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Literatura Infantil para as Férias: Livro infantil (re)ensina as crianças o valor de olharem o mundo à sua volta
Pela telajanela” mostra o que os pequenos perdem quando colocam toda sua atenção nas telas dos eletrônicos
Quem nunca se deparou com uma criança de cabeça baixa dentro de um carro no banco de trás? A realidade dos pequenos, em um mundo tão tecnológico, faz com que eles esqueçam de olhar para o que os cerca e, com isso, deixam de testemunhar uma série de fatos que acontecem bem ao seu lado. Foi essa percepção que levou a escritora de obras infantis Giovanna Mazetto a criar “Pela telajanela” (Sowilo Editora), um livro que convida as crianças a explorar as infinitas possibilidades de imaginação e descoberta por meio de um simples olhar para o mundo exterior.
Em “Pela telajanela” acompanhamos a rotina de José Guilherme Rodolfo Lima Bravo, mais conhecido como ZéGui, um menino tecnológico, como quase todos da nossa época. Ele só saía de casa com seu tablet na mão. Enquanto as pessoas descobriam coisas incríveis pela janela do carro, ônibus, avião, e compartilhavam suas descobertas, ele só enxergava sua telinha individual. Até que percebeu que a vida – real ou imaginária – é mais interessante quando olhamos ao redor, ou para dentro de nós mesmos.
“A experiência pessoal é um fator determinante de todos os meus livros e, em ‘Pela telajanela’, foi ainda mais. A história surgiu justamente no trajeto entre a escola de inglês e a nossa casa, quando tentava fazer meu filho mais novo me contar um pouco do seu dia, observar as árvores floridas, as pessoas na rua e até os buracos do asfalto. Como ele não respondia porque estava concentrado no seu tablet, eu parei o carro e disse — Olha o dinossauro. Foi uma risada só!” – Giovanna Mazetto, escritora
Dados mostram que crianças e adolescentes brasileiros têm acessado a internet cada vez mais cedo e com mais frequência ano após ano. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online, em 2015, 11% das crianças relatavam ter tido acesso à internet até os 6 anos. Em 2023, esse número saltou para 24%. No ano passado, 91,2% das crianças de 10 a 13 anos afirmaram que acessavam a internet diariamente, tanto para navegar em sites como para entrar nas redes sociais ou jogar.
Pais, tios, padrinhos e educadores podem encontrar em “Pela telajanela” uma maneira lúdica, divertida e especial para educar os pequenos a darem chance ao “analógico” e viverem a leitura, as brincadeiras tradicionais e o mundo fora da dependência da tecnologia. “Somos exemplo para nossos filhos até quando achamos que eles não nos observam. Por isso, ter tempo para conversar, ler e ter contato com as crianças sem a interferência do celular fará com que eles entendam que temos como nos divertir muito fora das telas”, completa Giovanna.
Grupo Maktub agita cenário cultural com projetos e ações
Com uma trajetória marcada pela criatividade, inclusão e transformação social, o Grupo Teatro/Circo Maktub inicia um novo ano com pé direito, após o saldo positivo alcançado em 2024. A companhia ilheense realizou uma série de ações culturais, incluindo oficinas, espetáculos e eventos de grande alcance. Os destaques foram a 7ª Palhasseata de Ilhéus e o 2º Festival Palhasseata, a comemoração dos 20 anos do Projeto Ilheenses Amados, os cinco anos das Drags do Maktub e do Coletivo ArtDrag Sul Bahia e a oficina de Vivência com a Arte Drag, com sua quarta edição direcionada a mulheres drags. :: LEIA MAIS »
Grupo Maktub celebra 20 anos do Ilheenses Amados no Bataclan
Coronel Horácio e quengas irreverentes ao dispor do público. Esses personagens contam a história do auge ao declínio da lavoura cacaueira na região Sul da Bahia. O projeto Ilheenses Amados faz isso há 20 anos. E o Grupo Teatro/Circo Maktub vai comemorar neste sábado (28), no Espaço Cultural Bataclã, em Ilhéus. As encenações que encantam turistas do Brasil e do mundo acontecem a partir das 10h30.
