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“O MST dá régua e compasso para a gente pensar o nosso modelo de desenvolvimento”, diz Tatiana Velloso
A Primeira-Dama do estado da Bahia esteve no assentamento Jacy Rocha, em Prado, ao lado de prefeitos, militantes do MST e autoridades políticas baianas
Na manhã desta sexta-feira (3/10), a Primeira-Dama do estado da Bahia, professora Tatiana Velloso participou da abertura do Seminário das Redes Produtivas da Reforma Agrária , promovido pelo MST. Ao lado de Velloso, também estiveram na atividade o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA); a secretária da SEADES, Fabya Reis; a secretária nacional de movimentos populares do PT, Lucinha do MST; além de prefeitos da região.
O Seminário promove o intercâmbio de experiências e debater políticas públicas que incentivem a produção de alimentos saudáveis. De acordo com a professora Tatiana, o momento é importante para se pensar nas políticas públicas voltadas ao campo. “Quando o presidente Lula diz que temos que colocar o pobre no orçamento, não é por benevolência. O MST dá régua e compasso para a gente pensar o nosso modelo de desenvolvimento”, disse. :: LEIA MAIS »
Hemoba e Associação Esporte Clube Bahia promovem campanha de incentivo à doação de sangue

Pesquisa da UFSB indica que ganhos de vegetação secundária na Mata Atlântica não compensaram perdas de estoque de carbono e áreas de conservação
Uma equipe de cientistas analisou 37 anos de dados sobre a cobertura vegetal da Mata Atlântica e concluiu que a regeneração vegetal ocorrida desde 1985 não é o bastante para compensar as perdas em estoque de carbono e em áreas de conservação. Os resultados apontam para a necessidade de frear o desmatamento de florestas primárias e investir em métodos ativos de restauração de áreas degradadas como complemento à regeneração natural. A pesquisa foi descrita no artigo Secondary natural vegetation gains in the Atlantic Forest do not offset losses of carbon stocks and conservation of priority areas, publicada na revista Biological Conservation, e assinada por um time internacional de cientistas, do qual participa o professor Luiz Fernando Silva Magnago, do Centro de Formação em Ciências Agroflorestais (CFCAF/UFSB), no Campus Jorge Amado. O foco da investigação científica foi analisar tendências da cobertura vegetal e seus efeitos em estoques de carbono e áreas de conservação no bioma Mata Atlântica. O trabalho teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Ao todo, o Brasil teve uma perda de 96 milhões de hectares de cobertura vegetal natural em diferentes biomas nos últimos 40 anos. Os dados de mudanças na cobertura de vegetação natural da Mata Atlântica de 1985 a 2021 comprovam o desmatamento de 12,8 milhões de hectares das florestas no período, com aumento na fragmentação e redução do tamanho médio desses fragmentos de matas. De lá até 2021, :: LEIA MAIS »
DO FUNDO DO BAÚ DE JOSÉ LEITE.
1) 65 ANOS DE JOSÉ LEITE EM ILHÉUS.
2) VIAGEM PARA JUAZEIRO DO NORTE (2ª PARTE).
3) AS FOTOS DESTAQUES DA SEMANA. :: LEIA MAIS »
Bahia sediará pela primeira vez a maior conferência do IBGE, em dezembro de 2025
Pela primeira vez fora do Rio de Janeiro desde sua criação em 1968, a maior conferência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) será realizada em Salvador. A 8ª edição da CONFEST/CONFEGE — Conferência Nacional dos Agentes Produtores e Usuários de Dados — acontecerá entre os dias 3 e 5 de dezembro de 2025, no SENAI Cimatec, reunindo especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil do Brasil e do exterior para discutir o futuro dos dados estatísticos e geográficos no país.
O anúncio oficial foi feito numa coletiva pública nesta sexta-feira (26), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). O evento contou com a presença de Márcio Pochmann, presidente do IBGE, Carlos Henrique Passos, presidente da FIEB, além de outras autoridades envolvidas no apoio à conferência.
A Conferência tem como objetivo principal fortalecer o diálogo entre o IBGE e a sociedade, promovendo reflexões sobre os processos de produção, disseminação e uso de informações estatísticas e geográficas. O evento também é um momento estratégico para avaliar e revisar o Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas (PGIEG), com base nas demandas atuais e nas transformações que marcam o cenário global da “datificação”.
“A realização da conferência em Salvador marca uma convergência institucional importante e descentraliza o debate sobre dados, promovendo o protagonismo regional, além de uma oportunidade para tratarmos de um tema crucial: a soberania de dados”, destacou o presidente do IBGE, Márcio Pochmann. :: LEIA MAIS »
Renovada, Bahia Pesca celebra 43 anos e vira referência nacional

Ao longo dos últimos anos, a Bahia Pesca vem ampliando a sua participação em feiras, fóruns de debates e eventos agropecuários realizados em diferentes regiões do país. Essa atuação tem fortalecido a imagem da Bahia Pesca como referência na promoção de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da pesca e da aquicultura, posicionando o estado da Bahia no cenário nacional como um dos mais importantes polos produtivos do segmento.
