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Com a palavra, as autoridades…

HIPER-MERCADO G. BARBOSA
Com ou sem problemas?

Alan Dick Megi

Um novo investimento em nossa cidade nos anima a acreditar que as coisas podem estar melhorando em Ilhéus e na região.

Refiro-me à construção de um hipermercado no bairro do Pontal.

Ficamos felizes porque isso significa que teremos mais opções de boas compras sem precisarmos nos deslocar à vizinha Itabuna, além de outras vantagens, como aumentar um pouquinho a arrecadação de impostos, que em parte são hoje arrecadados por nossos vizinhos, já que boa porção dos ilheenses vai às compras por lá.

Porém, (sempre existe um porém!) para que este empreendimento traga muitos benefícios e um mínimo de problemas, é necessário que sua construção seja bem estudada e seja feito um bom estudo do impacto de vizinhança. Esse estudo é necessário para evitar que sua localização acarrete problemas à cidade, problemas estes que poderiam ser maiores do que os benefícios.

No caso de um supermercado, diferentemente de um equipamento industrial, que pode trazer muita poluição ambiental além de outros transtornos, os impactos negativos se restringem quase que somente aos problemas gerados pelo tráfego de veículos, de carga ou de passageiros. Os outros impactos são facilmente evitados ou minimizados.

Em Salvador há um excelente exemplo de equipamento comercial de grande porte que teve um estudo adequado com ótima solução: o Shopping Barra.

Para que pudesse ser aprovado pela prefeitura, seus construtores tiveram que criar vias de acesso dentro do terreno do próprio shopping, resolvendo totalmente os fluxos de trânsito por ele gerado. Tanto que, bem próximo a ele, uma loja tradicional e infinitamente menor, a confeitaria Perini, causa ao trânsito problemas maiores do que o próprio Shopping, pois seu estacionamento e acesso trazem vários transtornos que não são observados nos acessos do outro empreendimento, apesar de maior e, em princípio, muito mais impactante.

Também aqui em Ilhéus temos exemplos de obras de grande porte que adotaram soluções que atenderam os quesitos de segurança e tráfego necessários ao seu funcionamento: Os comércios atacadistas (Atacadão e Macro) situados na rodovia Ilhéus/Itabuna, os quais executaram as vias de acesso corretamente.

No caso do hipermercado a ser construído na Av. lomanto Júnior, a questão é grave e tem que ser bem equacionada, pois aquela via já apresenta sérios problemas de tráfego.

Se for permitido o acesso e a saída de veículos com travessia da pista, o impacto será tremendo e os congestionamentos da via aumentarão muito, inviabilizando ou prejudicando um empreendimento que tem tudo para ser positivo.

A solução para o problema já foi encontrada: abrir uma rua que já está prevista em Planos Diretores antigos. Trata-se da continuidade da Rua D. Pedro II ligando-a com a Rua 1 da Sapetinga. Esta via deverá ser o acesso principal do hipermercado para quem venha da zona sul ou para quem quer sair em direção ao centro da cidade. Assim, além de não haver qualquer travessia da Av. Lomanto Junior, será possibilitada mais uma opção de tráfego paralela àquela Avenida.

Esta é a única maneira viável de termos um empreendimento que pode trazer muitos benefícios sem causar maiores problemas.

Mas, infelizmente, vejo que a empresa construtora já iniciou as obras, antes mesmo de ser aprovada e antes mesmo de ter o licenciamento ambiental expedido. E da maneira que estão construindo, não será possível abrir a rua projetada há muitos anos no fundo daquele terreno.

Ao que parece, os construtores, com sua pressa, estão fechando a possibilidade de aprovar o empreendimento da forma correta, impedindo a abertura de uma via extremamente importante para nossa cidade.

Ou, obrigatoriamente terão que deslocar as estruturas de concreto armado que já estão sendo implantadas no local.

Isto significa prejuízos financeiros!

Como ninguém gosta de ter prejuízos, resta saber quem terá que arcar com eles. A empresa apressadinha que iniciou as obras antes de estar aprovada, ou a comunidade ilheense, que perderá uma excelente oportunidade de resolver alguns dos crescentes problemas do seu Sistema Viário Principal?

Com a palavra, as autoridades.

E logo, antes que seja tarde!


Alan Dick Megi – Arquiteto, Especialista em Planejamento Urbano e Gestão de Cidades.