O projeto Ilheenses Amados surgiu em 2004, reunindo teatro, literatura e turismo para preservar e celebrar histórias regionais sob a ótica jorgeamadiana. Inspirado em linguagens como Teatro de Revista, cabaré e teatro popular, o grupo mantém a proposta atualizada e relevante, oferecendo ao público uma imersão cultural que valoriza o patrimônio imaterial e a identidade local.
Desde sua estreia, a iniciativa do Grupo Teatro/Circo Maktub ultrapassou os limites do Bataclan, alcançando outros espaços culturais e eventos. Ao longo de sua trajetória, consolidou-se como um marco na cena teatral do sul da Bahia.
Entre as atividades que compõem o projeto estão o Receptivo Dramático no Bataclan(realizado em dias de paradas de transatlânticos), a Foto Temática do Cabaré, o Tour Dramático pelo espaço, os espetáculos Histórias de Cabaré e Das Matas ao Progresso, além de oficinas de teatro popular. Em 2006, o projeto foi destaque no 2º Salão Nacional de Turismo, em São Paulo. Cinco anos depois, em 2011, recebeu financiamento da FUNCEB, levando apresentações a comunidades indígenas e assentamentos do sul da Bahia. :: LEIA MAIS »
Campanha de Natal da Hemoba incentiva a doação para reforçar o estoque de sangue

Processo seletivo da UFSB oferece 684 vagas para graduação
Quem deseja iniciar ou retomar os estudos em nível superior na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) terá uma oportunidade extra, além do processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A universidade publicou edital próprio de processo seletivo com 684 vagas residuais para diversos cursos de graduação nos três campi, incluindo nesse total 25 vagas novas para o curso Superior de Tecnologia em Produção de Cacau e Chocolate. Estudantes selecionados e matriculados poderão se inscrever para seleções de bolsas e auxílios estudantis, conforme cumpram com as condicionalidades previstas nos editais geridos pela Pró-reitoria de Ações Afirmativas (PROAF).
As inscrições estão abertas de 19 de dezembro de 2024 a 09 de janeiro de 2025 pelo formulário online. Três categorias de participação estão previstas: :: LEIA MAIS »
Pesquisa testou processo de reaproveitamento de resíduos de gesso e de fibra de coco
O reaproveitamento do gesso acartonado, também chamado drywall, é o tema de uma tese aprovada no Programa de Pós-graduação em Biossistemas (PPGBiossistemas), mestrado e doutorado acadêmico oferecido pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Com o título Estudo do comportamento do gesso reciclado aditivado com emulsão de PVA e fibra curta de coco verde tratada, a tese desenvolvida e apresentada pela recém-doutora e engenheira civil Sandra Cunha Gonçalves foi examinada e aprovada em 19 de agosto de 2024 pela banca composta pelo orientador e presidente da banca, professor Milton Ferreira da Silva Junior (CFTCI/UFSB), professora Silvia Kimo Costa (POPTECS/UFSB), professor Paulo Roberto Lopes Lima (UEFS), professor Everton José da Silva (IFBA), professor José Renato de Castro Pessôa (UESC) e professor Erickson Fabiano Moura Sousa Silva (UESC).
A engenheira civil, pesquisadora e inventora Sandra Cunha Gonçalves explica que o tema tem importância ambiental e econômica. As chapas de gesso acartonado, ou drywall, são hoje um dos produtos mais consumidos do segmento gesseiro e material cada vez mais presente na construção civil global. A produção do drywall no Brasil alcançou cerca de 73 milhões de m² em 2019. No entanto, estima-se que 10% do volume de drywall acaba perdido por falhas no processo de montagem, avarias no produto e resíduos de demolição.
“Neste sentido, explorar maneiras de reintegrar materiais descartados ao fim de seu ciclo de vida contribui para a redução de impactos ambientais associados à extração inicial de matérias-primas e à geração de resíduos ao longo da cadeia produtiva do gesso. Dessa forma, busca-se auxiliar o setor gesseiro em direção a práticas mais sustentáveis. Além disso, o aproveitamento de resíduos agroindustriais, como a casca do coco verde, além de melhorar tecnicamente o gesso reciclado, vêm ganhando espaço, tanto pela conscientização ambiental quanto pela oportunidade econômica de agregar valor a uma matéria-prima de baixo custo, promovendo a importância da Economia Circular (EC) na cadeia produtiva do coco verde”, detalha Sandra. :: LEIA MAIS »
O ANO, 2024, ESTÁ INDO DANDO LUGAR AO 2025.
