Rabat:

Como, provavelmente, a maior parte dos seus(suas) leitores(as) já passou dos 60, acho que vale a pena publicar o artigo anexo.


Carlos da Silva Mascarenhas
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Sociedade Brasileira de Hipertensão faz um alerta para quem já passou dos 60

Infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal terminal. Poucas pessoas sabem que essas doenças gravíssimas estão associadas à alta pressão arterial. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), 30% da população adulta brasileira sofrem com esse problema e, todo ano, quase 300 mil pessoas morrem de doenças cardiovasculares, sendo mais da metade decorrentes da pressão alta. Para conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) marcou o dia 26 de abril como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.

Metade da faixa etária com mais de 60 anos, ainda segundo a SBH, sofre de pressão alta. E mesmo com uma alta incidência, a hipertensão ainda é um tema erroneamente desconhecido ou ignorado. O cardiologista Alexandre Alessi esclarece que “a pressão arterial é o número que reflete a pressão do sangue dentro dos vasos sanguíneos. O critério de normalidade está em torno de 140/90, ou seja, quem tiver pressão arterial acima disso é considerado hipertenso. O primeiro número da leitura reflete a força com que o coração manda o sangue pra frente; o segundo número é a elasticidade das grandes artérias. A pressão é considerada alta se qualquer um dos valores estiver acima do considerado normal”.

A hipertensão é uma doença chamada de democrática pela SBH por não diferenciar sexo, classe social ou idade. Ela está presente em todos os setores da população, pois suas causas são compartilhadas por todos. O cardiologista explica que “na maioria dos pacientes, os fatores que levam ao surgimento da hipertensão são a predisposição genética associada às alterações do ambiente, como uso de muito sal, falta de atividades físicas e estresse exagerado. Menos de 5% dos casos são em decorrência de alterações hormonais, problemas dos rins e uso de substâncias que alteram a pressão, como anticoncepcionais, anti-inflamatórios, drogas ilícitas, remédios emagrecedores e alguns tipos de antidepressivos”.

De acordo com um estudo realizado pelo Banco Mundial em 2005, as doenças cardiovasculares estão entre as maiores causas de mortalidade no Brasil. Mais de dois terços da carga de problemas cardíacos está associada a três fatores: hipertensão arterial, colesterol elevado e sobrepeso. “A alteração na pressão arterial atinge todos os órgãos do corpo mas, especialmente, coração, cérebro e rim. Infarto agudo do miocárdio, AVC e insuficiência renal são as consequências mais comuns. A diabetes é outra doença crônica que está diretamente ligada à hipertensão arterial. Apenas 20% dos pacientes hipertensos são só hipertensos. Eles têm oito vezes mais chances de serem diabéticos e vice-versa”, diz Alessi.

Para a SBH, a idade também está entre os fatores que podem levar ao desenvolvimento dos problemas de pressão. A partir da faixa dos 55 anos de idade, é importante começar a prestar atenção nos números. “A prevalência da hipertensão aumenta com a idade. Os riscos de se desenvolver a doença aumentam consideravelmente a cada década de vida e aí está a importância de se aferir a pressão arterial com regularidade: para quem não é hipertenso, a sugestão é verificar uma vez por ano; para quem já apresenta o problema, é bom aferir a cada seis meses”, aconselha o especialista.

A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada. Segundo dados da SBH, apenas 23% dos hipertensos controlam corretamente a doença, 36% não fazem controle algum e 41% dos pacientes abandonam o tratamento após uma melhora inicial da pressão. De acordo com o cardiologista, “o tratamento inclui mudança no estilo de vida, realização de atividades físicas, redução de peso, do uso do sal e do estresse e uso correto dos medicamentos. O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial vem justamente para conscientizar a população da importância de se controlar esses níveis e tentar diminuir o número de mortes decorrentes de problemas cardiovasculares”.


Ilana Ramos 18/04/2011
Publicado no site: www.maisde50.com.br