso projeto de Conservação Produtiva trata essencialmente de sustentabilidade ambiental, com forte vocação para o cooperativismo e para a agricultura familiar”.

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Jornalista da Sueba – Superintendência da Ceplac na Bahia
Domingos Matos
Assessoria de Comunicação da Ceplac

Mantendo a expectativa de safra recorde, o fluxo de cacau continuou a crescer em todas as regiões produtoras nesta última semana. De acordo com a TH Consultoria, o total acumulado das entradas da Bahia já alcançou o recente número pico de 2010 e provavelmente ultrapassará na próxima semana.

Outros estados produtores do fruto estabeleceram novos recordes tanto para o volume semanal, quanto o total acumulado e mostram tendência de continuar crescendo. Tudo indica que a previsão original para a produção do Temporão desses estados de 620.000 sacas será superado.

No Brasil foi recebido na última semana, um total de 153.827 sacas de amêndoas com 60 kg, sendo que 102.434 sacas foram da Bahia, e 51.393 sacas de outros estados.

O fator que ainda não é motivo de comemoração é o preço pago ao produtor, que registrou um declínio fomentado pela alta das cotações externas e do dólar. “A queda do prêmio oferecido aos produtores decorre do forte aumento do volume das entradas, que está gerando problemas de logística às empresas compradoras ao atingir o limite da sua capacidade de processar recebimentos, forçando-as a tentar reduzir o fluxo de cacau que chega aos seus armazéns”, informou a TH Consultoria.

Os preços pagos registrado no eixo Ilhéus – Itabuna, sul do estado, gira em torno de R$ 74,00 – 77,00 a arroba. Fonte: Mercado do Cacau

Preço pago ao produtor de cacau volta a cair no sul da Bahia

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Por considerar que o pequeno produtor rural deve ter uma atenção especial do poder público e que os governos devem criar cada vez mais políticas de incentivos ao homem do campo, a pré-candidata a prefeita de Ilhéus pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Professora Carmelita, elogiou a Feira da Agricultura Familiar de Ilhéus e Festa do Milho, um espaço montado na avenida Soares Lopes destinado à diversão, gastronomia e comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar do município. O evento, realizado no período de 13 a 17 de junho, foi promovido pela Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar do Sul da Bahia (Coofasulba).

Professora Carmelita fez questão de visitar todos os estandes, onde teve a oportunidade de ouvir os pequenos agricultores e discutir com ele pontos importantes que serão colocados no plano de governo de sua candidatura a prefeita de Ilhéus. Ela também conheceu os produtos feitos pelos agricultores de Ilhéus e região, adquiriu vários alimentos e destacou a qualidade de cada um dos produtos. Na avaliação da Professora Carmelita, são iniciativas como essas, de incentivo e valorização da agricultura familiar, que vão garantir maior renda, qualidade de vida e emprego para os pequenos agricultores. A pré-candidata a prefeita também participou da solenidade de assinatura de convênios que visam garantir ainda mais incentivos para os pequenos agricultores de Ilhéus e da região.

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Um projeto piloto aplicado na zona rural de Barro Preto, no sul da Bahia, desenvolvido pela CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, tem apresentado uma nova forma de produzir cacau através das variáveis econômica, social e ambiental e será apresentado, como modelo, na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável (Rio+20), no próximo dia 19.

O projeto piloto intitulado: “Conservação Produtiva da Região Cacaueira da Bahia”, é o resultado da atividade técnica de conservação dos remanescentes florestais, conforme legislação ambiental, propondo ao mesmo tempo a inclusão social e a sensibilização dos produtores rurais e foi apresentado, em um dia de campo, no último dia 11, para a imprensa regional.

Para o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, esse é um momento importante para a região. “Isso abre caminho para que num futuro próximo, sejam adotadas políticas públicas de estado para o cultivo, com crédito e incentivos” diz.