Atividades culturais marcam preparativos da Palhasseata
Oficina de acessibilidade, Oficinalhaço com edição extra, Mostra Fotográfica em escolas, e até participação em roda de conversa com gestores de festivais. Essas são algumas atividades que integram a 7ª Palhasseata de Ilhéus e o 2º Festival Palhasseata. Os eventos realizados pelo Grupo/Teatro Circo Maktub estão marcados para o próximo dia 14, no Centro de Ilhéus. As atividades serão gratuitas e livres para todos os públicos.
A primeira atividade desta edição da Palhasseata de Ilhéus foi a Oficina Inclusiva em Língua Brasileira de Sinais (Libras) ministrada pela intérprete e professora Sara Pereira. Com o objetivo de promover a inclusão da comunidade surda, a iniciativa reuniu membros da gestão do projeto e comunidade externa de várias partes do Brasil. :: LEIA MAIS »
UFSB vai oferecer 2.188 vagas em 51 cursos no SISU 2025
A oferta da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) para o Sisu 2025 é de 2.188 vagas em 51 cursos. Os dados constam do Termo de Adesão da universidade ao Sisu, assinado na última sexta-feira (06). Além da seleção via Sisu, que requer a participação nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano anterior, a UFSB realizará outro processo seletivo com vagas no qual será possível aproveitar as notas mais altas obtidas nas dez edições anteriores do Enem.
Com isso, quem desejar ingressar no Ensino Superior pela UFSB deve ficar atento às notícias da fase de inscrição no Sisu 2025, cujo cronograma ainda não foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). A data prevista para divulgação das notas do Enem 2024, etapa necessária para o edital do Sisu, é 13 de janeiro de 2025.
Conforme o Termo de Adesão, 181 vagas serão para ampla concorrência, 1.812 vagas serão destinadas conforme a Lei de Cotas (Lei Federal nº 12.711/2012) e 195 vagas estão reservadas às modalidades de políticas afirmativas adotadas pela instituição (candidatos em situação de privação de liberdade ou egressas do sistema prisional ou refugiadas; candidatos indígenas aldeados; candidatos de comunidades remanescentes de quilombos ou comunidades identitárias tradicionais; candidatos de origem cigana; candidatos transexuais, travestis e transgêneros). :: LEIA MAIS »
DO FUNDO DO BAÚ DE JOSÉ LEITE.
1) 64 ANOS DE JOSÉ LEITE EM ILHÉUS
2) AS ORELHAS DO LIVRO.
3) AS FOTOS DESTAQUES DA SEMANA. :: LEIA MAIS »
Karatecas baianos apoiados pela Bracell participam de campeonato no Chile
A competição será realizada neste sábado, 7, e domingo, 8, e contará com a participação de seis atletas de comunidade quilombola de Alagoinhas
Uma equipe de karatecas da comunidade quilombola da Cangula, no município baiano de Alagoinhas, está representando a Bahia no XXV Campeonato Sul-americano de Karatê, que será realizado na província de Copiapó, na região de Atacama, no Chile. O evento ocorrerá neste sábado, 7, e domingo, 8. Os seis atletas, que participam do mundial apoiados pela Bracell, são acompanhados pela comissão técnica formada por Orlando Filho, orientador da ação no Cangula.
De acordo com o treinador, o apoio da empresa foi fundamental para que os karatecas pudessem retornar, pelo segundo ano, à competição. “Sem a Bracell, seria impossível termos viajado para o Chile. Isso porque 90% das despesas de toda a equipe foi arcada pela empresa”, informa Filho.
Fábio Sento Sé, coordenador de Responsabilidade Social da Bracell, destaca que a empresa “incentiva a prática esportiva e a equipe de karatê do Cangula como forma de contribuir para o desenvolvimento dos atletas, que vêm, nos últimos campeonatos, mostrando grande potencial, ganhando medalhas, como nos campeonatos de 2023, também realizado no Chile, e de 2022, na Argentina”. :: LEIA MAIS »
Pesquisa aponta origens do lixo marinho em Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Ilha de Itaparica
Um personagem essencial para a reviravolta da trama de O Homem que Ri, do escritor francês Victor Hugo, Barkilphedro é um obscuro e astuto burocrata que ascende na hierarquia da Inglaterra e se torna responsável pelo recebimento, guarda e destinação dos itens oriundos de naufrágios, dentro da estrutura do Almirantado. Sem estragar a leitura, pode-se adiantar que o mar guardou e entregou a ele um segredo fundamental para o desenvolvimento da história.