4 respostas para “Com a palavra, as autoridades…”

  • Pedro Oscar Piauhy Muller says:

    Se já existe um Plano Diretor para a área, com a construção em andamento e sem levar em consideração o impacto que trará à mobilidade urbana, realmente, com a palavra as autoridades ! Mas me parece que em Ilhéus, tudo como d’antes no quartel d’Abrantes !!! As consequências posteriores se tornarão irreversíveis.E a cidade mais uma vez ultrajada pela inoperância de seus gestores. Triste Ilhéus !!!!

  • Jose Rezende Mendonca says:

    Prezado Alan

    Na verdade a rua a ser aberta no Pontal é o prolongamento da Rua Coronel José Félix e não a Rua Dom Pedro II. A Rua Dom Pedro II, começa a partir do cruzamento com a Rua Eustáquio Bastos e vai até a Praça São João Batista.

    Este projeto de prolongamento é fácil de ser visto, pois no cruzamento com a Travessa do Bonfim, já existe um ordenamento de meio-fio e calçamento em direção a Rua 1 na Sapetinga, mas também, não sei quem autorizou, e esta rua já foi interceptada por um prédio colocando lá um murro e um portão.

    Esperamos que a prefeitura saiba rever este caso, e não deixe que um empreendimento como este de suma importância para Ilhéus, nos abandone por uma simples questão de vias de acessos. Chega de perdemos inúmeros outros empreendimentos por falta até mesmo da população ser radical demais, como é o caso da Avenida Soares Lopes, que nada se pode fazer por lá, até mesmo a circulação de ônibus urbanos.

    Rezende

    • ALAN DICK MEGI says:

      CARO REZENDE.
      É verdade. A rua nesse trecho se chama Cel. José Félix. Quanto ao prédio no início da rua, na época que foi construído obedeceu ao alinhamento da rua, depois fizeram um portão na frente, mas esse portão deverá ser retirado para dar continuidade à via. Naquele ponto, quase em frente ao portão havia uma barraca de zinco que vendia algumas coisas, mas como trazia muitos transtornos aos moradores da região, mandei retirar na época em que fui secretário de obras. ( final da década de 80).
      Quanto ao empreendimento, penso que não há risco de inviabilizá-lo, pois a abertura dessa rua beneficia muito ao próprio supermercado e a prefeitura, como representante da comunidade tem total interesse que essa obra aconteça. Basta que haja diálogo.
      Abraço,
      Alan

  • Maria do Socorro Mendonca says:

    Alan,
    Eu fico feliz ao ler um técnico sério, escrevendo a respeito deste assunto. Às vezes somos considerados chatos, acusados de emperradores do desenvolvimento e só quando as consequencias surgirem e elas são negativas, é que ceertamente lembrarão de alguém muito chato e o que dizia. Quando ouvi pela primeira vez falar sobre o GBarbosa ali, fiquei preocupada com a questão do tráfego. Levei o assunto para o Conselho da Cidade, mas foi tratado como assunto menor e informada de que nada estava resolvido. Depois fomos informados de que a tal Rua seria aberta. No sábado, verifiquei que não sobra 1 cm para que a Rua seja feita ou então estão querendo fazer surpresa e mostrar a todos que podem gerir sozinho sem a participação da sociedade, sem tratar a questão ambiental que não se restringe apenas a fauna e a flora e sim à qualidade de vida urbana, saneamento, qualidade do ar e os impactos de vizinhança, como bem colocou.
    Ao povo foi negado conhecer o projeto, mesmo no Conselho da Cidade. O CONDEMA também não foi ouvido. O Conselho de trânsito certamente que não, também. Assim, cidadãos e cidadãs, sem controle social, informo-lhes que estamos encrencados.
    Quem conhece o projeto? Como será o destino de resíduos? o esgoto terá estação de tratamento? estacionamento? carga e descarga de mercadorias? Quem ganha com isso? Alguém aqui está pedindo esmola? Quantos empregos vão gerar? Isso tudo deve ser informado para a população antes, ainda que seja tudo muito bom, não precisamos de surpresas. Merecemos o respeito de conhecer o que estão fazendo na nossa sala. Aquela área é nobre e qualquer intervenção ali deve ser cirúrgica. Não há mal que permaneça para sempre ou bem que nunca se acabe. Estou estudando e percebendo todas as estratégias. Vamos para frente que atrás vem gente. E a gente que vem atrás está vindo muito melhor preparada para enfrentar quem acredita ser dono da cidade que é de todos. Obrigada Alan Dick por me proporcionar ler algo tão coerente.

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