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Quem passar pela Avenida Soares Lopes, principal cartão-postal e cenário de grandes eventos de Ilhéus, no sul da Bahia, vai encontrar um pouco do ambiente e das delícias gastronômicas do meio rural na área urbana. É a Feira da Agricultura Familiar de Ilhéus e Festa do Milho, um espaço destinado à diversão, gastronomia e comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar do município. A programação começa nesta quarta-feira, 13, das 9h às 23h, e prossegue até o dia 17. O evento é promovido pela Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar do Sul da Bahia (Coofasulba) e conta com o apoio do Sebrae.
O evento integra o calendário junino da cidade e, além dos estandes para exposição de geleias, canjicas, milho, cacau, chocolate fino, licores e muitos outros itens, a feira também oferece a moradores e visitantes apresentação de quadrilhas, violeiros, repentistas e bandas regionais. O espaço, segundo o analista do Sebrae, Jefferson Lomanto, é também destinado a socializar informações entre os agricultores familiares, no sentido de melhorar, cada vez mais, a produção local.
A Coofasulba possui cera de 1,5 mil associados e é um dos mais bem sucedidos projetos da agricultura familiar da Bahia. Sempre com o apoio decisivo do Sebrae, o grupo já fabrica uma série de produtos industrializados como achocolatados, curau de milho e de chocolate, que abastecem escolas da rede estadual. As iniciativas movimentam cerca de R$ 5 milhões por ano, que vão desde a realização de cursos de Assistência Técnica Rural para os seus próprios associados, em parceria com o governo do Estado, até contratos com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Esses números revelam a importância estratégica desse segmento para a economia regional”, destaca o coordenador regional do Sebrae, Renato Lisboa.
Crescimento – Com a Conab, além de recursos liberados para uso de Capital de Giro, a Coofasulba comercializa produtos in natura como banana, mamão, melancia, abacaxi e quiabo, além de polpas de frutas. Agora, com um novo contrato de parceria firmado com o Governo da Bahia, a meta é ampliar a produção para abastecer as escolas dos municípios atendidos pelas Direc´s de Ilhéus, Itabuna, Feira de Santana e Vitória da Conquista. “Estamos crescendo de forma organizada. Podemos ir muito mais longe”, analisa o diretor da Coofasulba, Dero Farias.

Para entrar no clima de São João com tudo que tem direito, a Cooperativa da Agricultura Familiar do Sul da Bahia (Coofasulba) realiza a partir da próxima quarta-feira (13) mais uma edição da Feira da Agricultura Familiar, na Avenida Soares Lopes, centro de Ilhéus.
A feira, realizada pela Coofasulba com o apoio dos governos federal e estadual, Ceplac, Conab e CAR, reunirá, durante cinco dias (de quarta a domingo), expositores e associações de trabalhadores que levarão desde bebidas e comidas típicas, até peças de artesanato, animais e o tradicional chocolate caseiro, produzido na região.
Para não deixar o público parado, o evento, que já está na quarta edição, contará com apresentações de bandas de forró durante todas as noites.
Para Dero Farias, coordenador da Coofasulba, o principal objetivo da feira é mostrar à comunidade as riquezas retiradas da zona rural de Ilhéus. Segundo ele, a cidade é basicamente rural, mas a população desconhece esse lado. “Essa é uma oportunidade de mostrar o que o interior do município é capaz de produzir”, afirmou.
De quarta-feira (13) até a sexta-feira (15), os estandes funcionarão a partir das 16h. No sábado (16) e domingo (17), a feira abrirá para visitação a partir das 10h.

Convite:

A Escola Nucleada de Aritaguá I convida todos a participarem da VI Feira Agrícola, cujo tema é: Jorge, Amado na Feira Agrícola que ocorrerá no dia 15 de junho de 2012 a partir das 16 horas na Escola Polo Nossa Senhora das Neves (Km. 10 Rod. Ilhéus – Uruçuca).
A Feira Agrícola é um evento que acontece pela sexta vez, fruto do trabalho realizado pela equipe pedagógica ao longo do primeiro semestre com a efetiva participação de todos os alunos que vivem no campo. A Feira é a oportunidade de apresentarmos a todos o que esses alunos sabem fazer e o que possuem de melhor nos espaços onde estão inseridos.
Até o ano passado, somente a EJA participava efetivamente do evento, esse ano, por entender que este é um projeto que promove o desenvolvimento sustentável por intermédio da escola, todos os seguimentos foram envolvidos.
O referido evento tem por objetivo propiciar a integração e socialização do fazer cultural através da valorização da produção do trabalho dos alunos em seus diversos espaços, contribuindo para melhoria das condições de vida e a fidelidade aos princípios éticos que norteiam a convivência solidária e colaborativa nas sociedades democráticas.