O oceano recebe e devolve outros itens menos secretos, porém de alta importância pelos efeitos poluentes que geram no ambiente, afetando a cadeia alimentar ao ponto de prejudicar espécies consumidas pelo ser humano. Um estudo realizado e publicado na revista Regional Studies in Marine Science informa sobre os caminhos e as composições do lixo flutuante encontrado em praias da Ilha de Itaparica, perto de Salvador, de Porto Seguro e de Santa Cruz Cabrália, no extremo sul da Bahia. O artigo Spatial and temporal patterns of floating litter in shallow habitats: Insights from high-tourism tropical areas in Northeastern Brazil é assinado por Stefânia Pereira Santos, Fábio Lameiro Rodrigues, Alexandre Clistenes de Alcântara Santos e Leonardo Evangelista Moraes (CFCAM/UFSB).
A pesquisa teve como objetivos identificar as origens, as rotas de dispersão e a composição do lixo flutuante em dois pontos do litoral baiano: um deles na área de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália e o outro na Ilha de Itaparica. Outras informações buscadas com o estudo foram identificar variações na composição e quantidade do lixo flutuante, examinar como as características costeiras nas duas áreas interferem na distribuição do lixo marinho, Para isso, a equipe realizou saídas a campo para coletar dados mês a mês, buscando mapear, classificar e quantificar os tipos de resíduos encontrados.
Dentre os resultados, os cientistas identificaram que na área de Itaparica, ao todo, foram coletados e catalogados 4123 itens, e na área de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália o total chegou a 1021 itens, com predomínio de material plástico, que somou 90% do lixo encontrado. Vidro e metais foram os materiais menos frequentes. Os recifes de corais funcionam como barreiras que impedem o transporte do lixo flutuante pelas correntes costeiras.Quanto às origens do lixo, as atividades domésticas e turísticas são as maiores fontes detectadas nas áreas focalizadas pelo estudo.
de integridade do material, esta não é uma tarefa simples”, enumera o professor Leonardo.
Outro ponto destacado é a gama de usos que o plástico atende atualmente, gerando complicações adicionais no momento de classificar o lixo de acordo com o seu uso pelo ser humano: “Há um esforço mundial para buscar esta padronização e já temos avanços importantes, mas ainda há desafios a serem superados, como os mencionados acima”.
O que se pode fazer
O principal ponto sobre o lixo flutuante no mar é que a maior parte dele vem de fontes terrestres. “Eu costumo usar a expressão que ‘o resultado do lixo no mar é consequência de nossas ações em terra’. No caso do Brasil, especialmente em função da gestão inadequada dos resíduos sólidos em municípios do litoral, mas não só. Afinal de contas, o lixo despejado em rios, a partir da gestão inadequada de resíduos em municípios do interior, também pode alcançar o mar. Isto já está largamente demonstrado na literatura científica”, pondera o professor Leonardo.
O artigo indica que uma necessidade premente é colocar em prática a Política Nacional de Resíduos Sólidos (LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010), que propõe desde ações de educação ambiental, logística reversa e reciclagem até o fechamento de pontos ilegais de disposição de lixo. Essa questão ainda requer muito trabalho em Porto Seguro, uma vez que, conforme o professor Leonardo, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália não dispõem de uma associação de catadores e nem programas de reciclagem. Com isso, todo o lixo coletado no município vai para o aterro, o que é um tremendo equívoco, pois itens recicláveis não deveriam ser “perdidos” para um aterro.
“Também não há uma logística adequada para dar vazão aos materiais recicláveis. Temos o apoio em algumas iniciativas da Associação Gota do Óleo de Eunápolis, que vem desempenhado um papel fundamental neste processo, mas o volume de lixo é muito grande para esta Associação atuar sozinha, o que demonstra a importância de mais associações. Além disso, a AGO não consegue coletar todos os materiais recicláveis, a exemplo do isopor”, detalha o pesquisador. :: LEIA MAIS »