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O que faremos da Biblioteca e Arquivo Público de Ilhéus?

Ronaldo Lima da Cruz

O prédio que abriga atualmente o Arquivo Público João Mangabeira foi inaugurado em 31 de dezembro de 1915, e abrigou a primeira escola pública do município. No ano de 2002, foi realizada uma reforma com o objetivo de abrigar a Biblioteca Municipal e o Arquivo Público. Mas de alguns anos para cá observamos que os poderes públicos tornaram aquele espaço um depósito de livros e documentos.

O prédio está caminhando para a ruína. O tráfego intenso de veículos na Av. Canavieiras e, a falta de manutenção do prédio torna visíveis as inúmeras rachaduras na estrutura do imóvel. Recentemente os funcionários do Arquivo e Biblioteca Pública do Município declararam que estão com medo de trabalhar no local pelo risco de desabamento do telhado, infestado de cupim e com muitas goteiras. A partir de denúncias vinculadas na imprensa, o Prefeito em comum acordo com a Secretaria de Educação resolveu fechar a Instituição. E o pior é que fecharam sem previsão de reabertura.

No arquivo não existe um arquivista profissional para o trato com os documentos, isto se torna evidente no momento em que vamos fazer pesquisa. Ignoram, por exemplo, que o Arquivo deveria ter um catálogo contendo todos os documentos existentes na instituição – como existe no Arquivo Público de Salvador.

Escapando destes detalhes da micro-visão, aquele local deveria ser dinamizado com exposições itinerantes de livros e documentos, palestras, e campanhas educativas deveriam aproximar mais os estudantes e a população de modo geral da Instituição. Além disso, poderíamos também ver estreitados os laços com as escolas públicas e privadas do município, criando um espaço onde os estudantes pudessem ver produções de vídeos sobre a história, sociedade, economia e cultura regional – isso existe, por exemplo, no museu e arquivo que fica na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Porto Seguro.
Sugerimos ainda a criação de um Conselho Deliberativo do Arquivo Municipal, a fim de ajudar o gestor na preservação e guarda de documentos pertencentes aos poderes constituídos do município e de particulares. E já que estamos propondo, porque não pensarmos em adaptar aquele local para pessoas especiais, como os cadeirantes, os surdos-mudos, entre outros? Será que custa muito a municipalidade?

Fazer turismo é primeiro apaixonar os nativos pela sua identidade local e regional, depois mostrar aos visitantes as singularidades do nosso povo, de nossa gente. Tudo isso passa antes de tudo pela preservação dos parcos vestígios materiais que resistiram ao longo do tempo. Em nossa região. Precisamos urgentemente rever o tipo de política pública adotada para a manutenção dos bens culturais de nosso município.

Em situações como esta falham a posição da UESC, Instituto Histórico de Ilhéus, Conselho Municipal de Cultura, Academia Ilheense de Letras, Ministério Público, entre outros, que deveriam na prática fiscalizar as ações que contribuem para a destruição do patrimônio histórico-arquitetônico da nossa cidade.


Esta mensagem foi enviada através do formulário de contato do site R2CPRESS | A Letra Fria da Verdade http://www.r2cpress.com.br/v1

2 respostas para “O que faremos da Biblioteca e Arquivo Público de Ilhéus?”

  • EDUARDO OLIVEIRA says:

    O antigo prédio do Instituto de Cacau está sob a responsabilidade da UESC, sou historiador e minha sugestão é que a Prefeitura de Ilhéus demonstra claramente a incompetência , portanto o ilustre prefeito deveria repassar todo o acervo para a UESC, e esta instituição abrigaria no antigo museo ficando à disposição dos estudantes e dos pesquisadores. Melhor isto do que a destruição provocada pelo poder municipal, as pessoas que não sabem e nem se preocupam em saber como foi a construção da nossa história, pretendem destruir os ultimos resquicios, aqui em Ilhéus é o prédio do antigo Grupo Escolar General Osório e em Itabuna é o prédio do Colegio Divina Providência, devemos expurgar do nosso meio esses projetos fracassados de politico.

  • EDUARDO OLIVEIRA says:

    O prefeito é advogado e a secretaria de educação é professora, resolveram em comum acordo fechar simplesmente o prédio, não se fala em reforma e não se dá destino ao acervo. Ambos são pessoas nascidas na cidade, parece que o banco da escola de nada serviu para eles, nem sentimento de pertencimento a uma sociedade que já teve nomes ilustres como Leopoldo Campos Monteiro, Milton Santos, Jorge Amado,Adonias Filho, Sá Barreto e outros. Tenham orgulho de serem ilheenses, pois antigamente assumiasse esta condição acima da baianidade. Ser ilheense é para poucos.

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