A terceira edição do Encontro Uruçu na Cabruca abordou boas práticas para profissionalização da meliponicultura no Sul da Bahia.
A profissionalização da meliponicultura – nome dado à criação racional de abelhas sem ferrão – foi o foco dos debates realizados na terceira edição do Encontro Uruçu na Cabruca, que reuniu cerca de 200 pessoas, entre meliponicultoras(es), especialistas e convidadas(os), na última terça-feira (23), em Uruçuca. A programação foi marcada por rodas de conversa e oficinas sobre boas práticas no manejo de abelhas nativas sem ferrão no contexto da agricultura familiar no Sul da Bahia.
O evento foi promovido pela Tabôa Fortalecimento Comunitário e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Uruçuca, com apoio do Ministério Público do Estado da Bahia, Instituto humanize e Sebrae, e é parte do projeto Uruçu na Cabruca, que, desde 2019, já alcançou mais de 170 agricultoras e agricultores familiares nos municípios de Ilhéus, Itacaré, Uruçuca, Camamu e Ibirapitanga. Por meio da iniciativa, apoia-se famílias agricultoras na prática da meliponicultura, associada a outras atividades agrícolas que já desenvolvem, a exemplo do cultivo de cacau cabruca, contribuindo para maior empoderamento econômico, segurança alimentar e também para a proteção da biodiversidade, uma vez que as abelhas são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas locais.
O tema do encontro realizado nesta semana alinha-se à proposta de fomentar o potencial socioeconômico e ambiental da criação de abelhas da espécie Melipona mondury, conhecidas como Uruçu Amarela. “Foi um momento para abordar conceitos importantes para a profissionalização da prática entre os participantes da iniciativa, para que gerem renda a partir de produtos e subprodutos da meliponicultura, como o mel, própolis, venda de colônias, ou mesmo, ter, entre os participantes, futuros extensionistas que possam formar outros meliponicultores ”, comenta Felipe Humberto, gerente de Restauração e Cadeias Produtivas, da Tabôa. :: LEIA MAIS »
Banjo Novo lança campanha de incentivo à doação de sangue com a Hemoba
O Movimento Banjo Novo, em parceria com a Hemoba, anuncia a campanha “Compasso que salva vidas”, uma iniciativa que visa mobilizar a população soteropolitana para a doação de sangue. O projeto ultrapassa a esfera puramente cultural, enfatizando a sua alta responsabilidade social ao engajar a comunidade em uma causa de saúde pública importante e urgente.
A mobilização principal ocorrerá no “Dia D”, nesta sexta, dia 19, marcando o ponto alto da campanha. O Movimento Banjo Novo convoca seus adeptos, entusiastas do samba e toda a população a comparecer à sede da Hemoba em Salvador, localizada na Av. Vasco da Gama, s/n – Brotas, vestindo branco, para realizar a doação.
De acordo com Samora Lopes, sócio-fundador do Banjo Novo, a campanha busca transformar o ato de doar sangue de uma obrigação para uma experiência coletiva e de engajamento social, infundindo a energia contagiante do samba nos centros de coleta. “Esta união é um chamado urgente para reverter a crítica situação dos estoques de sangue na Hemoba, que afeta diretamente a capacidade de atendimento médico em toda a Bahia”, explica.
Saiba como ser um doador – Para participar, é essencial atender a alguns critérios básicos de doação: ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de consentimento dos pais/responsáveis), pesar mais de 50 kg, estar em boas condições de saúde, bem alimentado e ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior. O processo de doação é rápido e seguro, incluindo um cadastro, triagem clínica para avaliação da aptidão, a coleta em si (que dura cerca de 10 a 15 minutos) e um breve período de recuperação com lanche.
Estoques críticos – A Hemoba, responsável pelo abastecimento de sangue e hemocomponentes para mais de 100 hospitais e unidades de saúde em toda a Bahia, reporta que os estoques atuais estão em patamar alarmantemente crítico. A situação é especialmente grave para os tipos sanguíneos A-, B-, O- e O+. A escassez destes tipos representa um risco direto e iminente para pacientes que necessitam de transfusões urgentes em hospitais de Salvador e região metropolitana.
Você sabia?
– O tipo O-, é conhecido como o “doador universal”, indispensável em situações de emergência onde não há tempo para a tipagem sanguínea do receptor. Já os tipos A- e AB- são mais raros na população, tornando sua escassez ainda mais preocupante;
– Cada doação de sangue tem o potencial de salvar até quatro vidas;
– A manutenção de um banco de sangue robusto e diversificado é fundamental para a realização de cirurgias complexas, tratamentos oncológicos (quimioterapia e radioterapia), atendimento a vítimas de acidentes e traumas graves, pacientes com doenças crônicas como anemia falciforme, e suporte em partos de alto risco.
Aline Dórea, coordenadora de Coleta da Hemoba, destaca a importância dessa colaboração: “A doação de sangue é um ato de amor e voluntário que salva vidas diariamente, garantindo que nossos hospitais possam continuar operando. Com esta parceria com o Movimento Banjo Novo, demonstramos que a doação pode ser um ato coletivo e inspirador, capaz de mobilizar e engajar a população de uma forma única. Convidamos todos a se unirem a esta corrente de solidariedade e a fazerem a diferença.”
Para o Movimento Banjo Novo, esta iniciativa ressalta um compromisso que vai muito além da música. Igor Reis, um dos sócios-fundadores do Movimento, afirma: “Nossa arte agora serve a uma causa maior e mais nobre. É uma honra e um privilégio utilizar a plataforma e a visibilidade do nosso projeto para promover a saúde pública e a responsabilidade social. A cultura tem o poder imenso de impactar e transformar vidas, e salvar vidas é a maior contribuição que podemos oferecer à nossa amada cidade de Salvador”, conclui.
DO FUNDO DO BAÚ DE JOSÉ LEITE.
1) 65 ANOS DE JOSÉ LEITE EM ILHÉUS.
2) VIAGEM PARA JUAZEIRO DO NORTE (1ª PARTE).
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UFSB cria curso de Engenharia de Computação e Informação
A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) anunciou a criação do curso de Bacharelado em Engenharia de Computação e Informação, a ser ofertado no Campus Jorge Amado, em Ilhéus. A proposta foi aprovada, por unanimidade, no último Conselho Universitário ocorrido no dia 17 de setembro.
O curso terá duração mínima de 4 anos e meio. A proposta pedagógica destaca metodologias ativas, como equipes de aprendizagem, sala de aula invertida e aprendizagem baseada em problemas, valorizando o protagonismo do estudante. A previsão é que o curso comece a ser ofertado já no primeiro semestre letivo de 2026, com ingresso exclusivo pelo SISU. Após a primeira entrada, ainda em 2026, haverá participação nos editais de transferência interna e externa, ampliando as possibilidades de acesso.
A iniciativa vem sendo maturada desde 2019 pelo Centro de Formação em Tecno-Ciências e Inovação, construída com alto rigor acadêmico e visão estratégica. Ela atende a uma demanda regional identificada em consultas públicas e pesquisas realizadas pela universidade. O curso se propõe a preencher lacunas formativas no setor tecnológico e a fortalecer o polo industrial e tecnológico do sul da Bahia, contribuindo para a inovação, a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável.
“O desenho curricular foi concebido para se integrar de forma interdisciplinar com cursos já implantados na UFSB, além de fortalecer as cadeias produtivas locais, contribuindo para a competitividade do ecossistema industrial e de inovação do Sul da Bahia, ao mesmo tempo em que prepara o egresso para atuar em cenários nacionais e internacionais por meio de conteúdos atualizados, aderentes às melhores práticas e às tecnologias emergentes”, afirma o coordenador do curso, Edcarllos Santos.
Diferença em relação à Ciência da Computação
Diferentemente da Ciência da Computação, a Engenharia de Computação e Informação da UFSB é uma engenharia de fato. Ela é baseada em matemática e física aplicadas, com integração de hardware e software. Estruturada em três eixos temáticos (engenharia de software, inteligência artificial e sistemas embarcados), a proposta consolida competências para entregar produtos ciberfísicos robustos, garantir operação em tempo real, além de aplicar inteligência artificial com eficiência energética, atendendo assim as demandas da Indústria 4.0.
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Festival Literário São Félix Conta Suas Yabás – FLYSF 2025 celebrou durante três dias a literatura, ancestralidade e cultura do Recôncavo
A cidade presépio do Recôncavo Baiano sediou durante três dias o I Festival Literário da sua história, nessa edição inédita as Yabás ecoaram seus contos e cantos tecidos pelas mãos majoritariamente de mulheres baianas. Nos dias 5, 6 e 7 de setembro, aproximadamente 1.500 pessoas circularam pelos diversos terreiros, espaços temáticos, incluindo a Zona Rural do Município. O evento reuniu escritoras, pesquisadores, artistas, mestres da tradição oral e a comunidade local em uma programação intensa e gratuita.
Com a curadoria das escritoras, Lucineide Souza e Bárbara Uila, o festival deste ano passeou entre a literatura de mulheres, oralidade, memória e resistência afro-indígena, histórias contadas pelas vozes das mães rainhas Yabás, destacando a ancestralidade e a força da literatura Baiana. Entre os temas discutidos foram destaque, o incentivo a leitura, jornalismo e formas de noticiar do Recôncavo, oralidade, publicações e circulações independentes, reza canto e samba de roda, a contribuição das mulheres na preservação da herança cultural do Recôncavo, e salvaguarda das memórias locais. A abertura, realizada na manhã do dia 5, foi marcada por um cortejo cultural que fez alusão aos pregões e bandos anunciadores, o Terreiro da Palavra Matriarcas do Recôncavo recebeu em sete mesas literárias e um sarau, nomes importantes da literatura e da tradição oral, entre eles Carla Akotirene, Kátia Borges, Dona Maria do Armazém, Dona Chica do Pandeiro, Samira Soares, Évora, Nega Fya e o historiador Fábio Batista. :: LEIA MAIS »